12/07/2007 - Em até
90 dias, o Paraná deverá contar
com três centrais de recolhimento de
embalagens de óleo lubrificante – que
irão atender, em caráter experimental,
Curitiba e Região Metropolitana, Cascavel
(região Oeste do Estado) e Londrina
(região Norte). O
compromisso de instalar as centrais foi assumido
pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e Óleos Lubrificantes
(Sindicom), que esteve presente em uma reunião
promovida nesta quarta-feira (11) pela Secretaria
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
e Promotoria de Meio Ambiente do Ministério
Público Estadual com representantes
de grandes fabricantes que atuam no ramo de
combustíveis, derivados de petróleo
e óleos lubrificantes.
O secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, informou que implantação
das centrais vem atender parte da solicitação
feita pela Secretaria do Meio Ambiente no
último mês de maio – quando ficou
estabelecido prazo de 60 dias para que estes
representantes apresentassem um plano de gerenciamento
dos resíduos gerados em seus estabelecimentos
e distribuidores, como oficinas mecânicas,
supermercados e lojas de autopeças.
Para Rasca, a proposta apresentada
nesta quarta-feira (11) poderia ser melhor.
“Foi uma proposta tímida, mas é
o primeiro passo para consolidar a política
de recolhimento destas embalagens”, comentou.
O coordenador de Centro de Apoio às
Promotorias de Meio Ambiente do Ministério
Público, Saint Clair Honorato Santos,
concordou com o secretário. “Esperávamos
avanços maiores para resolver este
grande problema ambiental”, disse.
Segundo Rasca, o setor de
combustíveis deve investir também
na conscientização dos consumidores
e revendedores – principais responsáveis
por destinar as embalagens em meio ao lixo
comum. “Muitos revendedores descartam no meio
ambiente frascos plásticos de Polietileno
de Alta Densidade (PEAD) contaminados com
óleos. O descarte destas embalagens
é preocupante, devido ao potencial
de contaminação do meio ambiente
causado pelo óleo contido nelas. A
disposição irregular de resíduos
oleosos é uma das práticas mais
nocivas aos recursos naturais”, reforçou.
Bom exemplo - Como exemplo
ao setor, o secretário citou o trabalho
de recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos,
realizado junto aos principais consumidores
do produto, os agricultores, e às distribuidoras
destes produtos no Estado.
“Quando o governador Roberto
Requião assumiu o governo, em 2003,
o Paraná era o 9.º estado em recolhimento
de embalagens de agrotóxico. Hoje somos
o primeiro. De cada 100 embalagens comercializadas,
99 são recolhidas e destinadas de forma
ambientalmente adequada”, disse, lembrando
ainda que atualmente o Paraná possui
72 centrais de recolhimento de embalagens
de agrotóxico em parceria com o Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
(Inpev), que atua no setor do agronegócio.
“Portanto o mais difícil,
que era conscientizar o homem do campo, já
foi feito. A conscientização
dos consumidores e de seus distribuidores
está ao alcance de toda a rede produtiva
de postos de combustíveis”, afirmou
Rasca.
Câmara Técnica
Ambiental - Junto com a implantação
das três unidades piloto, os representantes
informaram a criação de uma
Câmara Técnica Ambiental – também
em 90 dias - para desenvolver os projetos
de recolhimento e destinação
final das embalagens de óleo lubrificante
que foram solicitados na reunião realizada
em maio.
“A Câmara irá
coordenar os esforços dos agentes envolvidos
para definir as estratégias e um plano
de ação para a gestão
ambiental do setor no Estado”, explicou Antônio
Carlos Nóbrega, gerente de meio ambiente
do Sindicom.
Segundo ele, a Câmara
será responsável por propor,
aprovar e acompanhar o cronograma de implantação
do plano de gerenciamento dos resíduos,
avaliar sua efetividade, controlar os resultados
obtidos e definir revisões e ajustes
destes processos.
“O ponto de partida da Câmara
será o recolhimento das embalagens
vazias de óleo lubrificante. Mas gradativamente
podemos ampliar para outros resíduos
que não a embalagem, como estopas e
filtro de ar, e evoluir para outros temas
como recuperação de áreas
contaminadas”, adiantou.
Participaram da reunião
representantes da Petrobrás, Companhia
Brasileira de Petróleo Ipiranga, Texaco
Brasil, Shell Brasil e Potencial, entre outras
redes de distribuição de lubrificantes.
+ Mais
IAP embarga moinhos de cal
em Colombo, na Região Metropolitana
de Curitiba
11/07/2007 - O presidente
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP),
Vitor Hugo Burko, acompanhou nesta terça-feira
(10) uma blitz de fiscalização
de empreendimentos que trabalham com cal em
Colombo, na Região Metropolitana de
Curitiba. Três empresas foram vistoriadas
e duas delas tiveram seus moinhos de beneficiamento
de cal embargados. No total, cinco moinhos
tiveram suas atividades paralisadas.
“Como nossa estação
de monitoramento da qualidade do ar em Colombo
vinha indicando alterações,
resolvi acompanhar uma fiscalização
de rotina para conhecer de perto a realidade
dos empreendimentos e também dos moradores
de Colombo”, comentou Burko. “E percebi que
basta as empresas adotarem medidas simples
para que tenhamos uma boa qualidade do ar
no município”, acrescentou.
Ele adiantou que irá
convocar uma reunião com a associação
das empresas que trabalham com cal no município
para discutir a implementação
de medidas como o transporte de materiais
em caminhões cobertos e molhar as ruas
em grandes períodos sem chuva, entre
outras iniciativas que podem melhorar as condições
ambientais e de saúde da população.
“Basta boa vontade. E, a partir de agora,
estaremos permanentemente cobrando esta boa
vontade”, afirmou Burko.
Embargos - A primeira empresa
vistoriada, Frical, teve quatro moinhos embargados
por tempo indeterminado, até que chova
na região. O empreendimento também
foi autuado em R$ 10 mil pela emissão
de poluentes acima dos parâmetros permitidos
pela legislação e em R$ 2 mil
pelo armazenamento, fora das normas ambientais,
de combustível para abastecimento da
frota.
“Além disso, os moinhos
estavam a céu aberto, e não
enclausurados como determina a resolução
SEMA 054/06 que define critérios para
emissão de poluentes atmosféricos
para atividades potencialmente poluidoras”,
acrescentou Burko. A empresa tem 20 dias para
enclausurar os moinhos, independentemente
de chover ou não. “Caso não
o tenham feito, o embargo volta a valer”,
explicou o presidente do IAP.
Na última sexta-feira
(06), a empresa já tinha sido autuada
em R$ 2 mil pela falta de licença ambiental
para operação de dois fornos
de queima de pedra de cal - arrendados pela
Frical em uma área próxima às
suas instalações.
Outra empresa, Paraná
Cal, teve um moinho e também o carregamento
de pó com pá carregadeira embargados.
No começo deste mês, outros dois
moinhos que pertencem ao empreendimento também
tiveram suas atividades paralisadas.
A Paraná Cal foi
uma das empresas autuadas no final de junho
- quando a fiscalização do órgão
ambiental fez vistorias em dez empreendimentos
do município. Pela emissão de
materiais em suspensão fora dos padrões
estabelecidas pela resolução
SEMA 54/06 e pela disposição
de resíduos às margens de um
córrego, o empreendimento foi autuado
em R$ 10 mil.
O terceiro empreendimento
visitado, Solofino, estava operando de acordo
com as normas ambientais.
+ Mais
Paraná em Ação
atende a mais de 10 mil pessoas no primeiro
dia em Campo Mourão
10/07/2007 - A 33.ª
edição do Paraná em Ação,
feira de serviços gratuitos promovida
pelo Governo do Estado em parceria com as
prefeituras, realizou mais de 10 mil atendimentos
em seu primeiro dia de atividades em Campo
Mourão. Um dos destaques desta sexta-feira
(6) são os exames de câncer do
colo do útero e de mama, uma das novidades
desta edição, que estão
sendo realizados pela Secretaria da Saúde
do município.
Segundo a enfermeira responsável
pelo serviço, Roseneire Cruz, as mulheres
estão começando a superar a
resistência para realizar estes tipos
de exame. “As pessoas estão começando
a se interessar e algumas estão até
agendando horários para sábado
(7)”, afirma. A diarista Ângela Aparecida
do Bonfim, 36 anos, aproveitou a oportunidade
para fazer o exame de mama. “Eu já
participei várias vezes da feira, é
uma maravilha. É a primeira vez que
vou fazer este exame, que é muito importante.
A minha sobrinha também veio comigo
e vai fazer a carteira de identidade e o CPF”,
contou Angela.
A oficina de aquecedor solar,
novidade em Campo Mourão, também
é um sucesso. Segundo o coordenador
regional de Resíduos Sólidos
do Instituto Ambiental de Paraná em
Campo Mourão, Maxuel de Oliveira, esta
oficina gera bastante curiosidade. “Várias
pessoas participaram desta atividade. Entre
eles estão alguns membros da Associação
de Catadores de Papel, que estão recebendo
orientação de engenheiros e
arquitetos para montar o aquecedor”, disse
Oliveira. “Ainda não conhecia a oficina
de aquecedor solar. Adorei a idéia.
Nós separamos as garrafas pet e as
caixas de leite, em seguida pintamos o material,
juntamos com os canos e depois começamos
a montar o aquecedor”, contou o mestre de
obras, João Galdino, 46 anos.
A Unipar trouxe oficinas
dos cursos de Enfermagem, Estética
e Cosmetologia e de Biomedicina. A parceria
com o Sesi oferece testes de visão
e audição, que já haviam
sido solicitados pela população.
A comunidade tem acesso a exames de saúde,
ao cadastramento em programas sociais, como
Tarifa Social da Sanepar e Luz Fraterna da
Copel, e pode tirar carteira de identidade,
CPF e Carteira de Trabalho.
Neste sábado (7)
será realizado o casamento coletivo
de 65 casais, a partir das 9h30. O Consulado
Brasileiro em Cidade de Leste, no Paraguai,
está realizando a legalização
dos documentos de paraguaios que residem no
Brasil. Outro destaque desta edição
é o número recorde de cadastramentos
para fazer a Carteira de Identidade. Foram
feitas 2.800 inscrições, que
estarão sendo atendidas até
domingo (8).
O Paraná em Ação
é uma feira de serviços gratuitos
do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria
Especial de Relações com a Comunidade,
voltado especialmente às comunidades
pobres. O programa já realizou, desde
seu início, em 2004, mais de 2 milhões
de atendimentos. As cidades de Palotina, Castro
e Curitiba receberão os serviços
da feira de serviços gratuitos do Paraná
em Ação nos meses de julho e
setembro.