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PAC DA FUNASA BUSCA LEVAR ÁGUA E SANEAMENTO PARA POPULAÇÕES INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

14 de Julho de 2007 - Elaine Borges, Daniel Costa e Isabela Vieira - Repórteres da Radiobrás - Brasília - Garantir água tratada e saneamento para as aldeias indígenas. Esse é um dos objetivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). O PAC da Funasa tem como meta chegar a 2009 com cerca de 60% da população indígena provida de rede de esgoto e 90% com água.

No Brasil, vivem 460 mil índios, dos quais 62 % contam com água potável e encanada e 30%, com esgoto, segundo a Funasa. De acordo com o presidente do órgão, Danilo Fortes, esse quadro apresenta vulnerabilidades. "Cerca de 60% das crianças indígenas morrem por contaminação de veiculação hídrica", comenta, em entrevista à Agência Brasil.

Em entrevista à TV Nacional, nesta semana, Fortes informou que uma das idéias do programa, lançado na última semana, é ajudar a reduzir a contágio de doenças transmitidas por meio das águas nas áreas indígenas. “São povos mais expostos a doenças também como diarréia", afirmou.

A Amazônia, que concentra a maior parte da população indígena brasileira, vai ser priorizada. Das 1.377 mil aldeias com atendimento previsto, 756 (mais de metade) se localizam nela. As terras da região devem receber R$ 93,5 milhões. Ao todo, para a população indígena o investimento soma R$ 220 milhões, que devem ser liberados em quatro anos.

Por meio da assessoria de imprensa, a Funasa informou que recebe os projetos dos municípios e entidades vinculadas, mas ainda não definiu a data de implementação do programa.

O PAC da Funasa faz parte do Programa de aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal em janeiro.

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Indígenas elogiam anúncio de PAC da Funasa, mas representante pede garantia para verbas

14 de Julho de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Muitos dos problemas na saúde indígena refletem a falta de saneamento básico e de acesso a água potável. Por isso, líderes que participaram esta semana da reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) concordam, ao menos em princípio, com o recente anúncio do PAC da Funasa, conjunto de investimentos da Fundação Nacional de Saúde com nome alusivo ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O representante da Subcomissão de Saúde da CNPI, Lindomar Santos Rodrigues, do povo Xokó (SE), disse que a falta de políticas públicas para a área favorece a transmissão de doenças como a diarréia e altos índices de mortalidade infantil nas aldeias.

A contaminação das águas por resíduos de agrotóxicos e por mercúrio, proveniente dos garimpos, também é lembrada. Para Jecinaldo Barbosa Cabral, do povo Saterê Mawé, presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), esses são os principais problemas enfrentados pelas aldeias que ocupam grandes extensões de terras, como as amazônicas.

Na semana passada, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), anunciou um investimento de R$ 220 milhões em mais de 1,3 mil aldeias. O dinheiro deve ser liberado em quatro anos e atenderá, prioritariamente, a Região Norte.

A medida precisa de ajustes, avalia Rodrigues, da subcomissão de Saúde da CNPI. “Os recursos da Funasa não chegam até os nosso povos”, diz ele, para quem os investimentos, muitas vezes, se perdem pelas secretarias municipais e entidades sociais.

Nem sempre, acrescenta ele, as instituições realizam as licitações para as obras dentro dos prazos, e o dinheiro liberado pelo governo federal retorna a Brasília. “A subcomissão de saúde já procurou a Justiça para impedir que essa situação se perpetue. Queremos que o governo federal assuma essa responsabilidade e faça o contato direto com as aldeias”, diz.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, reconhece que nem todos o povos indígenas têm acesso a redes de esgoto e água potável, mas lembra que o investimento não é, atualmente, necessário na totalidade das terras indígenas. “Na Amazônia Legal, principalmente nas grandes terras indígenas, não há necessidade. Lá, os índios têm os igarapés e rios naturais”, comenta. “O que precisamos é proteger essas terras de invasões e de contaminações por diversas fontes.”

Para o presidente da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, o PAC da Funasa é importante, de qualquer modo. “São muito poucas as aldeias que tem esses benefícios naturais”, diz ele. “O desmatamento e o avanço da agricultura têm afetado muito as nossas vidas. Quando contaminadas, as águas dos rios carregam as doenças para dentro de nossas aldeias. Corremos perigo iminente sem os cuidados do governo federal, de quem é a competência para cuidar das nossas terras, e sem os investimentos da Funasa.”

O encontro da CNPI terminou ontem (13) e teve o objetivo de discutir o Estatuto dos Povos Indígenas. O projeto tramita desde 1991 no Congresso Nacional.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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