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“BIOCOMBUSTÍVEIS NÃO SUBSTITUIRÃO A PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS NESTE PAÍS”, DIZ MINISTRO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

09/08/2007 - Até o final deste ano, 205 mil agricultores familiares deverão estar inseridos na cadeia do biodiesel

A preocupação de todos os países com a criação de um novo padrão energético transformou em referência mundial o modelo do Brasil. Essa foi uma das principais impressões do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em sua participação em congresso internacional ocorrido na última semana na Etiópia, onde representou o governo brasileiro. “O Brasil descobriu uma forma original de criar um programa que contemplasse o objetivo energético e garantisse a inclusão social e o combate à pobreza rural”, ponderou o ministro.

Cassel reafirmou que a plantação de oleaginosas para a produção de biocombustíveis não vai substituir, em nenhuma hipótese, a produção de alimentos na agricultura familiar. “O biodiesel é, antes de qualquer coisa, uma possibilidade de agregação de renda, uma renda adicional. As oleaginosas são cultivadas em forma de consórcio com as outras culturas. Então, o agricultor não precisa escolher, ele não vai trocar a sua cultura por outra, ele vai agregar uma cultura nova ao que ele sempre plantou”.

O ministro reforçou que os agricultores familiares não deixarão de produzir alimentos para plantar oleaginosas apenas visando os biocombustíveis. “Dizer essas coisas só demonstra desconhecimento sobre o assunto. No caso do biodiesel, isso não vai acontecer em hipótese nenhuma. Essa nova cultura não compete com a produção de alimentos”, enfatizou.

Cassel destacou também a segurança que a produção do biodiesel leva ao campo. “Mais importante do que renda extra, pela primeira vez na história, os agricultores familiares, especialmente os do Semi-árido brasileiro, estão experimentando relações de produção que lhes dão segurança. É um setor social que nunca experimentou produzir com garantia de compra e garantia de preço. Isso lhes dá estabilidade e uma nova condição para continuar produzindo”.

Selo Combustível Social

Essa é uma realidade bastante recente em todo o mundo. No Brasil, a experiência começou em 2005 com muitas dificuldades e enfrentando a desconfiança da população rural. Foi necessário fazer zoneamentos ecológicos, organizar o sistema produtivo e produzir as primeiras sementes de oleaginosas, inexistentes naquela época no mercado. Os resultados até agora são positivos. “Fazer a primeira vez é sempre muito difícil, mas daqui para frente nós já temos a estrutura e o conhecimento do tema”, disse Cassel.

Para colocar em prática esse novo modelo energético, baseado no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) criou o Selo Combustível Social, que também é uma experiência pioneira no mundo. Receber o selo traz vantagens tributárias e significa que aquela empresa certificada produz biocombustível com a matéria-prima proveniente da agricultura familiar.

Outro critério para conceder o selo é que exista um contrato entre os agricultores familiares e a indústria, acompanhado pelas organizações de trabalhadores rurais e pelo Ministério, para garantir preço, compra, assistência técnica e boas condições de trabalho. “Isto dá novas possibilidades para a agricultura familiar, um novo padrão de inclusão social e melhora muita a vida dos produtores”, complementou Cassel.

Segundo o ministro, a idéia é avançar cada vez mais. Pelas metas do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, a partir de janeiro de 2008 vai ser obrigatório adicionar 2% desse biocombustível no diesel comum. A partir de 2010, essa exigência sobe para 5%. “Isso gera uma demanda anual de três bilhões de litros, três vezes mais do que hoje, e vai significar garantia de mercado. O mercado vai se ampliar”, salientou.

Segundo informações do MDA, a expectativa é de que até o final de 2007 cerca de 205 mil famílias de todo o País estejam participando do programa com a produção de oleaginosas. Atualmente, a produção anual de biodiesel no Brasil já alcança 885 milhões de litros.

Vanguarda mundial

O mundo todo se defronta hoje com problemas como o esgotamento das reservas de combustível fóssil, a poluição trazida pela utilização do petróleo e a questão do aquecimento global. São esses os principais fatores que impulsionaram a criação de um novo padrão energético alternativo e ecologicamente correto. “Frente a tudo isso, existe agora a possibilidade de o mundo passar a produzir combustível renovável e não poluente e que, acima de tudo, não provoca a dependência de certos países em relação a outros”, informou o ministro.

Nesse novo mercado, o Brasil é considerado pioneiro. A experiência nacional com o biodiesel é tratada como vanguarda absoluta pelos outros países. “Existem algumas experiências de produção de etanol localizadas na Europa e nos Estados Unidos, mas o modelo brasileiro é absolutamente inovador, original e considerado uma referência mundial”, contou ele.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (www.mda.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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