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MANGUEZAIS DEVEM GANHA PROJETO DE CONSERVAÇÃO A PARTIR DE 2008

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

14 de Julho de 2007 - Ana Luiza Zenker - Da Agência Brasil - Brasília - Encontrados na costa brasileira desde o Amapá até Santa Catarina, os manguezais são áreas de vegetação de grande importância para proteger a costa, manter a qualidade da água e servir de berçário para muitos animais marinhos. No entanto, esse também é um dos ecossistemas mais ameaçados pela pressão e degradação ambiental.

Por conta da ameaça a que os manguezais estão expostos e por não ter sido identificada nenhuma iniciativa nacional para proteção do mangue, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai implantar, a partir do início de 2008 o Projeto GEF Pnud de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade de Manguezais em Áreas Protegidas do Brasil, mais conhecido como GEF Mangue.

A iniciativa tem como objetivo "gerar novas experiências e fortalecer o papel do governo e da sociedade na conservação e no uso sustentável da biodiversidade de manguezais", explica Roberto Gallucci, gerente de Gestão de Recursos Pesqueiros do Núcleo da Zona Costeira e Marinha da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA.

Gallucci explica que, em linhas gerais, "um dos focos do projeto é o de promover o uso sustentável de recursos pesqueiros, que são os principais produtos que os manguezais fornecem às inúmeras comunidades de pescadores que residem na costa do Brasil, e dessa forma fortalecer também essas comunidades para que possam desenvolver essas experiências e que elas sejam multiplicadas para outros locais". O outro foco do projeto é o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e de Áreas Protegidas, buscando a conservação dos mangues.

A degradação dos manguezais tem ocorrido de várias formas. Uma delas é a carcinicultura, a criação de camarões, muito praticada no Rio Grande do Norte e no Ceará. Outras são a ocupação imobiliária, a pressão turística e o desmatamento para uso da madeira.
A duração prevista do GEF Mangue é de cinco anos. Para alcançar seus objetivos, o MMA espera contar com a participação da sociedade, especialmente das comunidades das áreas onde o projeto vai ser desenvolvido: cinco áreas nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, São Paulo e Paraná.

"O projeto é participativo desde a sua fase planejamento até a fase executiva", diz Gallucci. "As comunidades litorâneas, de caiçaras, as comunidades tradicionais de pescadores artesanais deverão tomar também parte ativa no projeto, poderão desenvolver novas experiências e práticas que vão ser discutidas, implementadas e avaliadas para a gestão sustentável de recursos pesqueiros".

O documento oficial do projeto já foi aprovado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês), instituição que vai financiar o projeto em conjunto com o MMA. Em 2007 serão desenvolvidas atividades para chegar ao desenho final do GEF Mangue. Entre essas atividades, estão consulta nas áreas piloto para determinar atividades e arranjos da coordenação local, finalização do cronograma de atividades para o primeiro ano e, em linhas gerais, também para os cinco anos do projeto, elaboração do texto final do documento oficial do projeto, o Prodoc, para assinatura do governo brasileiro, e a busca e consolidação de novas parcerias.

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Governo quer substituir redes usadas na pesca da lagosta para combater extração predatória

14 de Julho de 2007 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) anunciou que recolher as caçoeiras, redes usadas por pescadores na extração de lagosta, indenizá-los e incentivar o uso de instrumentos que não sejam agressivos ao meio ambiente. as chamadas caçoeiras, para combater o uso do instrumento, considerado agressivo ao meio ambiente.

A pesca de lagosta com caçoeiras é proibida desde 2002, por decisão do Comitê de Gestão da Lagosta, formado por representantes do governo, pescadores e sociedade civil. As caçoeiras foram substituídas pelos manzuás, uma espécie de gaiola de palha para onde as lagostas são atraídas por iscas. Apesar da proibição, as redes ainda são utilizadas por algumas embarcações pesqueiras e pequenas comunidades.

A regulamentação da compra redes será feita por meio de medida provisória, que vai definir os valores das indenizações e os locais de recebimento das caçoeiras. A iniciativa é semelhante à medida adotada pelo governo durante a campanha do desarmamento, em que o cidadão que entregava armas à Polícia Federal recebia uma indenização entre R$ 100 e R$ 300.

Dados do Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama) apontam a pesca predatória com caçoeiras como uma das principais causas da queda na produção de lagosta, que já chegou a 11 mil toneladas em 1991 e nos últimos anos não alcançou 7 mil toneladas.

O assessor especial da Seap Eloy Araújo acredita que a medida deverá enfrentar pouca resistência entre os pescadores. “A maioria já utiliza os manzuás, mas algumas pessoas apostaram que a fiscalização não aconteceria e ainda não investiram na substituição das redes”.

Para o presidente do sindicato que representa os pescadores e comandantes de embarcações pesqueiras no Pará, Edvaldo Lopes, o fim da utilização das redes é essencial para que a lagosta não seja extinta. “A pesca com caçoeira é muito problemática, muito prejudicial. Além de acabar com a lagosta, ela acaba com o solo, com a fauna acompanhante e o prejuízo é muito grande para todo mundo”.

O texto da medida provisória está em fase de ajustes e será encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos dias, segundo a Seap. “ A medida prevê indenização para quem entregar espontaneamente as redes, quem for pego durante a fiscalização utilizando as caçoeiras vai ser notificado e ter o material o produto da pesca recolhidos pelo Ibama”, esclarece Araújo.

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Pesca do tucunaré no Amazonas deverá ser regulamentada ainda neste ano

9 de Julho de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Pescadores que vivem nos municípios e comunidades às margens do médio Rio Negro estão preocupados com a continuidade do decreto estadual nº 22.304, que proíbe a pesca comercial do tucunaré na região que inclui os municípios de Barcelos, Santa Izabel e São Gabriel da Cachoeira.

O alerta foi feito pelo presidente da Colônia de Pescadores de Novo Airão, Evandro Cordeiro, para quem os pescadores enfrentam dificuldades desde 2001, quando a lei foi sancionada.

A assessora de Recursos Pesqueiros da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Joseli Bezerra, informou no entanto que a lei vai atuar na preservação do tucunaré e organização da pesca dessa espécie, de forma sustentável.

Em junho, explicou, a Assembléia Legislativa aprovou quatro novas emendas à lei estadual, entre as quais a de fomento aos estudos técnicos e científicos que promovam o zoneamento das áreas de pesca, definindo os locais adequados para a exploração comercial e esportiva.

"A pesca esportiva é o principal produto turístico do Amazonas. O decreto é um passo para a regulamentação da atividade, que é ao mesmo tempo turística e ambiental, com o apoio de institutos de pesquisas e universidades. Na sexta-feira (6) enviamos o documento corrigido ao governo do estado e agora vamos aguardar a aprovação, ainda neste ano", disse Joseli.

Com a aprovação da medida, estarão liberadas apenas a pesca esportiva e de subsistência. A pesca de outras espécies, como surubim, pacu, aracu e matrinxã, continua autorizada. Neste ano, a temporada de pesca esportiva no estado começará na segunda quinzena de setembro.

O presidente da Colônia de Pescadores de Novo Airão havia argumentado que, em função da lei, as famílias de pescadores tiveram seu universo de trabalho reduzido e prejudicado comercialmente.

"Atualmente, em termos práticos, a decisão estadual está sem efeito, mas a qualquer momento o estado vai regulamentar a lei novamente. Estamos pedindo aos deputados do Amazonas um apoio para que a lei não traga prejuízos para o ribeirinho, que precisa pescar para se alimentar e também para ganhar dinheiro e sustentar sua família. Por conta da vigilância do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], o ribeirinho tem mais medo de encontrar um fiscal do órgão do que um jacaré no meio do rio", enfatizou Evandro Cordeiro.

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Arqueólogos encontram pinturas rupestres subaquáticas no Pará

14 de Julho de 2007 - João Porto - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade de Campinas (Unicamp) encontraram pinturas rupestres (as mais antigas representações em imagens conhecidas da humanidade) subaquáticas no Rio Trombetas, no oeste do Pará. Normalmente, os arqueólogos subaquáticos pesquisam navios e outras peças submersas.

Segundo o diretor do Centro de Estudos de Arqueologia Subaquática e Náutica da Unicamp, Gilson Rambelli, o trabalho no Pará é pioneiro: "Nunca no mundo a arqueologia subaquática tinha conseguido trabalhar com sítios de gravuras rupestres".

Os primeiros indícios de pinturas rupestres em baixo d'água na região apareceram em 2003, mas como o Trombetas fica na floresta nacional de Saracá-Taqüera, era necessária uma autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovavéis (Ibama), para o início do trabalho. Recentemente os arqueólogos conseguiram essa autorização.

Rambelli acredita que muitos outros pontos da Amazônia podem esconder, em baixo d'água, vestígios de civilizações pré-coloniais, ou seja, feitas antes da chegada dos portugueses, em 1500. "Partindo desse sítio, nós trabalhamos em outros lugares, onde existem vestígios de cerâmicas submersas", relata.

Ainda não se sabe ao certo de que período histórico são essas pinturas descobertas no Trombetas. Os desenhos rupestres são copiados ainda debaixo d'água para um plástico e encaminhados para análise dos arqueólogos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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