18/07/2007
- O ministro interino de Meio Ambiente, João
Paulo Capobianco, disse nesta quarta-feira
(18) que a vanguarda do Brasil na área
de produção de energia limpa
depende de novos esforços para aprofundar
os benefícios tecnológicos atuais
e manter o País não apenas na
liderança do processo, mas na dianteira
mundial dos negócios nesta área.
"Precisamos permanentemente de novos
investimentos, em busca de novas soluções
tecnológicas que sejam capazes de aprimorar
ainda mais os processos produtivos limpos
no País. Do contrário, podemos
perder nossa posição atual",
afirmou Capobianco.
O ministro, para quem "o
Brasil tem plenas condições
de avançar mais nas inovações",
falou a uma platéia composta dos industriais,
gestores e jornalistas, durante seminário
sobre Mudanças Climáticas e
Desenvolvimento Limpo, promovido pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Capobianco disse que o MMA
continuará com sua política
de apoio a projetos dos setores público
e privado que combinem desenvolvimento com
conservação dos recursos naturais
do País - algo possível e viável,
como prova o Programa Brasileiro do Etanol,
importante fonte limpa de divisas para o Brasil.
O ministro interino aproveitou
o evento para anunciar que em breve será
divulgada a confirmação da taxa
de desmatamento da Amazônia para o período
2005-2006 e a estimativa para o próximo
ano. Em outubro de 2006, foi anunciada a tendência
projetada para 2005-2006, segundo dados do
Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia
Legal (Prodes): queda de 30%. O Prodes é
desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). O combate à devastação
da floresta amazônica é um fator
importante para minimizar as emissões
de carbono da atmosfera e, por conseqüência,
o aquecimento global.
Durante o seminário,
o Ministério do Meio Ambiente firmou
um protocolo de intenções sobre
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) com
os ministérios do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
e da Ciência e Tecnologia, além
de vários setores da indústria.
Esse é um dos pontos da agenda do Ano
do Desenvolvimento Limpo, lançado na
terça-feira (17) pelo Governo Federal,
e que pretende chamar a atenção
da sociedade civil sobre a influência
do MDL e do mercado de carbono na redução
da emissão de gases que provocam o
efeito estufa.
+ Mais
Educação ambiental
inicia curso de formação em
Angola
19/07/2007 - Teve início
na quarta-feira (18), em Luanda, capital de
Angola, o curso de Formação
de Formadores em Educação Ambiental.
Autoridades angolanas e brasileiras participaram
da abertura do curso no Centro de Convenções
Futungo II. A iniciativa é resultado
do Acordo de Cooperação Brasil-Angola
para fortalecimento da educação
ambiental naquele país. O objetivo
é a construção coletiva
do Programa Nacional de Educação
Ambiental.
O curso segue até
o dia 1º de agosto conduzido por representantes
do governo angolano e do Brasil, por meio
do Departamento de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente,
da Coordenação-Geral de Educação
Ambiental do Ministério da Educação
e da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
do Ministério das Cidades.
Participam do curso cerca
de 50 gestores de meio ambiente, professores
e ativistas sociais de 13 províncias
de Angola. Nesta quinta-feira (19), os debates
trataram sobre as diferenças entre
os conceitos da Educação Ambiental
para o Desenvolvimento Sustentável
e a Educação Ambiental para
a Construção de Sociedades Sustentáveis.
Nesse contexto, os participantes iniciaram
a revisão da minuta do Programa Nacional
de Educação Ambiental de Angola.
Os principais problemas
ambientais do país angolano são
o desmatamento, o crescimento desordenado
das cidades e a falta de saneamento básico.
Todas as províncias já desenvolvem
ações de educação
ambiental, com destaque para a inserção
do tema meio ambiente no currículo
escolar, as olimpíadas de ambiente
e programas de rádio nas línguas
nacionais.