Preservação
Ambiental - 16/07/2007 - Uma parte do conhecimento
produzido pela Coordenação de
Pesquisas em Produtos Florestais do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (CPPF/Inpa)
esteve exposto na 59ª Reunião
da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), por meio de seis banners.
As temáticas são
as mais variadas possíveis como, por
exemplo, a utilização do rolo
resto para construção de casas,
o potencial energético das madeiras
utilizadas em panificadoras de Manaus (AM),
o diagnóstico da qualidade das madeiras
que podem ser exportadas e a qualidade da
madeira por método não destrutivo.
Durante a 59ª SBPC
realizada em Belém (PA), de 8 a 13
deste mês, os estudantes do Inpa debateram
assuntos relacionados ao fruto da castanha
do Pará como potencialidade energética,
desenvolvimento de modelos matemáticos
para estimar a densidade básica da
madeira, ou seja, saber a qualidade da madeira
sem precisar derrubar a árvore.
Entre os trabalhos expoasto
estava "Qualidade da madeira da espécie
Brosimum rubescens, Taub. Moraceae",
que desenvolveu modelos para estimar a variação
da densidade básica da madeira e da
resistência, no sentido longitudinal
do fuste (tronco da árvore).
A pesquisa também buscou determinar
a seção transversal no tronco
para retirada de amostras por método
não destrutivo. Os resultados foram
satisfatórios, pois se verificou que
a DEAP (diâmetro altura do peito) é
a mais apropriada para representar a densidade
básica.
Outra pesquisa apresentada
foi "Avaliação das Madeiras
Utilizadas nas Panificadoras da Zona Centro
Sul de Manaus". Durante o trabalho de
campo foram verificadas quais eram as espécies
madeireiras mais comuns na cidade utilizadas
como lenha.
Contudo, a pesquisa chegou
ao resultado, de que o teor de cinzas das
espécies estudadas são viáveis
do ponto de vista econômico na queima
das caldeiras e fornos de lenha.
Já o projeto "Diagnóstico
das Serrarias Implementadas na Cidade de Manaus"
visou saber os efeitos da implantação
das legislações ambientais nas
serrarias da cidade, tendo como base à
obediência as regulamentações
ambientais.
A pesquisa concluiu que
das serrarias visitadas 10% são de
porte médio e que os restantes estão
agrupadas em pequeno porte. Outro dado importante
constatado foi a preocupação
entre os donos das panificadoras em relação
às questões ambientais. Por
isso, eles doam os resíduos gerados
no processamento mecânico para confecção
de artesanato e abastecimento de olarias.
O desenvolvimento dos projetos
só foi possível graças
ao financiamento da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam), Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep/MCT) e do Programa de Bolsas de Iniciação
Científica do Inpa (Pibic Júnior).
Os trabalhos foram orientados
pelas pesquisadoras Claudete Catanhede (Laboratório
de Engenharia de Artefatos de Madeira (Leam),
Irineide Cruz (Setor de Química), e
os técnicos Roberto Daniel e Marta
Mantins, ambos do Leam.
Luís Mansuêto - Assessoria de
Comunicação do INPA