06/07/2007 - Rubens Jr.
- Uma missão do Ministério do
Meio Ambiente (MMA) apresentou nesta sexta-feira
(6), em Moçambique, um projeto
de educação ambiental para formação
de gestores, técnicos e lideranças
locais da área. A oficina de trabalho
beneficiará 45 profissionais daquele
país, capacitando-os a formular e implementar
políticas públicas voltadas
à proteção do ambiente
e ao desenvolvimento socioambiental sustentável.
Na reunião, brasileiros
e moçambicanos iniciaram a formulação
do Programa Nacional de Educação
Ambiental (ProNEA) de Moçambique; baseado
no brasileiro. O programa africano terá
características próprias, ajustadas
ao perfil sociocultural moçambicano.
Os participantes discutiram estratégia
capaz de mobilizar a sociedade para a consolidação
não só do ProNEA local, mas
de uma política nacional para o setor.
Sem impor um modelo de ação,
mas concebendo-o em parceria - explica a técnica
do MMA, Daniela Ferraz - o Brasil contribui
para a melhoria da qualidade de vida, da eqüidade
social e da conservação ambiental
daquele país.
Preparados, os técnicos
moçambicanos propagarão os conhecimentos
adquiridos a colegas, que continuarão
esse trabalho pelo país. Ao investir
na educação e formação
de seus gestores e da sociedade, o governo
moçambicano pretende evitar que o desenvolvimento
econômico porque passa o país
deixe como herança a destruição
ambiental.
A oficina em Moçambique
é resultado do projeto de cooperação
firmado entre os governos brasileiro e Moçambicano,
mediado pela Agência Brasileira de Cooperação
(ABC), ligada ao Ministério das Relações
Exteriores do Brasil. Do lado brasileiro,
os ministérios do Meio Ambiente e da
Educação. Do lado moçambicano,
o Ministério para a Coordenação
de Acção Ambiental.
Na reunião, brasileiros
e moçambicanos avançaram na
formulação do Programa Nacional
de Educação Ambiental (ProNEA)
de Moçambique; baseado no brasileiro,
o ProNEA africano terá características
próprias, ajustadas ao perfil sociocultural
moçambicano. Os participantes discutiram
também uma estratégia capaz
de mobilizar a sociedade para a consolidação
não só do ProNEA local, mas
de uma política nacional para o setor.
Sem impor um modelo de ação,
mas concebendo-o em parceria - explica a técnica
do MMA, Daniela Ferraz - o Brasil contribui
para a melhoria da qualidade de vida, a eqüidade
social e a conservação ambiental
daquele país, cujos habitantes falam
português.
Como resultado da parceria,
os dois países esperam estreitar a
troca de experiências e informações
ambientais, utilizando inclusive cursos e
redes na internet. A rede mundial de computadores
vem sendo utilizada para unir educadores ambientais
em Moçambique e estabelecer conexões
entre as páginas eletrônicas
dos Ministérios do Meio Ambiente do
Brasil e do Ministério para a Coordenação
da Acção Ambiental de Moçambique,
bem como entre os fundos Ambientais. As comunicações
devem ser usadas para favorecer o tema ambiental
no processo de formação de professores
do ensino formal, na elaboração
de currículos escolares e na integração
de questões e procedimentos educacionais
nas ações de inspeção/fiscalização,
avaliação e licenciamento de
impacto ambiental, fomento, planejamento e
ordenamento do território e gestão
ambiental. Espera-se ainda favorecer processos
de controle social junto a organizações
da sociedade civil, empresas e população
em geral, além da sistematização
do trabalho desenvolvido na gestão
e educação ambiental.
O governo moçambicano
vem dando particular atenção
à formação de quadros
na área ambiental, à elaboração
de uma legislação ambiental
e à captação de fundos
financeiros para realização
de projetos de desenvolvimento sustentável.
O país tem sido afetado por problemas
ambientais decorrentes do fenômenos
naturais, mas sobretudo da ação
humana. Entre eles, cheias, aumento da densidade
populacional, erosão de solos, exploração
predatória dos recursos agrícolas,
florestais e pesqueiros, queimadas descontroladas
e altos níveis de pobreza e miséria.
A cooperação
brasileira em relação à
educação ambiental não
se limita, na África, à Moçambique.
"Antes do início dos entendimentos
com esse país, processo similar foi
desencadeado em benefício de Angola.
Buscando ampliar seu raio de ação,
o MMA encaminhou proposta de desenvolvimento
de um projeto de cooperação
em educação ambiental à
Comunidade de Países de Língua
Portuguesa-CPLP", informa a técnica
do Departamento de Educação
Ambiental, Daniela Ferraz. Temas, aliás,
que será motivo de reuniões
paralelas.