Panorama
 
 
 

CONSÓRCIO AMAZONIAR LANÇA REVISTA EM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

06 Aug 2007 - Por Bruno Taitson - O Consórcio Amazoniar, parceria entre Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA), Conselho de Manejo Florestal (FSC-Brasil), Kanindé – Associação de Defesa Etno-Ambiental, SOS Amazônia e WWF-Brasil, lançou a revista Um novo jeito de contribuir para a conservação e desenvolvimento: A experiência do Consórcio no Sudoeste da Amazônia, durante a conferência Manejo e Empreendimentos Florestais Comunitários, promovida pela Organização Internacional das Madeiras Tropicais (ITTO, sigla em inglês) em Rio Branco, entre 16 e 20 de julho.

A revista, publicada em inglês e português, relata as experiências do Consórcio Amazoniar desde sua criação, em 2003.Com quatro anos de duração, a iniciativa criou um sistema integrado de gestão ambiental e uso sustentável dos recursos naturais no Sudoeste da Amazônia, conectando comunidades e paisagens florestais para obter um desenvolvimento ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável na região. Também com o apoio do Consórcio Amazoniar, o CTA lançou a cartilha Lições Aprendidas a partir das Experiências de Manejo Comunitário de Uso Múltiplo.

Durante a conferência, foi anunciado o início do processo necessário para que o Brasil faça parte da Aliança Global para o Manejo Florestal, fórum que envolve organizações comunitárias de todas as regiões tropicais do mundo. A entrada do Brasil no grupo também faria com que uma aliança entre organizações brasileiras para o manejo florestal comunitário fosse criada.

Nos cinco dias do evento, várias trocas de experiência entre as diversas delegações aconteceram. Foi apresentada a experiência de Gana, onde empresas têm investido em comunidades oferecendo bolsas de estudos para que estudantes se formem em engenharia florestal e constituam uma mão de obra qualificada para o setor, retornando dessa maneira os investimentos realizados.

Delegações de diversos países demandaram a intensificação de intercâmbios técnico-científicos, de modo a estimular que estudantes, profissionais e acadêmicos envolvidos com o tema do manejo florestal possam vivenciar experiências e compartilhar conhecimentos em outras partes do mundo.

Segundo Ana Euler, técnica do WWF-Brasil, o pagamento por serviços ambientais prestados por florestas comunitárias foi um dos mais importantes temas em discussão no evento. “É preciso remunerar as comunidades não somente como fornecedores de produtos, mas também pelos serviços ambientais que suas florestas entregam para o mundo e que hoje são fundamentais para equilíbrio das mudanças climáticas”, destacou, lembrando que 62% das florestas públicas no Brasil são comunitárias.

Para a técnica Elektra Rocha, do WWF-Brasil, a conferência teve um papel importante no sentido de abrir espaço para a discussão entre governo, ONGs e sociedade civil organizada de graves problemas que impedem o desenvolvimento do manejo florestal comunitário no Brasil.

Segundo Elektra, fatores como exploração não-sustentável de recursos, falta de capacidade técnica e financeira, baixos investimentos em infra-estrutura e o atraso na consolidação de unidades de conservação de uso sustentável como as reservas extrativistas são atualmente sérios gargalos no manejo florestal brasileiro. “Esses obstáculos precisam ser vencidos. Está provado que, quando o manejo é legalizado, as florestas são conservadas”, avaliou.

Também durante o evento, o Grupo de Trabalho de Manejo Florestal Comunitário (GT-MFC), composto por representantes de povos indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos, entregou uma carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com uma série de reivindicações do setor.

Como resultado das reivindicações encaminhadas e das discussões durante a conferência, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) anunciou que o desenvolvimento de uma política nacional para o manejo florestal comunitário passa a ser uma das prioridades da pasta.

O MMA também se prontificou a liderar o processo de mobilização em torno do manejo florestal comunitário entre os países produtores para solicitar à ITTO a criação de um fundo para o apoio a empreendimentos e empresas florestais comunitárias.

Intercâmbio Brasil-Camarões

Durante a conferência, o especialista em florestas do WWF-Camarões, François Hiol Hiol, acompanhado do técnico agrícola e líder comunitário Zacharie Mgbamine, visitou o escritório do WWF-Brasil em Rio Branco.

Os camaroneses foram recebidos pelos técnicos Alberto Tavares, Ana Euler, Elektra Rocha e Juan Negret, e pelo coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do WWF-Brasil, Mauro Armelin. O grupo discutiu temas ligados ao manejo florestal nos dois países. Para Armelin, o encontro foi proveitoso. “Essa troca de experiências é de grande importância”, opinou.

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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