Biodiversidade
- 05/07/2007 - Bolsista do Goeldi apresenta
pesquisa, hoje(5), no 15º Seminário
de Iniciação Científica
da instituição
Localizada na porção
inferior do rio Anapu, entre os rios Tocantins
e Xingu, nos municípios paraenses de
Melgaço e Portel, a Floresta Nacional
de Caxiuanã (Flona) tem mais de 200
espécies conhecidas de peixes.
Estudo realizado por Tiago
Freitas, bolsista de iniciação
científica do Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG/MCT), analisou a distribuição
espacial das comunidades de peixes da região.
O trabalho será apresentado hoje (5),
às 11h45, no 15º Seminário
de Iniciação Científica
do Museu Goeldi, que se realiza no auditório
Alexandre Rodrigues Ferreira, no Parque Zoobotânico
do Goeldi.
Orientado pelos pesquisadores
Ronaldo Barthem e Luciano Montag, da Coordenação
de Zoologia do Museu Goeldi, o estudo tomou
como base as 28 espécies mais dominantes
na Flona, entre elas, a Acestrorhynchus microlepis,
conhecida como Saricanga, e a Auchenipterichthys
longimanus, também denominada cachorro-de-padre.
As coletas foram realizadas
em 2004 e 2005, tanto no período de
cheia (março e abril), quanto de estiagem
(outubro e novembro) na região.
Além de revelar a
distribuição espacial, o estudo
possibilita a descrição de vários
hábitos alimentares e ambientais de
cada espécie, contribuindo para aprimorar
o conhecimento sobre a ictiofauna - conjunto
de peixes - de Caxiuanã.
"Apesar de ser uma
pesquisa básica, os dados levantados
podem ser úteis, por exemplo, para
indicar a preservação de uma
área onde haja ocorrência de
possíveis espécies ameaçadas
de extinção, pois, sabendo-se
a provável predominância ambiental
da espécie, torna-se mais fácil
saber o local que deve ser protegido",
explica o bolsista.
Segundo Tiago, os resultados
encontrados podem subsidiar outros projetos
de pesquisa, como o Programa de Pesquisa em
Biodiversidade (PPBio), que também
realiza estudos sobre fauna e flora em Caxiuanã.
Parte dos resultados do
projeto "Distribuição Espacial
das Comunidades de Peixes da Floresta Nacional
de Caxiuanã, baseado em Atributos Ecomorfológicos",
foi apresentada ano passado no 26º Congresso
Brasileiro de Zoologia.
Fernanda Engelhard – Assessoria de Comunicação
Social PPBio Amazônia Oriental/Serviço
de Comunicação Social do Museu
Goeldi
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Qual é o lugar da
Amazônia no século 21?
59ª SBPC - 06/07/2007
- O jornalista e sociólogo Lúcio
Flávio Pinto vive há quase duas
décadas sob a pressão de vários
processos judiciais por escrever em seu Jornal
Pessoal - que circula em Belém do Pará,
com tiragem de 2 mil exemplares - o que ninguém
mais tem coragem de publicar sobre os grileiros,
madeireiros, políticos, empresários,
intelectuais e poderosos em geral.
Em sua conferência
na 59ª Reunião Anual da SBPC,
intitulada Qual é o lugar da Amazônia
no século 21?, o jornalista irá
discutir temas aos quais dedicou boa parte
de sua vida, fazendo um diagnóstico
dos problemas e traçando cenários
futuros para a região amazônica.
Como afirma Lúcio
Flávio, a Amazônia poderá
desempenhar, no século 21, o papel
que a África e a Ásia tiveram
nos dois séculos anteriores, como uma
colônia de recursos naturais, sobretudo
os bens eletro-intensivos.
Segundo ele, as novas tecnologias
e os sofisticados circuitos do capital camuflam
essa nova função colonial, mas
ela emerge de realidades pungentes: maciça
destruição ambiental, relações
sociais de produção anacrônicas,
relações comerciais deficitárias
com o mercado internacional, falta de acesso
às decisões mais importantes
sobre seu próprio destino, entre outras
mazelas de que padece a região.
"Com a consciência
planetária sobre a importância
da região e os avanços da ciência,
além da percepção das
empresas por sua responsabilidade social,
a Amazônia conseguirá escapar
ao destino colonial?".
Sobre o conferencista
Ganhador de quatro prêmios Esso, dois
da Fenaj (Federação Nacional
dos Jornalistas Profissionais), e o maior
prêmio jornalístico da Itália
(o prêmio Colombe d ’ Oro per la Pace),
Lúcio Flávio Pinto, 54 anos,
percorreu, ao longo de 38 anos de profissão,
diversas redações como do jornal
O Estado de S. Paulo, Veja e IstoÉ,
e publicações alternativas,
como dos extintos jornais Opinião e
Movimento. Tem 10 livros publicados, todos
sobre a Amazônia.
O que é a reunião
anual da SBPC
A Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência reúne representantes
de todas as áreas da ciência
brasileira desde 1948, quando foi fundada
em São Paulo com o objetivo de defender
o avanço científico e tecnológico
do país e o seu desenvolvimento educacional
e cultural.
A reunião anual é
a oportunidade dessa comunidade se manifestar
sobre questões fundamentais para a
independência e desenvolvimento econômico
nacionais. Todos os anos, ela é realizada
em diferentes pontos do país, com o
objetivo de ampliar o debate para todos os
estados, com a participação
de 83 sociedades e associações
científicas.
Milhares de pessoas, incluindo
cientistas, professores, estudantes e outros
interessados participam desses encontros que
desempenham duas funções importantes.
A primeira é servir
de ponto de encontro e unidade dos cientistas
do país, tratando tanto de temas estritamente
acadêmicos como dos problemas mais gerais
que afetam a atividade científica.
O segundo é mais geral, ou seja, discutir
as grandes questões sociais, econômicas,
políticas e tecnológicas que
afetam o país como um todo.
A primeira reunião
da SBPC, realizada em outubro de 1949, realizado
em Campinas, interior de São Paulo,
reuniu 104 participantes. Este ano são
esperados aproximadamente 15 mil participantes.
*O credenciamento de imprensa
poderá ser feito pelo site da Reunião
Anual da Universidade Federal do Pará
(http://www.sbpc.ufpa.br).
(As informações são da
Assessoria de Imprensa da SBPC)
Assessoria de Imprensa do MCT
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Futuro do etanol marca debate
em evento no Recife
Energias Alternativas -
04/07/2007 - Ministro Sergio Rezende faz apresentação
durante evento, com o tema "Desafios
e Oportunidades nos Setores de Biocombustíveis
e Energias Limpas"
Qual vai ser o papel do
etanol e dos biocombustíveis no futuro
da economia do Nordeste e do Brasil? Debates
sobre o tema, que deve marcar a pauta de discussões
dos setores público e privado nos próximos
anos, foram realizados ontem (3), em Recife
(PE), durante o Fórum Nordeste 2007.
Com o tema "Desafios
e Oportunidades nos Setores de Biocombustíveis
e Energias Limpas", o ministro da Ciência
e Tecnologia, Sergio Rezende, abriu o evento,
que reuniu empresários ligados aos
setores energético e sucroalcooleiro,
membros da comunidade acadêmica, representantes
do setor público e especialistas na
área.
No foco dos debates, a importância
do biocombustível como fator de estímulo
ao desenvolvimento econômico do Nordeste
e a busca de competitividade no mercado mundial.
"O Brasil precisa tomar
uma série de medidas para substituir
5% a 10% da gasolina mundial em 2025 por etanol",
destacou Sergio Rezende, que abordou o tema
"Uma Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação em Apoio à
Estratégia Brasileira para o Bioetanol".
Entre essas medidas, disse
o ministro, estão a expansão
do cultivo de cana-de-açúcar
para áreas não-tradicionais,
a revitalização de áreas
tradicionais de produção, a
otimização da cadeia produtiva
de etanol, a melhoria da logística
e da rede de escoamento da produção
para os principais portos de exportação
e centros de consumo interno e investimentos
em P&D em temas prioritários na
produção primária.
Sergio Rezende ressaltou
que o Ministério da ciência e
Tecnologia (MCT) tem adotado uma série
de iniciativas em apoio à cadeia produtiva
do etanol. A projeção, disse
ele, é de um total de investimentos
de R$ 182,97 milhões, entre os anos
de 2003 e 2008, nas áreas de P,D&I
e agroenergia.
O ex-ministro da Agricultura
Roberto Rodrigues, que falou no encontro sobre
a Agroenergia: Novo Paradigma Agrícola
Mundial, apontou que é fato que há
no mundo uma demanda crescente, sobretudo,
por combustíveis líquidos. "O
dilema agrícola no mundo no século
20 foi segurança alimentar. No século
21, o tema é segurança energética",
afirmou.
Na opinião de Rodrigues,
o que o País precisa é criar
um mercado mundial para o etanol. "Ninguém
segura o Brasil nesse projeto, a não
ser ele mesmo".
Também participaram
do Fórum Nordeste 2007 o vice-governador
de Pernambuco, João Lyra Neto, o presidente
do Sindicato da Indústria do Açúcar
e do Álcool no estado de Pernambuco
(Sindaçúcar), Renato Cunha,
o presidente da Koblitz, Luiz Otávio
Koblitz, o vice-presidente da Dedini, José
Luiz Olivério, o presidente da NC Energia,
Paulo César Fernandes da Cunha, e o
presidente da Chesf, Dilton da Conti.
O encerramento do evento
está previsto para o início
da noite de hoje, pelo secretário de
Desenvolvimento Econômico de Pernambuco,
Fernando Bezerra Coelho.
Realizado pelo Grupo EQM
e promovido pela Greenfield Business Promotion,
o Fórum Nordeste 2007 tem o apoio do
MCT, Banco do Nordeste, Governo de Pernambuco,
Chesf, Koblitz e Sindaçúcar.
Fabiana Galvão - Assessoria de Imprensa
do MCT