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DOM ALDO PAGOTTO DIVULGA MANIFESTO EM FAVOR DO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

05/07/2007 - O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, divulgou nesta quinta-feira, dia 5, um manifesto em defesa do projeto de transposição do Rio São Francisco. No texto, ele ressalta que a integração das bacias do rio vai beneficiar 12 milhões de pessoas e que foi amplamente discutido e planejado.

Dom Aldo Pagotto enfatizou no texto que "o Rio São Francisco é patrimônio nacional. Os quatro Estados do Nordeste Setentrional, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco postulam a água do Rio cujo curso corre para o mar após ter sido servido à reserva de Sobradinho. Da vazão de 1850 m³/s postulamos a captação de 26,4 m³/s, equivalendo a 1,4%: “um fio de espaguete tirado de um farto maço”.

O projeto prevê a construção de dois canais. O Eixo Norte levará água para os sertões da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. O Eixo Leste beneficiará parte do Sertão e as Regiões do Agreste da Paraíba e Pernambuco, incluindo, pois, a população urbana de 390 municípios, equivalendo a 70% da população regional a ser atendida.

O arcebispo frisou que "o processo de elaboração técnica levou em consideração as reações e as sugestões de vários segmentos da sociedade, trazidas em audiências públicas democraticamente realizadas nos Estados nos quais correm as águas do Rio e nos Estados a serem beneficiados com os recursos hídricos".

O manifesto de Dom Aldo Pagotto prossegue enfocando que "entre outras reivindicações está a revitalização do rio, já atendida pelo Governo Federal. Lamentavelmente, certas Ong’s e grupos de pressão, contrariados com o projeto, continuam a protestar e tumultuar o início das obras licitadas e aviadas".

Com o fluxo de apenas 26,4 m³/s de água será possível otimizar os nossos recursos hídricos; alimentar os nossos açudes; resolver o problema da escassez e da qualificação da água indispensável para o consumo humano e animal; e garantir a agricultura familiar para pequenos produtores, favorecendo o desenvolvimento sócio-econômico das Regiões com redes produtivas.

O período de cheias no São Francisco coincide com a época em que os quatro Estados mais precisam de água, como aconteceu recentemente em fevereiro e março de 2007.

O texto segue frisando que "os que negam a viabilidade do projeto radicalizam três posições. Dizem: 1º. O Rio está morrendo, está sendo destruído ao longo do seu curso pela incúria de indústrias e pelo assoreamento das margens ciliares. 2º. Serão alijados pescadores, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, atingidos por barragens e pequenos agricultores. Não vão sobreviver porque a água será privatizada e seu uso regulamentado por empresas, interessadas em auferir lucros. 3º. O projeto é oneroso: R$ 4,5 bilhões. Ademais, os Estados pleiteantes acumulam água em seus açudes e não a distribuem. Com menos dinheiro, constroem-se cisternas e adutoras".

Dom Aldo ressalta que "aprovamos a revitalização e integração do São Francisco, afirmando: 1º. É preciso revitalizar o Rio. Isso já está sendo feito com verbas especiais, liberadas pelo Governo Federal. Em nome da revitalização do Rio, certos grupos de MG, BA, parte de PE e SE sentem-se contrariados. Estariam interessados apenas em seus projetos, impedindo o desenvolvimento de 12 milhões de irmãos nordestinos? Omitem dizer que, há tempo, o agronegócio de grandes grupos explora as águas e poluem os rios".

Confira o manifesto na íntegra:

Manifesto do Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto,

em defesa da integração das águas do Rio São Francisco

A integração das Bacias do Rio São Francisco é uma obra estrutural que favorecerá a 12 milhões de nordestinos. O projeto amplamente discutido e planejado é tecnicamente seguro, economicamente viável e administrativamente sustentável.

O Rio São Francisco é patrimônio nacional. Os quatro Estados do Nordeste Setentrional, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco postulam a água do Rio cujo curso corre para o mar após ter sido servido à reserva de Sobradinho. Da vazão de 1850 m³/s postulamos a captação de 26,4 m³/s, equivalendo a 1,4%: “um fio de espaguete tirado de um farto maço”.

O projeto prevê a construção de dois canais. O Eixo Norte levará água para os sertões da PB, PE, CE e RN. O Eixo Leste beneficiará parte do Sertão e as Regiões do Agreste da PB e PE, incluindo, pois, a população urbana de 390 municípios, equivalendo a 70% da população regional a ser atendida.

O processo de elaboração técnica levou em consideração as reações e as sugestões de vários segmentos da sociedade, trazidas em audiências públicas democraticamente realizadas nos Estados nos quais correm as águas do Rio e nos Estados a serem beneficiados com os recursos hídricos. Entre outras reivindicações está a revitalização do Rio, já atendida pelo Governo Federal. Lamentavelmente, certas Ong’s e grupos de pressão, contrariados com o projeto, continuam a protestar e tumultuar o início das obras licitadas e aviadas.

Com o fluxo de apenas 26,4 m³/s de água será possível otimizar os nossos recursos hídricos; alimentar os nossos açudes; resolver o problema da escassez e da qualificação da água indispensável para o consumo humano e animal; e garantir a agricultura familiar para pequenos produtores, favorecendo o desenvolvimento sócio-econômico das Regiões com redes produtivas.

O período de cheias no São Francisco coincide com a época em que os quatro Estados mais precisam de água, como aconteceu recentemente em fevereiro e março de 2007.

Os que negam a viabilidade do projeto radicalizam três posições. Dizem: 1º. O Rio está morrendo, está sendo destruído ao longo do seu curso pela incúria de indústrias e pelo assoreamento das margens ciliares. 2º. Serão alijados pescadores, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, atingidos por barragens e pequenos agricultores. Não vão sobreviver porque a água será privatizada e seu uso regulamentado por empresas, interessadas em auferir lucros. 3º. O projeto é oneroso: R$ 4,5 bilhões. Ademais, os Estados pleiteantes acumulam água em seus açudes e não a distribuem. Com menos dinheiro, constroem-se cisternas e adutoras.

Aprovamos a revitalização e integração do São Francisco, afirmando:

1º. É preciso revitalizar o Rio. Isso já está sendo feito com verbas especiais, liberadas pelo Governo Federal. Em nome da revitalização do Rio, certos grupos de MG, BA, parte de PE e SE sentem-se contrariados. Estariam interessados apenas em seus projetos, impedindo o desenvolvimento de 12 milhões de irmãos nordestinos? Omitem dizer que, há tempo, o agronegócio de grandes grupos explora as águas e poluem os rios. Como na fábula do lobo e do cordeiro, nos culpam pelo “roubo” da água que por eles já foi usada.

2º. O projeto estrutural enfrenta a inclemência causticante de estiagens prolongadas, pois esta é a condição do “habitat” do semi-árido. PB, CE, RN e PE precisam de água para interligar os açudes, pois que, sem retro alimentação, evaporam. De onde tiraríamos água? O solo semi-árido não retém a água das chuvas atípicas, não regulares.

3º. A contra-partida do envolvimento da população é indispensável, devendo conhecer o mérito do projeto em seus aspectos antropológicos, técnicos e administrativos financeiros, incluindo a regulamentação do uso da água, não privatizada.

A mobilização, provocada por grupos de pressão e movimentos sociais (alguns vinculados aos setores da Igreja) dão a entender que até a CNBB é “contra” o projeto. Em detrimento da obra, “diabolizam” usando a causa dos pobres na mistificação de sua resistência ao projeto.

Ora, não cabe à Igreja imiscuir-se nas soluções técnicas. Os Bispos dos Estados da PB, CE, RN e PE pronunciam-se a favor da revitalização e da integração das bacias do Rio São Francisco (exceto um ou dois bispos, com dúvidas).

Na visita ao governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (no dia 26 de fevereiro deste ano), os Bispos do Estado apresentaram a carta resultante do encontro de Campina Grande (novembro de 2006) auspiciando o aviamento da obra de integração das Bacias do São Francisco.

Particularmente, empenho-me e peço a interação dos parlamentares da PB e dos gestores públicos, a união de forças pelo reinício da obra, retificada com a aprovação do presidente Lula, mas bloqueada pela ação intransigente de grupos que conseguem liminares de retenção, de embargo ou de invasões.

Deus nos ajude nesta hora de envolvimento efetivo na execução da obra, corajosamente endossada pelos governadores em oportuno encontro, realizado no dia 2 de julho p.p., em Recife, cuja repercussão exitosa foi divulgada pela mídia.

Não permitamos que intimidações peregrinas façam-nos perder mais tempo e terreno. As polêmicas que hoje defendem interesses indefinidos, adiando o progresso, verão em breve a solidariedade fraterna abrigando o interesse da coletividade, confirmando a inclusão social com justiça e equidade, conservando a tranqüilidade na ordem.

Dom Aldo de Cillo Pagotto
Arcebispo da Paraíba.
Fonte: Jornal O Norte - João Pessoa - PB
http://www.jornalonorte.com.br/noticias/?78297

 
 

Fonte: Ministério da Integração Nacional (www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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