08/08/2007 - Rubens Jr.
- A Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento
Rural Sustentável, do Ministério
do Meio Ambiente, e o governo do Mato Grosso
do Sul fazem nesta quinta-feira e sexta-feira
(9 e 10), em Campo Grande (MS), a primeira
reunião para elaboração
do Zoneamento Ecológico
Econômico (ZEE) do estado. O trabalho,
que durará dois anos, fornecerá
em seis meses o primeiro produto do ZEE, indicando
quais os pontos geográficos mais adequados
- dos pontos de vista econômico, ambiental
e social - para instalação de
50 novos empreendimentos sucroalcooleiros
no estado.
"Nós discutimos
esse tema recentemente com o governador André
Puccinelli, com quem o MMA possui um acordo
de cooperação técnica
que envolve, hoje, 80 técnicos",
esclarece o diretor de Zoneamento Territorial
do MMA, Roberto Vizentin.
Na reunião e durante
todo o trabalho de zoneamento, o MMA contará
com a parceria de todos os ministérios
e órgãos públicos que
fazem parte do Consórcio ZEE, entre
eles o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
"Cada representante das instituições
do Consórcio sairá da reunião
com compromissos firmados", diz o diretor.
No encontro, adianta ele, será assinado
termo de referência e plano de trabalho.
O Zoneamento Ecológico-Econômico
identifica o perfil econômico, ambiental
e social de um estado ou de uma região,
apontando modelos mais adequados de implantação
de atividades econômicas. O Consórcio
ZEE-Brasil é composto pelos seguintes
órgãos públicos: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado
ao Ministério da Ciência e Tecnologia;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas (Ipea), vinculados ao Ministério
do Planejamento; Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e Agência Nacional de Águas
(ANA), vinculados ao Ministério do
Meio Ambiente; Serviço Geológico
do Brasil, vinculado ao Ministério
de Minas e Energia; Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento; Ministério da Integração
Nacional e sua vinculada, Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e Parnaíba
(Codevasf); Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia
(Censipam), vinculado à Casa Civil
da Presidência da República;
Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), vinculado
ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
+ Mais
Paraná incorpora
cartografia social ao Zoneamento Ecológico-Econômico
08/08/2007 - Rubens Jr.
- O Ministério do Meio Ambiente quer
popularizar a Cartografia Social. A Cartografia,
que será explicada nesta quinta-feira
(9), em Curitiba, a gestores públicos
do Paraná, faz parte de outra metodologia,
o Zoneamento Ecológico-Econômico
(ZEE). Com o ZEE, o MMA e outros ministérios
e órgãos do governo identificam
o perfil econômico, ambiental e social
de um estado ou de uma região, apontando
modelos mais adequados de implantação
de atividades econômicas. Já
com a Cartografia Social, a exemplo do ocorrido
nos estados da Amazônia, onde a metodologia
foi aplicada, Paraná e outros estados
poderão igualmente retirar da "invisibilidade"
comunidades tradicionais, dando-lhe voz e
vez em relação aos seus destinos
no cenário geográfico, político,
econômico e social.
"Com o reconhecimento
oficial da existência daquelas populações,
nós as investimos do papel de atores
políticos, estimulando seu protagonismo
na reivindicação por territórios
historicamente ocupados por elas e na definição
das atividades econômicas, culturais
e sociais que deverão ser desenvolvidas
nos territórios analisados no zoneamento",
explica o diretor de Zoneamento Territorial
do MMA, Roberto Ricardo Vizentin.
Segundo Vizentin, a metodologia
de Cartografia Social utilizada nos nove estados
da Amazônia servirá de base do
curso de capacitação dos gestores
paranaenses, que deverão adaptá-la
às peculiaridades do Paraná.
"A cartografia foi incorporada ao Zoneamento
Ecológico-Econômico porque fornece
subsídios importantes para fundamentar
as conclusões finais do processo. Felizmente,
o Paraná, assim como outros governos
estaduais, teve sensibilidade para perceber
o valor da cartografia e seu efeito enriquecedor
do zoneamento", diz Vizentin.
Além do Paraná
e dos nove estados da Amazônia, outros
estados já estão definidos para
futuros cursos sobre Cartografia Social. Até
o momento, estão previstos encontros
similares ao do Paraná no Rio de Janeiro,
no Espírito Santo, em Goiás
e no Mato Grosso do Sul.