17
de Julho de 2007 - Carolina Pimentel e Sabrina
Craide - Repórteres da Agência
Brasil - Brasília - Com o objetivo
de estimular a sociedade brasileira a participar
de ações que contribuam para
a redução das emissões
de gases de efeito estufa, o Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior lançou hoje (17) o Protocolo
de Intenções para o Ano do Desenvolvimento
Limpo.
O documento, elaborado em
parceria com 12 entidades, incluindo os ministérios
do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia,
propõe a adoção de Mecanismos
de Desenvolvimento Limpo (MDL) – ações
que podem ser adotadas por países em
desenvolvimento para que eles cresçam
de forma limpa, isto é, sem poluir
e com menor emissão de carbono.
Entre as ações
que receberão apoio está também
o desenvolvimento de novas metodologias envolvendo
biocombustíveis e florestas. Segundo
o ministro Miguel Jorge, o objetivo é
"promover a participação
de todos os estados nesse esforço com
ações, divulgação
e capacitação técnica,
para dar abrangência nacional a esse
esforço e consolidar definitivamente
o mercado de carbono no Brasil”.
O ministro ressaltou que
a redução de emissões
de carbono deverá gerar ao país
receita de aproximadamente US$ 3 bilhões
nos próximos cinco anos. “O desenvolvimento
de novas metodologias mais adaptadas às
nossas vantagens comparativas, no caso de
biocombustíveis e florestas, ampliará
ainda mais as possibilidades de geração
de créditos de carbono”, disse.
Entre as atividades previstas
para alcançar as metas estabelecidas
estão a realização de
oficinas, seminários e cursos de capacitação,
o lançamento de uma publicação
com os primeiros cem projetos de MDL brasileiros
e a criação do Observatório
do Mercado de Carbono, que realizará
estudos e análises de inteligência
comercial, avaliando tendências e a
conjuntura do mercado internacional de carbono.
O Protocolo foi lançado
no Palácio do Planalto, durante reunião
do Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social (CDES). O compromisso será
assinado amanhã (18) em Brasília,
na sede da Confederação Nacional
da Indústria (CNI).