Panorama
 
 
 

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DA RESERVA DO GURUPI COMEÇA A SAIR DO PAPEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

São Luiz (16/07/2007) – O Ibama inicia nesta terça-feira (17) o treinamento de 11 técnicos que atuarão diretamente no processo de regularização fundiária da Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, no oeste do Maranhão. A capacitação é dirigida a funcionários de uma empresa de Brasília, vencedora da concorrência. Serão três dias de curso – dois dedicados à parte teórica e o último a atividades práticas dentro da reserva.

De acordo com o contrato, a empresa tem prazo de três meses para concluir o processo de regularização. Estima-se que os trabalhos devam durar cerca de dois meses, deixando-se ainda uma margem de 30 dias para a resolução de eventuais problemas. O processo de regularização fundiária conta com recursos obtidos por meio de compensação ambiental, administrados pela Fundação Getúlio Vargas.

Participarão ainda do treinamento dez monitores ambientais capacitados na semana passada. Após uma seleção por meio de prova escrita e entrevistas, eles receberam orientações sobre itens como educação ambiental e levantamento fundiário e estão aptos a atuarem na conscientização dentro e fora da Reserva Biológica do Gurupi. Eles serão contratados, também, com recursos via compensação ambiental, por um período de três anos.

Com a consolidação fundiária, a Reserva Biológica do Gurupi ganha limites bem definidos. Esse é um passo fundamental para a preservação da reserva que abriga uma das últimas áreas remanescentes de floresta amazônica no Maranhão, avalia Evane Lisboa, Chefe da Rebio do Gurupi.

A regularização fundiária é mais uma etapa da operação “Força e Soberania”, iniciada em fevereiro. Coordenados pelo Ibama, fiscais, agentes da Polícia Federal e membros do Exército vêm atuando com rigor contra as irregularidades cometidas dentro da Rebio. A operação deve prosseguir até o início de 2008.

Por dentro da Rebio – Criada em 1988, a Reserva Biológica do Gurupi tem área aproximada de 341.650 hectares. Entre os principais problemas estão os desmatamentos, o estabelecimento de roças, a grilagem de terras, a exploração irregular de madeira, caça e criação de gado, o trabalho escravo e até mesmo o narcotráfico.

Por se tratar de uma área de proteção integral, é proibida a permanência de pessoas no local. Essa norma, no entanto, é freqüentemente descumprida por pessoas que fazem a extração de madeira. Elas se aproveitam da dificuldade de ação dos fiscais em razão da grande dimensão da reserva. Com a regularização fundiária, esse problema deve acabar.

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Oficina sobre pesca ajuda a preservar Parque Nacional do Araguaia

Palmas (16/07/2007) - O Ibama/TO realizou, entre os dias 8 e 11, na Aldeia Boto Velho, a Oficina de Capacitação em Acordo Comunitário de Pesca para as comunidades Javaés que vivem na reserva indígena Inã-Webohoná. A reserva fica em área sobreposta ao Parque Nacional do Araguaia, na Ilha do Bananal. O trabalho será estendido posteriormente aos habitantes das aldeias Txodé e Watnã.

Com o Acordo de Pesca, o Parque Nacional do Araguaia busca possibilitar, através do ordenamento da atividade pesqueira na área, a legalização da comercialização do pescado para os povos indígenas da área sobreposta, ponto crucial para a sua sustentabilidade, e na seqüência ampliar a proposta para o resto da Ilha do Bananal.

Participaram da ação coordenada pelo Ibama/Parque Nacional do Araguaia, além de pescadores e caciques das três aldeias, instituições parceiras como Funai, Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Tocantins (Seagro), Ruraltins, Secretaria de Cidadania e Justiça (SECIJU), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Prefeitura de Lagoa da Confusão e Ministério Público Federal do Tocantins.

Durante a oficina, os indígenas foram orientados sobre as regras de sustentabilidade da pesca na Ilha do Bananal que prevêm, entre outras coisas, os instrumentos que são permitidos ou proibidos, tamanhos das malhas, lagos para preservação, pesca de subsistência e para comercialização e monitoramento dos estoques.

Todo o processo de implantação do Acordo de Pesca será acompanhado pelo Ibama/Parque Nacional do Araguaia e instituições parceiras, que ficarão responsáveis pela assessoria técnica e jurídica aos povos indígenas. Alguns parceiros como o Ruraltins e a Seagro foram convidados com o intuito de fomentar outras iniciativas produtivas que possam ajudar a garantir a sustentabilidade das comunidades e servir como alternativas para diminuir a pressão sobre os estoques pesqueiros.

O Acordo de Pesca é previsto pela Instrução Normativa 29/03 do Ibama, que o reconhece como medida eficiente de ordenamento pesqueiro justamente por envolver as comunidades e usuários na elaboração das normas que regulamentam a utilização desses recursos.
Há 15 anos, o órgão vem experimentando a metodologia do Acordo de Pesca com comunidades ribeirinhas da Várzea Amazônica, mas essa é a primeira vez que um Acordo de Pesca envolve comunidades indígenas.

Unidade de Conservação – Com 562 mil hectares, o Parque Nacional do Araguaia situa-se na parte norte da Ilha do Bananal. Através do Decreto s/n de abril de 2006, foi homologada a reserva indígena Inã-Webohoná em parte desta área. Assim, desde então, 377 mil hectares da área total do Parque passaram a ser também, além de unidade de conservação federal, território indígena dos povos Karajás, Javaés e Ava-canoeiros, sujeitos ao regime de dupla-afetação.

Como a região é extremamente rica em recursos naturais e sofre fortes pressões externas, o Ibama, a Funai e as comunidades indígenas buscam desenvolver estratégias para garantir os direitos ao usofruto exclusivo dos recursos por parte dos índios. A pesca predatória efetuada por pescadores comerciais não-índios é uma das principais ameaças ao ecossistema da Ilha. O apoio ao Acordo de Pesca das Comunidades da área sobreposta é uma destas estratégias, além da continuidade das ações de repressão ao tráfico de pescado praticado por não-índios.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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