06/07/2007 - Rafael Imolene
- A Secretaria de Biodiversidade e Florestas
(SBF) do Ministério do Meio Ambiente
começou a definir a implementação
do Projeto GEF Pnud de Conservação
e Uso Sustentável da Biodiversidade
de Manguezais em Áreas Protegidas do
Brasil, mais conhecido
como GEF Mangue. Durante os próximos
meses a secretaria vai elaborar o plano operativo
dos projetos que comporão o GEF Mangue,
permitindo alcançar benefícios
diretos e indiretos às comunidades
litorâneas, além de conservar
esse ecossistema que fornece inúmeros
bens e serviços ambientais.
A primeira reunião
na secretaria, que marca o início das
atividades pelos próximos meses, foi
realizada nesta sexta-feira (6), três
semanas depois de o GEF Mangue ter sido aprovado
em sua versão final. Sob a coordenação
do MMA e do Ibama, o escopo do projeto pretende
focar no fortalecimento do Sistema Nacional
de Unidades de Conservação (SNUC),
bem como de Áreas Protegidas, para
manter a conservação dos manguezais.
De acordo com a secretaria,
o fortalecimento do SNUC e a formação
de uma rede de áreas protegidas para
manguezais no Brasil deverão ser conseqüência
natural de uma ampla reformulação
do quadro de políticas voltadas à
ocupação e proteção
desse importante ecossistema costeiro, capacitando
colaboradores em todos os níveis, além
de promover modelos demonstrativos de manejo
adaptados a situações reais.
Em linhas gerais foram definidos os componentes
e produtos a serem alcançados ao longo
de cinco anos de implementação
participativa do projeto, gerando benefícios
às comunidades e ao ecossistema.
Abrigando uma biodiversidade
estimada em mais de 800 espécies, os
manguezais provêem ainda a proteção
da linha de costa e a manutenção
da qualidade da água. Também
se constituem como berçários
para as fases jovens de diversas espécies
marinhas. Em junho o projeto teve o seu documento
Prodoc aprovado pelo Conselho do GEF. Ou seja,
a última etapa para sua aprovação
definitiva.
A atual fase de desenvolvimento
do projeto conta com uma série de atividades
que permitirão, ao longo deste ano,
alcançar o desenho do projeto integral.
Entre as atividades se incluem diagnósticos
ambiental e de biodiversidade, socioeconômicos
e de usos dos recursos naturais, bem como
institucionais, incorporando experiências
bem-sucedidas. Também foram consideradas
barreiras e problemas para a efetiva proteção
dos manguezais e suas comunidades.
O projeto está sendo
coordenado pelo Departamento de Conservação
da Biodiversidade (DCBio), em parceria com
o Departamento de Áreas Protegidas
e o Núcleo da Zona Costeira e Marinha,
da SBF. Diretorias e Centros de Pesquisa do
Ibama e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
também fazem parte do arranjo de coordenação.
Os parceiros abrangem outros departamentos
do MMA, Órgãos Estaduais de
Meio Ambiente e a ONG Conservação
Internacional.