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SERRA PODE SANCIONAR PROJETO QUE AJUDA A PROTEGER O RIO RIBEIRA DE IGUAPE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2007

20/07/2007 O Projeto de Lei 394/2007, aprovado pela Assembléia Legislativa de São Paulo, declara o rio Ribeira de Iguape "Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado" e proíbe a instalação de obras ou empreendimentos que alterem de forma significativa as condições naturais do rio. O projeto será encaminhado ao governador José Serra nos próximos dias. Envie mensagem ao governador solicitando a sanção da lei.

O governador de São Paulo José Serra tem até o dia 26 deste mês uma ótima oportunidade para reafirmar o compromisso de seu governo com o meio ambiente. Isso porque nesta data se encerra o prazo para o governador sancionar o Projeto de Lei 394/2007, aprovado na Assembléia Legislativa do Estado no dia 28 de junho, que declara o rio Ribeira como Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado. O projeto se encontra atualmente em avaliação na Casa Civil do Governo do Estado e deve ser encaminhado ao governador nos próximos dias. Se aprovada, a lei vai proibir a instalação de obras ou empreendimentos que alterem de forma significativa as condições naturais do rio em seus aspectos estético, físico, químico ou biológico.

As comunidades quilombolas do Vale do Ribeira estão entre as maiores defensoras do “tombamento” do principal rio da região. Ao longo do rio Ribeira e de seus principais afluentes de alto e médio curso estão localizadas aproximadamente 51 comunidades quilombolas. Essas comunidades têm sua economia baseada principalmente na agricultura de subsistência e seus territórios protegem um valioso patrimônio ambiental, com alto grau de preservação da Mata Atlântica, e cultural, com a manutenção de antigas festas, ritos e tradições, muitas delas ligadas ao rio, que para as comunidades é uma importante via de comunicação e fonte de alimentação.

A proposta de um projeto de lei que defina o “tombamento” do Rio Ribeira de Iguape é inclusive uma demanda antiga das comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, principais protagonistas do Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab). A proposta atual ganhou força durante a audiência da Frente Parlamentar quilombola, realizada em março passado na Assembléia Legislativa do Estado, e se consolidou no PL 394/2007.

O quilombola André Luís, da comunidade de André Lopes, diz que o Ribeira é o maior patrimônio das comunidades tradicionais da região, incluindo agricultores familiares, índios e pescadores da parte litorânea do vale. “Esperamos que o governador assine a lei para garantir que as barragens fiquem longe daqui”, diz André. “Se o Serra resistir a todas as pressões contrárias à preservação do rio vamos construir até uma estátua em sua homenagem aqui no vale”, promete a liderança quilombola. “É uma grande oportunidade para valorizar umas das regiões mais ricas do Brasil pela sua diversidade social e ambiental em uma região cravada entre duas grandes regiões metropolitanas, São Paulo e Curitiba”, diz Nilto Tatto, coordenador do Programa Vale do Ribeira do ISA.

Para o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), autor do PL, a preservação do rio é fundamental para que o Vale do Ribeira siga gerando serviços ambientais e benefícios para a população regional e de todo o Estado. “O projeto é importante para preservar o Vale do Ribeira, que está para os paulistas como a Amazônia está para os brasileiros” compara o deputado, que prevê uma pressão duríssima dentro do governo para que Serra não sancione o projeto. “Existem setores econômicos que não querem pagar a conta de seus passivos ambientais, então precisamos fazer a contrapressão, com todos os que se importam com o meio ambiente enviando cartas e e-mails à Casa Civil, Secretaria de Meio Ambiente e ao próprio governador, escrevendo para os jornais, entre outras ações”, pede Raul Marcelo.

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Cineastas indígenas lançam produções premiadas

16/07/2007 - O DVD Kuikuro, o primero da série "Cinestas Indígenas", vai ser lançado este mês em grande festa no Parque Indígena do Xingu e é uma boa amostra da prolífica produção audiovisual dos povos indígenas brasileiros.

Nos dias 21 e 22 de julho, a aldeia kuikuro, no Parque Indígena do Xingu, será palco de uma festa diferente. Ao invés de realizar seus ritos tradicionais, a aldeia vai comemorar o lançamento do primeiro DVD da coleção "Cineastas Indígenas", um marco na produção audiovisual dos povos indígenas do Brasil.

O DVD é composto por dois vídeos premiados do Coletivo Kuikuro de Cinema - "Cheiro de pequi" e "O dia em qua a lua menstruou" - e por dois extras que contextualizam sua experiência de fazer filmes e sua história. “Cheiro de Pequi”, o último filme realizado pelo coletivo, acaba de receber o prêmio de Melhor Curta-Metragem no Festival “Présence Autochtone”, em Montreal, no Canadá.

O DVD kuikuro traz para o grande público a recente produção de documentários realizados a partir das oficinas promovidas pela ONG Vídeo nas Aldeias em diversas comunidades indígenas no Brasil. De acordo com Vincent Carelli, da Vídeo nas Aldeias, as oficinas de formação se propõem a dar as condições necessárias para que as populações indígenas se apropriem da linguagem audiovisual, relatem suas próprias histórias e dirijam seu olhar sobre a realidade e experiência que vivenciam.

A iniciativa, que completa 20 anos em 2007, oferece ainda suporte técnico e financeiro para a produção e difusão dos vídeos entre os povos indígenas e no circuito nacional e internacional. “Nos próximos dois anos lançaremos mais títulos da série de documentários indígenas com produções feitas pelos índios Panará, Hunikui, Xavante e Ikpeng”, afirma Carelli.

Centro de Documentação

O DVD kuikuro é resultado também de parceria da Vídeo nas Aldeias com a Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu (Aikax) e com o projeto Documenta Kuikuro, coordenado pelos antropólogos Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Museu Nacional. O lançamento do DVD kuikuro ocorre, juntamente com a inauguração do Centro de Documentação Kuikuro, que é parte do trabalho de pesquisa e documentação cultural realizado pelos antropólogos em parceria com a comunidade indígena.

Carlos Fausto explica que o projeto Documenta Kuikuro, que reúne pesquisa, documentação, produção cultural e formação, nasceu de estudos em lingüística, arqueologia e antropologia, mas acabou sendo ampliando para abrigar os projetos da própria comunidade kuikuro. “Atualmente, além de continuar a documentar a língua, o projeto realiza a documentação sistemática de todo o conhecimento ritual, xamânico e musical kuikuro, em colaboração com pesquisadores e cineastas indígenas”. O antropólogo afirma que parceria com a Vídeo nas Aldeias acrescentou ao projeto uma outra face, expressa em uma inovadora produção cultural, fruto do diálogo entre diferentes tradições. “Os filmes feitos a partir do olhar indígena conseguem revelar sua realidade com uma intimidade nunca vista”.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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