5 de Agosto de 2007 - Gláucia
Gomes - Repórter da Agência Brasil
- Elza Fiúza/ABr - Brasília
- Ao fazer compras, Karim Schneider, doceira,
usa sacola de tecido em substituição
às de plástico.
Brasília - O Paraná é
um dos estados onde o governo busca alternativas
para as sacolas plásticas distribuídas
nos supermercados e quer diminuir
em 30% todo resíduo que vai para os
aterros sanitários. Hoje, são
produzidas no estado 20 mil toneladas de resíduos
e cerca 160 milhões de sacolas plásticas
por mês, segundo a Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Para reduzir esse lixo,
o governo estadual adotou medidas como a distribuição
gratuita de sacolas oxi-biodegradáveis
(que se decompõem em contato com o
ar, o calor e a umidade, num prazo de 18 meses)
e o diálogo com os donos das redes
de supermercados para a conscientização
e uso das sacolas (duas redes já aderiram
às oxi-biodegradáveis). E dá
apoio às discussões na Assembléia
Legislativa, onde tramitam três projetos
de lei sobre o assunto.
O secretário de Meio
Ambiente, Rasca Rodrigues, lembrou que a lei
determina às empresas retirarem e reciclarem
as embalagens plásticas, mas isso não
ocorre. "Como as indústrias não
fazem esse trabalho, é preciso criar
mecanismos para degradar o produto. O ideal
seria que as pessoas não utilizassem
esse tipo de embalagem, mas ainda estamos
distantes disso", afirmou, depois de
informar que dispõe de laudos de laboratórios
internacionais atestando que a biodegradação
não causa danos ao meio ambiente.
Já na Assembleia
Legislativa de São Paulo também
foi aprovado projeto de lei que obrigaria
os estabelecimentos comerciais a trocarem
sacolas de plástico comum por material
biodegradável. Mas o governo estadual
vetou o projeto, apesar do argumento de que
o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas
do chamado plástico filme, a matéria-prima
dos saquinhos plásticos. O projeto
informa que esse total representa cerca de
10% do lixo do país e pode levar até
um século para desaparecer.
O Rio de Janeiro também
busca alternativas e enviará a Assembléia
Legislativa, ainda neste mês, projeto
de lei que proíbe a distribuição
e torna obrigatória a substituição
das sacolas por plástico fabricado
com material biodegradável.