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DESMATAMENTO ENTRE 2006 E 2007 DEVE CAIR 30%, SEGUNDO ESTIMATIVA DO GOVERNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

10 de Agosto de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A estimativa de queda do desmatamento da floresta amazônica entre o período de agosto de 2006 e agosto de 2007 é de 30%, segundo dados apresentados hoje (10) pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, a partir do Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O sistema analisa imagens da Amazônia quase em tempo real, o que permite fazer projeções de desmatamento.

O dado apontado pelo Deter é que a área desmatada ficou em 4.820 quilômetros quadrados entre 2006-2007, contra os 10.010 registrados entre 2005-2006. Como o sistema tem uma resolução reduzida, não computa desmatamentos menores a 50 hectares - por isso, não é possível fazer uma comparação direta com o sistema de imagens do Programa de Cálculo de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), origem dos dados oficiais.

Contudo, o grupo interministerial apresentou uma estimativa com base na comparação entre os dois sistemas no ano anterior. A estimativa é que haja uma redução de 30% e o número do desmatamento do Prodes, a ser conslidado no próximo ano, possa ficar em 9.600 quilômetros quadrados. A margem de erro é de 10% para mais ou para menos. Segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, o dado significa uma "estimativa conservadora".

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Desmatamento em áreas da União na Amazônia cai mais que a média da região

10 de Agosto de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr -
Brasília - Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante apresentação sobre a evolução do trabalho de contenção ao desmatamento no Brasil.

Brasília - O desmatamento nas áreas sob responsabilidade do governo federal na floresta amazônica apresentou redução superior à média registrada em toda a extensão da Amazônia Legal. Enquanto a derrubada de árvores caiu 25,3% entre agosto de 2005 e julho de 2006 em todo o território amazônico, a queda foi duas vezes maior nas áreas sob domínio da União. Os números foram divulgados pelo grupo interministerial, com 13 ministérios, responsável pelo Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia.

Nas unidades de conservação federais, foram desmatados 306 quilômetros quadrados, o que representa diminuição de 56% em relação ao levantamento anterior. Nas áreas de proteção integral, que incluem os parques nacionais, o desmatamento diminuiu 60%. Nas unidades de uso sustentável, a queda foi de 53%. Já as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) registraram redução de 63% no ritmo das derrubadas.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ressaltou que a o total de desmatamentos nas unidades de conservação representa uma proporção ínfima em relação à área preservada. “Dos 601 mil quilômetros quadrados de unidades de conservação federal na Amazônia, só 1,16% foram destruídos”, disse Capobianco durante a apresentação dos números.

Em terras indígenas, a queda também se deu acima da média da região. Em 2006, foram destruídos 190 quilômetros quadrados de floresta nesses territórios, número 56% menor que os 441 quilômetros quadrados registrados no ano anterior. “É importante ressaltar que atualmente somente 0,02% da área das terras indígenas foram desmatadas”, destacou Capobianco.

Os assentamentos rurais coordenados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Amazônia tiveram redução expressiva no desmatamento. De 4.406 quilômetros quadrados registrados em 2005, o total desmatado caiu para 2.054 quilômetros quadrados em 2006, o que representa redução de 54%.

Já nas áreas administradas pelos estados, o desempenho foi um pouco diferente. As unidades de conservação de proteção integral apresentaram redução de quase dois terços no ritmo de desmatamento. Nas unidades de uso sustentável, a queda foi de 31%. Nas APAs, porém, que registraram alta de 24% no ritmo de desmatamento, que subiu de 122 quilômetros quadrados em 2005 para 152 quilômetros quadrados em 2006. “A partir de agora, passaremos a dedicar atenção especial às APAs estaduais nas atividades de vigilância e fiscalização”, destacou Capobianco.

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Desmatamento na Amazônia caiu 25%, anuncia governo

10 de Agosto de 2007 - Pedro Biondi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25,3%, totalizando 14.039 quilômetros quadrados. O dado, correspondente ao período de agosto de 2005 a julho de 2006, foi anunciado por um grupo interministerial.

A área representa cerca de metade do estado de Alagoas e supera a estimativa divulgada em outubro pelo governo, que era de 13.100 quilômetros quadrados. No ano anterior, o desmatamento havia sido de 18.790 quilômetros quadrados.

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Gilberto Câmara, observou que foi a segunda redução consecutiva. “Isso mostra que antes havia uma tendência de crescimento e que agora está caindo significativamente”, comentou.

Câmara anunciou para setembro o lançamento de um novo satélite brasileiro de monitoramento e informou que está em implantação o terceiro sistema de acompanhamento na região, o Detecção de exploração Seletiva (Detex), que mapeará também a extração de madeira. “A Science [uma das principais publicações científicas] diz que o modelo brasileiro é a inveja do mundo”, disse.

Segundo o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco (também presidente interino do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), três estados concentraram 80% (quatro quintos) do desmatamento: Pará, Mato Grosso e Roraima. Desses, apenas no último houve crescimento, informou. O outro estado, dos nove da Amazônia Legal, onde a área derrubada cresceu foi o Amazonas.

De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil libera na atmosfera cerca de 1 bilhão de toneladas por ano de gás carbônico – um dos principais gases que agravam o aquecimento global. Isso faz dele o quarto maior emissor do mundo, e, segundo o ministério, três quartos desse total se devem à derrubada de árvores.

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Professor faz protesto no gramado do Congresso contra desmatamento da Amazônia

7 de Agosto de 2007 - Juliana Andrade - Repórter da Agência Brasil - Antônio Cruz/Abr - Brasília - Árvores de papel são fincadas em frente ao Congresso Nacional, durante protesto contra a devastação na Amazônia

Brasília - O gramado em frente ao Congresso Nacional amanheceu com árvores de papel fincadas, em protesto contra o desmatamento da Amazônia. A manifestação é organizada pelo professor de Física Flávio Daniel Meireles de Oliveira, 33 anos. Ele também iniciou uma greve de fome, “até que o governo federal declare em rede nacional de televisão os números oficiais do desmatamento e das queimadas na Floresta Amazônica nos últimos dez anos”.

Além das árvores, faixas estendidas no gramado informavam que “Se a árvore votasse muitos não se elegeriam”, ou “Não deixem enterrar a Amazônia”, ou “Homenagem à irmã Dorothy” [missionária norte-americana assassinada em 2005 no Pará, por combater atividades agressivas ao meio ambiente].

Oliveira, que coordena a manifestação, destacou que não tem vínculo político religioso, corporativo ou publicitário com nenhuma instituição. Ele disse que ministrou palestras sobre aquecimento global para mais de 26 mil estudantes de escolas pública, mas que concluiu que não seria dessa forma que conseguiria conscientizar as pessoas. Daí porque iniciou a greve de fome.

Ele montou uma barraca no gramado e disse que vai passar os dias e as noites ali, apenas bebendo água. Além disso ele levou um caixão para simbolizar o enterro da Amazônia, que está previsto para 18h30 de hoje, com a participação dos adolescentes que ouviram suas palestras sobre o aquecimento global.

Oliveira também pede fiscalização rigorosa do cumprimento das medidas de proteção ambiental, penalização dos infratores e realização de campanhas educativas nas escolas públicas e particulares sobre ecologia e proteção ambiental, entre outros temaas.

Durante o protesto, ele pretende recolher mais assinaturas para um abaixo-assinado a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Oliveira, o documento já conta com 2 mil assinaturas

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Senado aprova medida provisória que divide Ibama e cria Instituto Chico Mendes

7 de Agosto de 2007 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Depois de quase duas horas de debate, o plenário do Senado aprovou hoje (7) a medida provisória que divide o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Ela foi enviada pelo governo ao Congresso em maio e é questionada por grande parte dos servidores do Ibama, que entraram em greve contra a mudança.

Em 18 de julho, os servidores em greve suspenderam a paralisação, que já ultrapassava dois meses, e anunciaram a intenção de convencer os senadores a não votar a alteração. A Medida Provisória (MP) 366, de 2007, foi aprovada hoje em votação simbólica (sem contagem de votos).

A oposição se manifestou contrariamente à aprovação da MP, com o argumento de que enfraquece a gestão ambiental e cria cargos. O senador Tião Viana (PT-AC) criticou a posição, dizendo que a discussão foi política e não de conteúdo.

Segundo ele, o que está sendo feito é um ajuste em face da realidade do Ibama : “O instituto vive a necessidade de readequação, e sua atividade administrativa era insuficiente para garantir a proteção do meio ambiente.”

Já o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, disse ter ouvido as preocupações dos funcionários do Ibama. “Eles não vieram com aquela intenção de discutir 'Farinha pouca, meu pirão primeiro' [isto é, em nome de interesses pessoais]”, comentou. “Me convenceram de que a medida provisória provoca fragmentação, uma vez que o governo retira das competências do órgão a gestão e o controle das áreas protegidas.”

Apesar de pertencer ao PMDB, partido da base aliada, o senador José Sarney (AP) foi contra a MP. “Não seria eu, hoje, que votaria a favor da divisão do Ibama. Quando fui o presidente da República, fui o responsável pela criação do instituto, que reuniu todos os órgãos do setor”, justificou. Segundo ele, a autarquia é referência internacional na área.

Servidores públicos lotaram as galerias do plenário. Como no espaço não é permitido vaiar, aplaudir ou portar faixas, eles acenavam quando algum parlamentar discursava contra a MP.

Os senadores discutem agora a medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 415 milhões para os Ministérios dos Transportes e da Defesa. Ela é a segunda das quatro que trancavam a pauta, impedindo a votação de outras matérias.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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