17
de Julho de 2007 - Lúcia Nórcio
- Repórter da Agência Brasil
- Curitiba - O Paraná comemora hoje
(17) o Dia de Proteção às
Florestas na condição de maior
parceiro da ação mundial Plantemos
para o Planeta – Campanha do 1 Bilhão
de Árvores, promovida pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma).
Segundo o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, até o final deste
ano 20 milhões de mudas deverão
ser plantadas somente por meio do programa
Mata Ciliar, que estimula o plantio de espécies
nativas. Esse programa é executado
pelo Instituto Ambiental do Paraná
e neste ano, de acordo com a Secretaria, já
plantou 5,8 milhões de mudas – o equivalente
a 93% dos 6,3 milhões de árvores
registradas plantadas no país e a 23%
dos 22 milhões de árvores plantadas
pelos parceiros da campanha do Pnuma no mundo.
Desde 2003, o Mata Ciliar
é responsável pelo plantio de
aproximadamente 61 milhões de mudas
no estado. O secretário informou ainda
que o estado também comemora a redução
em 88% da degradação da mata
atlântica, com investimentos de R$ 20
milhões em unidades de conservação.
“Os corredores da biodiversidade estão
se consolidando e também estamos trabalhando
na regulamentação da Lei da
Mata Atlântica, que irá proteger
quase todo o território paranaense
e será ainda mais restritiva que a
atual legislação”, disse.
Com a regulamentação
dessa lei, sancionada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em dezembro de
2006, o bioma mata atlântica abrange
98% do território paranaense. "Antes,
apenas 6% do estado, ocupados pelo ecossistema
floresta ombrófila, eram considerados
mata atlântica", acrescentou o
presidente do Instituto Ambiental do Paraná,
Vitor Hugo Burko.
O secretário Rasca
Rodrigues destacou ainda o projeto Paraná
Biodiversidade, que nos últimos cinco
anos garantiu aumento de 133 mil hectares
de áreas de florestas nos três
corredores de biodiversidade do estado.
+ Mais
Diretor diz que país
tem bons motivos para comemorar Dia de Proteção
às Florestas
17 de Julho de 2007 - Katia
Paiva - Da Rádio Nacional da Amazônia
- Brasília - A redução
do desmatamento na Amazônia em 52% nos
últimos quatro anos e a previsão
de que essa redução continue
são bons motivos para o Brasil comemorar
hoje (17) o Dia de Proteção
às Florestas, de acordo com o diretor
do Programa Nacional de Florestas, do Ministério
do Meio Ambiente, Leonel Pereira.
Para Leonel, a aprovação
da Lei de Gestão de Florestas Públicas
foi o maior resultado alcançado nos
últimos anos contra o desmatamento
das florestas.
"Essa lei veio disciplinar
a exploração de florestas no
Brasil, garantindo que pela primeira vez essa
atividade seja economicamente importante para
o país. Em vez de desmatar a floresta,
que economicamente não vale nada, passamos
a ver a floresta como uma oportunidade de
renda e de trabalho", disse.
Leonel ressaltou como outra
ação de preservação
florestal, o reflorestamento de áreas
devastadas para atender a demanda das indústrias
de celulose.
"Estamos trabalhando
para aumentar a participação
do pequeno produtor nessa base florestal plantada.
Essa participação aumentou de
6% para 25% nos últimos quatro anos
através de facilitação
de crédito e assistência técnica.
Nosso objetivo é continuar com esse
trabalho e implementar o sistema para manejo
sustentável das florestas públicas
e trabalhar com a recuperação
de áreas degradadas, começando
pela bacia do São Francisco, que é
prioritária para o governo e para o
país".
Hoje no país
quase 50% do território ainda é
coberto por florestas naturais, sendo que
80% dessas florestas são públicas.
Nos últimos quatro anos aumentou quase
20 milhões de hectares as áreas
florestais protegidas, segundo o Ministério
do Meio Ambiente.
Outro projeto para preservação
das florestas, de acordo com Leonel Pereira,
o Plano Nacional de Silvicultura com Espécies
Nativas e Sistemas Agroflorestais (Pensaf),
que pretende usar as espécies nativas
como o principal componente na recuperação
das áreas que foram desmatadas e estão
improdutivas.