Panorama
 
 
 

ÍNDIOS TUMBALÁ EXIGEM TERRAS EM ÁREA PRÓXIMA À TRANSPOSIÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

11 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os índios Tumbalalá entregaram um documento à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Ministério Público pedindo agilidade na homologação de uma área no município de Curaçá (BA). A região, reivindicada como território indígena, foi ocupada pelos índios ontem (10). Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a terra retomada fica próxima ao local onde está prevista a construção de duas barragens da obra de transposição do rio São Francisco.

"A gente está sem o bem mais precioso, que é a nossa terra, que está nas mãos dos posseiros", afirma a líder indígena Maria José Gomes Marinheiro, a Maria Tumbalalá. Segundo ela, os 800 índios que encontram-se no local só sairão de lá quando tiverem as exigências atendidas. Eles também pedem a presença Polícia Federal para garantir a segurança dos índios. O grupo também protesta contra as obras de transposição do Rio São Francisco. "Não se pode defender a terra se não defender o rio. O nosso rio é muito precioso, somos contra a transposição", afirma Maria Tumbalalá.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, a área onde os índios Tumbalalá estão não será atingida pelas obras de transposição do Rio São Francisco. O órgão afirma, inclusive, que o grupo será beneficiado pelos programas ambientais previstos no projeto.
De acordo com a Funai, até o fim do mês, a antropóloga Mércia Batista deverá ir ao local para concluir os estudos para a homologação da área dos Tumbalalá. No final da tarde de hoje (11), o administrador regional da Funai de Paulo Afonso, João Valadares, foi até a região onde os índios estão instalados para tomar conhecimento da situação.

É a segunda ocupação indígena reivindicando áreas na região do São Francisco. No mês passado, índios Truká impetraram uma ação no Ministério Público Federal pedindo a agilização da demarcação de território que consideram originalmente seu, em Cabrobó (PE). A área, onde estava uma fazenda, foi desapropriada pelo União para as obras de transposição do Rio São Francisco.

De acordo com o coordenador do Projeto de Transposição, Rômulo Macedo, o grupo será beneficiado pelos programas ambientais previstos no projeto. “O ministro Geddel Vieira Lima esteve na região há cerca de um mês e assinou quatro convênios beneficiando altamente aquelas comunidades, tanto os Tumbalalá como os Truká, os Pipipã e os Kambiwa”, afirma. Segundo Macedo, o ministério já liberou recursos para a construção de casas, postos de saúde, estradas e centros sociais.

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Outra etnia indígena ocupa terra em protesto contra obras no São Francisco

11 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um grupo de índios da etnia Tumbalalá ocupou ontem (10) uma área no município de Curaçá (BA), próxima ao local onde está prevista a construção de duas barragens da obra de transposição do rio São Francisco, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O grupo protesta contra o projeto do governo e quer a conclusão dos estudos de identificação de suas terras.

De acordo com o Cimi, estes índios, que vivem na margem esquerda do São Francisco, na Bahia, lutam há cerca de 11 anos pela demarcação das terras. “Os Tumbalalá já foram fortemente atingidos por barragens anteriores. A mudança no sistema de enchentes do rio fez com que tivessem que modificar toda a sua prática de agricultura”, afirma a entidade, em nota.

Esta é a segunda ocupação feita este mês por indígenas contra a transposição do São Francisco. Na semana passada, os Truká, que participam do protesto realizado em Cabrobó (PE), retomaram outra área na região, reivindicando demarcação de território e paralisação das obras.

Na última segunda-feira, Pernambuco, Ceará e Paraíba instalaram comitês estaduais em favor do projeto. No Rio Grande do Norte, o mesmo está previsto para a próxima semana. A ação faz parte da articulação dos governos dos quatro estados para divulgar informações sobre o significado do projeto para o Nordeste. Para o dia 22 de agosto, está marcada uma mobilização em Brasília, com caravanas dos quatro estados.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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