04/07/2007 - A Secretaria
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
em parceria com a Secretaria da Justiça
e Cidadania, promoveu nesta terça-feira
(03) uma oficina para ensinar internos do
Centro de Detenção e Ressocialização
de Londrina (CDR) a construir aquecedor solar
ecológico com materiais recicláveis.
Nesta primeira oficina foram
treinados 20 internos, que posteriormente
serão responsáveis por oficinas
permanentes para produção dos
equipamentos na penitenciária. Os aquecedores
produzidos inicialmente serão doados
e instalados em 14 residências de famílias
carentes que integram o projeto social “Onde
Moras”.
Desde o início do
ano passado, quando a Secretaria do Meio Ambiente,
por meio do Programa “Desperdício Zero”,
começou a promover as oficinas que
ensinam a montar o aparelho, já foram
confeccionados mais de 3 mil aquecedores em
260 municípios paranaenses. “Apenas
na regional de Londrina já treinamos
mais de 500 pessoas entre estudantes, agricultores,
professores, técnicos ambientais, assentados
e agora os internos do CDR. É sem dúvida
um grande projeto que retira o lixo do meio
ambiente e ainda tem um cunho social”, afirmou
a chefe do escritório regional da Secretaria
em Londrina, Ângela Carvalho.
O secretário Rasca
Rodrigues lembrou que a primeira oficina foi
direcionada a chefias e técnicos que
atuam nos escritórios regionais da
Secretaria, Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e Superintedência de Recursos
Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa)
“É uma alternativa sustentável
para todas as regiões do Paraná.
Ao aumentarmos o alcance da idéia,
estaremos retirando do meio ambiente resíduos
que podem e devem ser reaproveitados. Agora
o projeto ainda está servindo como
uma atividade de ressocialização
para os internos”, enfatizou o secretário.
O diretor do Centro de Detenção,
major Raul Araújo Vidal, ressaltou
que esse projeto tem duas finalidades. “Em
primeiro lugar, esse trabalho vai auxiliar
famílias carentes e os presos envolvidos
na atividade, terão a possibilidade
de se conscientizar sobre questões
de preservação ambiental, aproveitando
a oportunidade para aprender uma técnica”,
conclui. Esse é o quarto canteiro de
trabalho implantado na unidade, inaugurada
em abril.
Funcionamento - Para cada
aquecedor são reaproveitadas 200 garrafas
PET e 200 embalagens de leite longa-vida.
Com essa ação, além das
realizações das oficinas e da
destinação dos equipamentos
a entidades sociais, a Secretaria também
está comemorando outro grande benefício,
a retirada de cerca de 1,2 milhão de
garrafas PET e de embalagens de leite longa-vida
do meio ambiente e destinadas a montagem dos
aquecedores.
As garrafas PET, embalagens
longa vida e alguns metros de canos de PVC
são utilizados para confeccionar o
painel que serve para a aquecer a água.
As embalagens recortadas e os canos são
pintados de preto para absorver a energia
solar e a transformar em calor.
As garrafas envolvem os
canos por onde passa a água e mantém
o calor através de efeito estufa. A
água sai da caixa d’água em
temperatura ambiente, passa lentamente pelo
sistema, eleva a sua temperatura e volta para
a caixa. Após seis horas, em média,
nesse ciclo constante a água pode chegar
a uma temperatura de até 38º Celsius
no inverno ou 50º no verão.
De acordo com o coordenador
do Programa Desperdício Zero, Laerty
Dudas, o aquecedor solar ecológico
também poupa energia elétrica.
“Por mês, até 120 quilowatts
podem ser economizados para aquecer a água
de dois banheiros, ou seja, um projeto ambientalmente
correto em todos os sentidos”, declarou Dudas.
A idéia de utilizar
o material começou com o aposentado
catarinense José Alano, que, em 2004,
ganhou o prêmio Ecologia, da revista
Superinteressante. No Paraná, a iniciativa
de Alano conta com o apoio do Governo de Estado,
que, através da Secretaria de Meio
Ambiente, divulga o aquecedor no projeto “Água
quente para todos”, do Programa Desperdício
Zero.
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Aquecedor solar é
exposto na Blitz da Cidadania
02/07/2007 - Durante a “Blitz
da Cidadania”, na Vila das Torres, em Curitiba,
aberta neste sábado (30), além
das confecções das carteiras
de identidades, dicas de segurança,
palestras, entre outras atividades, foi exposto
o programa Água Quente para Todos,
que se baseia em um aquecedor montado com
garrafas PET e caixas de leite longa-vida,
que absorvem o calor do sol e esquenta a água.
A exposição foi feita pela Força
Verde, do Batalhão de Policia Ambiental,
que é parceiro da Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Sema).
Segundo o presidente da
Associação de Moradores da Vila
das Torres, Valdemilson Osório de Campos,
é interesse da comunidade local conhecer
o programa Água Quente para Todos.
“Esta ação é um pedido
da comunidade. Muitos ainda não têm
chuveiro elétrico e, com este programa,
as pessoas podem usar água quente e
as pessoas que tem podem economizar energia
elétrica”, ressalta Campos. Com o uso
do aquecedor é possível economizar
até 120 quilowatts de energia elétrica
por mês.
Componentes - O módulo
(aquecedor) é formado por canos de
PVC, garrafas PET e caixas de leite longa-vida
pintadas de preto-fosco para que se absorva
todo o calor do sol possível para esquentar
a água, explica o cabo da PM Alexandre
Ribas de Almeida, instrutor do programa. Para
a montagem do aquecedor solar com capacidade
para esquentar a água para banho de
quatro pessoas são utilizadas 200 embalagens
longa-vida e 200 garrafas PET.
“Os aquecedores duram pelo
menos cinco anos, sem precisar de qualquer
troca”, diz o cabo. Segundo Almeida, a Força
Verde tem realizado oficinas, com o objetivo
de ensinar as pessoas como fazer os aquecedores
e como instalá-los em casa. “A idéia
é continuar com as oficinas agora em
um dia pré-determinado para todos que
quiserem aprender”, informa.
De acordo com a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente, a idéia
de utilizar a garrafa PET e as caixas de leite
começou com o aposentado catarinense
José Alano, que, em 2004, ganhou o
prêmio Ecologia, da revista Superinteressante.
No Paraná, a iniciativa de Alano conta
com o apoio do Governo de Estado.