Panorama
 
 
 

FUNAI CONFIRMA QUE ÁREA DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO É ESTUDADA COMO POSSÍVEL TERRA INDÍGENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

4 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um grupo de lideranças dos índios Truká, acompanhado de representantes de entidades do movimento indígena, foi recebido hoje (04) pela diretora de Assuntos Fundiários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Auxiliadora Leão. Segundo a assessoria de imprensa da Funai, a reunião não teve caráter deliberativo e serviu apenas para que a entidade ouvisse as reivindicações dos índios.

Os Trukás, que participaram do acampamento em protesto contra a transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, encerrado hoje, dizem que a área onde as obras estão sendo realizadas é seu território de ocupação tradicional. Eles exigem a agilização da demarcação da área como terra indígena.

De acordo com a Funai, a terra dos Trukás, com extensão aproximada de 5.800 hectares, já está delimitada e regularizada desde 2002. No entanto, há uma área que está em revisão de limite, que corresponde, de fato, ao local onde estão sendo iniciadas as obras do São Francisco. A Funai confirma que existe um estudo em curso para verificar essa situação.

A Funai ainda não se posicionou sobre o processo de transposição do Rio São Francisco. Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que houve negligência da Funai e do Ministério da Integração Nacional com objetivo de apressar a obra.

“O Cimi avalia que o fato de ninguém da Funai negar conhecimento do pleito indígena evidencia a má-fé do governo Federal em relação ao local de inicio das obras”, afirma a entidade. A Funai não quis comentar as declarações.

Segundo o Cimi, a Funai comprometeu-se a enviar um antropólogo para a área. A assessoria de imprensa da fundação diz que isso ainda não está definido.

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Índios Truká retomam outra área em Cabrobó e pedem responsabilização do governo

5 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Na madrugada de hoje (5), os índios Truká, que participam do protesto realizado em Cabrobó (PE), retomaram outra área na região. De acordo com a assessoria de imprensa do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), as reivindicações são a demarcação do território Truká e a paralisação das obras de transposição do Rio São Francisco.

O Cimi apresentou ontem ao Procurador da República no município de Serra Talhada (PE), uma representação contra o Ministério da Integração Nacional, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai), pedindo abertura de inquérito civil público para apurar as responsabilidades dos órgãos pelos possíveis danos ao meio ambiente e aos direitos indígenas. Eles querem que seja assegurada a posse permanente e o usufruto exclusivo da terra indígena Truká, que, segundo eles, foi violada em face das obras do projeto de transposição.

Os Truká argumentam que a área onde as obras estão sendo realizadas é território de ocupação tradicional. Eles exigem a agilização da demarcação da área como terra indígena. De acordo com a Funai, a terra dos Trukás já está delimitada e regularizada desde 2002.

No entanto, há uma área que está em revisão de limite, que corresponde, de fato, ao local onde estão sendo iniciadas as obras do São Francisco. A Funai confirma que existe um estudo em curso para verificar essa situação.

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Manifestantes contra transposição do São Francisco deixam acampamento em Cabrobó

4 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os manifestantes que estão acampados em Cabrobó (PE), em protesto contra as obras de transposição do Rio São Francisco, já estão se retirando do local. A Polícia Federal chegou ao acampamento na manhã de hoje (4) para cumprir ação de reintegração de posse determinada pela Justiça Federal na última sexta-feira (29).

Policiais militares, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército acompanham a ação, que está sendo pacífica, de acordo com os manifestantes. “Nós não estamos contestando a saída, porque queremos mostrar que estamos cumprindo a lei, quem não está cumprindo é o governo”, afirma o secretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Orocó (PE), José Barros. Segundo ele, há previsão de realizar outro acampamento em um local próximo.

Desde o última dia 26, manifestantes de diversos movimentos sociais estão em Cabrobó para tentar impedir a continuidade das obras de transposição do Rio São Francisco. Um dia antes, o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição no município.

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Procurador pede que área desapropriada para transposição seja devolvida a indígenas

3 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Procuradoria da República em Salgueiro (PE) quer suspender a reintegração de posse pedida pelo governo federal para a área ocupada por manifestantes contra a transposição do Rio São Francisco. O terreno, pelo qual passaria a obra, está ocupado, há uma semana, por cerca de 1,5 mil manifestantes. Além de criticarem o projeto de transposição, os manifestantes exigem a devolução da área, em Cabrobó, aos índios Truká, que reivindicam a demarcação do território.

O procurador da República Sérgio Rodrigo Pimentel de Castro Pinto informa que ingressou hoje (3) no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região com um recurso contra a decisão liminar do juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro, na última sexta-feira (29), que determina a devolução da área à União.

Ele argumenta que a posse do local das manifestações pertence à comunidade indígena, não podendo, assim, ser reintegrada à União. "Estudos antropológicos realizados pela Funai mostram que a área onde está havendo a transposição do São Francisco passa pelas terras trukás”, afirma o procurador.

O procurador também esclarece que a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos de terras indígenas pressupõem, de acordo com a Constituição Federal, prévia autorização do Congresso Nacional, a qual até o momento não foi concedida. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o processo de demarcação da área está sendo feito há mais de dez anos pela Funai. Procurada pela Agência Brasil há seis dias, a Funai não forneceu nenhuma resposta sobre o tema até a publicação desta reportagem.

Desde a última terça-feira (26), manifestantes de diversos movimentos sociais estão em Cabrobó, que fica no sertão pernambucano, para tentar impedir a continuidade das obras de transposição do Rio São Francisco. Um dia antes, o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição no município.

A assessoria de imprensa do movimento diz que policiais fortemente armados fecharam a estrada de acesso à área ocupada. A assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal de Pernambuco diz que os policiais que estão no local buscam apenas acompanhar a situação do acampamento. Para amanhã, a PF prevê a o aumento do efetivo na área, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. Em último caso, o Exército também será acionado.

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Índios são maioria no movimento contra transposição do São Francisco em Cabrobó

3 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A maioria dos manifestantes que continuam acampados em Cabrobó (PE) como forma de protesto contra a transposição do Rio São Francisco é formada por índios da tribo Truká, que reivindicam a área como terra indígena. De acordo com a assessoria de imprensa do movimento, atualmente há cerca de 700 pessoas no local, o que representa menos da metade do total de manifestantes que o movimento já reuniu.

Está prevista para hoje (3) a chegada de uma caravana com cerca de 100 pessoas do Ceará e, até o fim da semana, devem chegar a Cabrobó mais manifestantes de outros estados.

O grupo garante que ainda não recebeu notificação sobre a a ação de reintegração de posse ordenada pelo juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro (PE), na última sexta-feira (29). Segundo eles, também não há policiais no local buscando diálogo com o grupo, conforme informou a assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal de Pernambuco.

Segundo Derli Casali, do Movimento dos Pequenos Agricultores, a idéia do grupo é chegar a um entendimento por meio do diálogo, tentando convencer o governo de que o projeto de integração proposto não atende aos interesses do povo nordestino. “Se essa mediação não for aceita, a nossa idéia é sair, nós não vamos para o confronto, mas nós vamos acampar e continuar a luta próximo dali. O acampamento não vai parar, não”, afirma.

A assessoria de imprensa dos manifestantes informa ainda que o grupo só irá definir a atuação depois que receber a notificação judicial de reintegração de posse. A idéia inicial é permanecer na área, mantendo o caráter pacífico da ocupação.

Ontem (2), um helicóptero da polícia sobrevoou o local. Também foi construída uma praça no centro do acampamento.

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Movimentos antitransposição do São Francisco são notificados de reintegração de posse

2 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os manifestantes que estão acampados desde a última terça-feira (26) em Cabrobó (PE), em protesto contra as obras de integração do Rio São Francisco, já foram notificados pela Justiça Federal sobre a ação de reintegração de posse ordenada pelo juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro, na última sexta-feira (29).

A informação é da assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal de Pernambuco. A notificação foi entregue hoje (02) por um oficial de justiça, acompanhado por policiais federais. Não há prazo determinado para a saída dos manifestantes.

A PF diz que ainda estuda as estratégias que serão utilizadas para fazer a desocupação no local, caso a retirada dos manifestantes não seja pacífica. Segundo a assessoria de imprensa, policiais estão na área tentando acordo com os líderes do movimento e já registram avanços no sentido do entendimento. Todo o efetivo da delegacia de Salgueiro está disponibilizado para a primeira etapa de negociação com os manifestantes.

Mais cedo, a assessoria de imprensa do movimento Não à Transposição, formado por indígenas e integrantes de diversos movimentos sociais, havia informado que a iminência da ação de despejo não assusta os manifestantes que estão no local.

Eles continuam tapando um buraco feito pelo Exército durante a visita do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao local. A assessoria informa que a área será utilizada pelos índios Truká para o plantio de arroz.

O Comando Militar do Nordeste informa, em nota, que os trabalhos preliminares do projeto de transposição estão mantidos normalmente. A informação é que, em nenhum momento, o canteiro de obras do Exército foi ameaçado ou teve seus trabalhos e equipamentos danificados ou destruídos, pois no local ocupado pelos manifestantes não há pessoal e material de engenharia sendo empregados.

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Estudantes do Amazonas reivindicam inclusão social de povos indígenas

7 de Julho de 2007 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/ABr - Brasília - Participantes do 50º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) realizam marcha em Brasília.
Brasília - Em meio a quatro mil estudantes de todo o país reunidos em protesto da União Nacional do Estudantes (UNE) contra a política econômica e pela saída do presidente Henrique Meirelles, um grupo vindo do Amazonas aproveitou para expôr reivindicações dos estudantes indígenas da região.

A estudante de enfermagem Augenir dos Santos Guedes veio de São Gabriel da Cachoeira, cidade no meio da floresta amazônica que fica a quase 1000 quilômetros de Manaus, participar do 50 ° Congresso da UNE. Além de acompanhar os debates, protestos e decisões da reunião naciona de estudantes, Augenir trouxe uma reivindicação especial na bagagem: “Nós estamos aqui pela inclusão social dos povos indígenas”, disse.

A jovem da etnia Desana (presente também na Colômbia) ingressou na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) pelo sistema de cotas para estudantes índios. Augenir conta orgulhosa que a universidade garante o acesso de alunos indígenas em diversos cursos das áreas de direito e saúde, além de outros diretamente relacionados às realidades dos povos das florestas e à preservação da Amazônia, como biotecnologia.

Depois da formatura, ela espera levar para São Gabriel da Cachoeira as lições que aprendeu na universidade e contribuir para uma vida melhor pra o povo Desana. O conhecimento acadêmico vai ser aliado dos saberes tradicionais da futura enfermeira.“Quero voltar ao meu município e aplicar uma saúde indígena diferenciada, não aquela que vem através de muitos médicos estrangeiros ou de outros estados, que não sabem o que quer dizer a saúde indígena vista como uma questão antropológica e social”.

Augenir vai ficar em Brasília até domingo (8), último dia do Congresso da UNE. Confira a programação e outras informações na página do evento na internet.

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Solução para Semi-Árido não pode ser pensada apenas a partir de São Francisco, para ONG

3 de Julho de 2007 - Antonio Arrais - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O tema da audiência pública, hoje (3), da Subcomissão do rio São Francisco, no âmbito da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, era sobre a questão do semi-árido nordestino, mas foram as obras de transposição do rio que concentraram as atenções dos convidados presentes ao debate.

Para o representante da organização não-governamental (ONG) Articulação do Semi-árido Brasileiro (Asa), Roberto Malvezzi, disse que "nem todas as soluções para o semi-árido nordestino estão no rio São Francisco" e, referindo-se à transposição de suas águas, apelou para que "não joguem toda a carga sobre o rio, porque essa solução é impossível".

Para o deputado Iran Barbosa (PT-SE), que requereu a audiência pública, a proposta apresentada pela Agência Nacional de Águas (ANA), que elaborou o Atlas das Águas do Nordeste, "é uma alternativa mais viável para a região nordestina do que a transposição do Rio São Francisco, por ser menos oneroso, atender prioritariamente ao abastecimento humano, enquanto a transposição tem como foco o desenvolvimento econômico da região".

O Atlas das Águas do Nordeste (Abastecimento Urbano de Água) foi realizado ao longo de 18 meses e apresentado em 2006. O atlas pesquisou todos os municípios com mais de cinco mil habitantes, mapeando onde está a água, seja ela superficial ou subterrânea, como e com que qualidade ela chega aos habitantes urbanos e qual a melhor forma de abastecer as populações, que hoje contam com sistemas insatisfatórios, a menores custos financeiros.

O assessor da secretaria de infra-estrutura hídrica do Ministério da Integração Nacional, Demetrios Christtofidis disse que a responsabilidade pela implementação do Atlas das Águas do Nordeste deve ser uma ação compartilhada entre vários ministérios, como os do Meio Ambiente, da Saúde, da Integração Nacional e das Cidades. Christtofidis elogiou a elaboração do atlas, pelo que o documento representa de diagnóstico da situação do semi-árido nordestino (que abrange os nove estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais).

O representante da Ana, João Gilberto Lotufo, informou à subcomissão que uma segunda etapa de elaboração do atlas já está sendo feita, para não perder a atualidade, pesquisando e mapeando, agora, áreas com populações abaixo de cinco mil habitantes. Lotufo disse que o atlas representa uma fonte alternativa, mas que a Ana não tem caráter executor.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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