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IBAMA RESGATA FILHOTE DE BALEIA CACHALOTE EM PRAIA DO MARANHÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

(São Luís - 11/07/2007) No domingo, 1º de julho, a equipe composta por analistas ambientais do Centro de Mamíferos Aquáticos e Núcleo de Fauna do Ibama/MA, em parceria com estudantes do Projeto Mamíferos Marinhos do Maranhão e apoio do Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e comunidade local, conseguiu desencalhar um filhote de baleia cachalote (Physeter macrocephalus) na praia de Panaquatira, em São José de Ribamar, no estado do Maranhão.

O animal, de aproximadamente uma tonelada e 3,78 m, encalhou na madrugada do domingo e se encontrava com muitos ferimentos ao longo do corpo, possivelmente decorrentes da interação com a atividade humana na região.

Em decorrência da largura da costa do Maranhão e da grande amplitude de maré, com cerca de 8 m, o animal teve que ser rebocado por um barco da marinha para atingir uma profundidade necessária para a realização do nado. Após a soltura, o animal nadou em alta velocidade para longe da costa e foi monitorado durante todo o percurso.

“Apesar do sucesso transitório obtido no desencalhe, há grande possibilidade do animal voltar a encalhar vivo ou morto nas praias maranhenses. Isso pela debilidade observada no filhote aliada a sua dispersão do grupo ou de sua mãe. Por isso, o CMA/MA monitorou a praia de Panaquatira e adjacências durante esta semana, distribui cartazes informativos na comunidade e entrou em contato com colaboradores locais a fim de obter novas informações sobre a baleia na região”, explica Josarnaldo Ramos, executor do Centro de Mamíferos Aquáticos no Maranhão.

As populações de mamíferos aquáticos vêm sofrendo pressões antrópicas como: degradação ambiental, aumento das embarcações pesqueiras, captura e morte acidental em redes de emalhe, diminuição do estoque pesqueiro, atividades sísmicas para a prospecção de petróleo, encalhe ao longo das praias, caça, entre outras. Essas pressões refletem na ameaça de extinção próxima ou futura de muitas espécies.

“Destaca-se que somente no ano de 2006 foram atendidos mais de dez encalhes de mamíferos aquáticos em praias maranhenses, estando a maioria dos animais em avançado estado de decomposição”, revela a Analista Ambiental Carolina Alvite. Esse é o primeiro relato de encalhe de cetáceo vivo nas praias do Maranhão. Apesar da equipe técnica ter constato que o animal encontrava-se fraco, um pouco desidratado e com ferimentos no corpo a soltura foi a única alternativa viável para tentar salvar a vida do filhote naquele momento. Atualmente, o Maranhão não possui uma estrutura para a manutenção temporária de mamíferos aquáticos de pequeno e médio porte e o transporte para outro estado é inviável na maioria das vezes.

Os principais registros de encalhes nas praias brasileiras são de cetáceos, sendo que parte deles estão classificados como vulnerável, isto é, com alto risco de extinção a médio prazo, ou ainda com dados insuficientes para estabelecer o status de conservação. Por isso, se deve concentrar esforços para monitorar a ocorrência de encalhes, intensificando a identificação das espécies e causas de mortalidade. A criação e implantação da a Rede de Encalhes de Mamíferos do Norte (REMANOR) impulsionará o recebimento e sistematização das informações referentes à pesquisa e conservação de mamíferos aquáticos dos estados do Amapá, Pará, Amazonas e Maranhão, facilitando a tomada de decisões no estabelecimento de diretrizes para a conservação de mamíferos aquáticos.

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Audiências Públicas UHE Tijuco Alto

Brasília (13/07/07) – O Ibama realizou um ciclo de cinco audiências públicas, entre os dias 6 e 10 de julho, relativas ao empreendimento UHE Tijuco Alto, no rio Ribeira, divisa de São Paulo e Paraná. As audiências públicas ocorreram nos municípios de Cerro Azul e Adrianóplis, no Paraná. Ribeira, Eldorado e Registro, no estado de São Paulo.

Houve ampla participação popular, com vários questionamentos e esclarecimentos, contribuindo para o enriquecimento do processo de licenciamento ambiental.

Os próximos passos incluem o aguardo de 15 dias para o recebimento de contribuições dos interessados, avaliação técnica da necessidade ou não de novas complementações, e análise final com emissão de parecer técnico sobre a viabilidade ambiental ou não do empreendimento, com conseqüente deferimento ou indeferimento da solicitação da licença prévia.
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Simpósio em São Luís discute meio ambiental global

(São Luís - 11/07/2007) Segue até sexta-feira 13, em São Luís (MA), o I Simpósio Internacional Ambiente Global. O evento, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e a ONG Amavida, ocorre no Centro de Convenções do Multicenter Sebrae. O objetivo do simpósio é democratizar informações e discutir a realidade de áreas vitais para o equilíbrio ambiental no mundo.Na pauta, temas como aquecimento global, biodi­versidade, desertificação, energia limpa, ética e meio ambiente, agenda 21 e as três grandes convenções ambientais da Organização das Nações Unidas (ONU) - Convenção de Combate à Desertificação; Convenção da Diversidade Biológica; e Con­venção das Mudanças Climáticas.

Entre os palestrantes, estão o teólogo Leonardo Boff; o coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, Carlos Nobre; o cientista José Walter Bautista Vidal; e o coordenador para América Latina e Caribe da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Sergio Zelaya.

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Sisbio normatiza pesquisas em unidades de conservação

(São Luís - 11/07/2007) O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está retomando as atividades do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio). Lançado em março, o Sisbio muda a forma de tramitação, dentro do Ibama, dos pedidos de autorização de pesquisas cientificas, seja aquelas relativas à coleta de material biológico ou as realizadas dentro de unidades de conservação – com ou sem coleta – que necessitem de autorização.

O sistema foi elaborado por representantes da comunidade científica, Ibama e Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), com o objetivo de agilizar e tornar mais transparente a tramitação dos projetos de pesquisa.

“Por meio desse sistema, a emissão de licença para coleta de material biológico, que antes poderia levar até dois anos, tramitando por vários setores do Ibama, vai levar no máximo 45 dias. A solicitação de pesquisa é feita pelo sistema, por meio de um formulário eletrônico, sendo distribuída simultaneamente entre vários setores”, explica a analista ambiental Beatriz Gomes, do Núcleo de Unidades de Conservação (NUC/Ibama).

Com esse sistema, o Ibama espera que os pesquisadores se sintam mais dispostos a conhecer e pesquisar a biodiversidade brasileira e o interior das unidades de conservação.

Maranhão - No Maranhão, existem cerca de quinze solicitações já encaminhadas ao Ibama, algumas em processos de análise. Duas já receberam parecer positivo: uma se refere a estudos sobre a presença de insetos em rodovias, e a outra à avifauna nos Lençóis Maranhenses, mais precisamente no município de Santo Amaro.

Havia algumas pesquisas já autorizadas pelo antigo sistema, principalmente na Reserva Biológica do Gurupi e no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. A expectativa é que sejam explorados campos também em outras unidades, como o Parque Nacional da Chapada das Mesas e as Reservas Extrativistas.

Em breve, uma equipe do Ibama promoverá apresentações nas Universidades, com a distribuição das instruções normativas.

O Sisbio é gerenciado diretamente de Brasília, onde é feita a distribuição das propostas. O Maranhão tem um grupo gestor formado por quatro pessoas: Beatriz Gomes, do Núcleo de Unidades de Conservação; Carolina Alvite, do Centro de Mamíferos Aquáticos; Ciclene Brito, do Núcleo de Recursos Pesqueiros; e Roberto Veloso, do Centro de Triagem de Animais Silvestres. Some-se a isso um grupo grande de pareceristas, de diversas áreas, também responsáveis pela definição dos critérios para a distribuição das propostas.

Dentro de sua expressiva diversidade biológica, o Maranhão tem as seguintes Unidades de Conservação Federais: Parques Nacionais dos Lençóis Maranhenses, da Chapada das Mesas e cerca de 40% do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; Reserva Biológica do Gurupi; Reservas Extrativistas de Ciriaco, Mata Grande, Frechal, Cururupu e Delta do Parnaíba; Área de Proteção do Delta do Parnaíba. Além disso, existem 19 processos de criação no Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT/IBAMA) de São Luís e mais 18 propostas a cargo do mesmo Centro em Imperatriz. Os processos mais adiantados se referem às Reservas Extrativista de TAIM e Chapada Limpa, aos quais se somam duas propostas de área de proteção integral - uma em Tasso Fragoso e outra na parte leste do estado, ainda sem local definido.

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Núcleo de Educação Ambiental orienta gestores públicos em cidades maranhenses

(São Luís - 11/07/2007) Analistas do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Ibama-MA realizaram, nas últimas semanas, duas viagens voltadas para a promoção da educação ambiental no fortalecimento do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente). As viagens foram solicitadas pela superintendente do Ibama no estado, Marluze Pastor, com o objetivo de desenvolver a gestão ambiental pública em diversos municípios maranhenses. Nesta etapa, foram abrangidos os municípios de Bacabal, São Mateus, Miranda do Norte, Matões do Norte, Santa Inês, Arari, Vitória do Mearim, Pio XII, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas e Santa Luzia. As atividades tiveram como prioridade visitas a diversas secretarias municipais - Meio Ambiente, Agricultura, Educação, Saúde e Obras - além de representações do Ministério Público, Vigilância Sanitária, sindicatos de trabalhadores rurais e colônias de pesca. As instituições visitadas receberam informativos sobre o fortalecimento do Sisnama e a gestão ambiental pública, e folders elaborados pelo próprio NEA relacionados a temas como Reserva Legal, Áreas de Preservação Permanente e Fauna Silvestre – sendo este último uma produção do Núcleo de Fauna e Centro de Animais Silvestres (Cetas).

“Esses materiais dão subsídios para que os técnicos das prefeituras e das instituições que fazem a gestão ambiental nos municípios possam se capacitar e prestar orientações em relação a esses assuntos, proporcionando melhor desempenho à gestão ambiental”, explica o analista ambiental Ricardo Otoni.

Durante os encontros, foram esclarecidas duvidas e debatidos temas como as Diretrizes da Educação Ambiental Brasileira e a Política Nacional de Educação Ambiental, ressaltando-se o papel da educação ambiental como um instrumento de prevenção das degradações, algo que pode ser trabalhado tanto por professores da rede municipal de ensino quanto por técnicos das secretarias municipais.

Além da educação ambiental, foram discutidos os instrumentos de fiscalização e de licenciamento ambiental - e a importância de que os municípios se estruturem e qualifiquem seus profissionais para, no futuro, realizarem essas atividades.

Destacou-se ainda a relevância da existência de um Conselho Municipal de Meio Ambiente - um coletivo de representantes de instituições do município, que debatem os problemas ambientais e propõem suas respectivas soluções.

Outro instrumento de gestão, orientado pelo Núcleo de Educação Ambiental nos municípios visitados, foi a criação do Código Ambiental do Município. Trata-se de uma legislação, criada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, que embasa as ações de gestão ambiental. O NEA aproveitou a ocasião para ressaltar a criação do Fundo Ambiental Municipal – uma conta bancária, criada por legislação, para receber recursos a serem aplicados em atividades como melhoramentos, monitoramento, controle e educação ambiental.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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