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PRESIDENTE DO IAP DIZ QUE HÁ 71 EXIGÊNCIAS PARA
APROVAR LICENCIAMENTO DA USINA DE MAUÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2007

09/08/2007 - Durante audiência pública promovida na Assembléia Legislativa do Paraná, nesta quarta-feira (08), para discutir a instalação da usina hidrelétrica de Mauá, o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, disse que o IAP “não é contra, nem a favor” da instalação do empreendimento. “O órgão ambiental é responsável apenas pela execução das políticas ambientais”, disse Burko.

Situada no rio Tibagi, entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba, a usina já possui licenciamento ambiental prévio emitido pelo órgão ambiental. Para que o empreendimento entre em atividade ainda serão realizadas outras duas etapas do processo de licenciamento ambiental: uma permitindo a instalação da usina (licença de instalação) e outra o início das atividades (licença de operação).
Burko também ressaltou a idoneidade dos procedimentos realizados pelo Instituto. “O licenciamento concedido pelo IAP é uma ferramenta da política ambiental, segue rigorosamente as normativas legais e não iremos mudá-lo. A não ser que se mude a legislação”, afirmou.

Para dar continuidade ao processo, o IAP fez 70 exigências ao empreendedor da obra (Consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e Eletrosul) – entre elas, a redução em sete metros da altura da coluna de água que irá sobrepor o terreno. “Esta é a primeira vez na história do país que são estabelecidas tantas condicionantes. Estamos praticamente recomeçando o processo de licenciamento”, avaliou. “E caso estas condicionantes não sejam cumpridas, o processo pára”, afirmou.

Outra exigência feita ao empreendedor foi um levantamento de todas as propriedades afetadas pela usina – que foi entregue no último dia 28 e está em análise no Instituto. Com relação às áreas indígenas que seriam alagadas para a construção da usina, Burko garantiu que estão fora do perímetro solicitado. “Estão a dez quilômetros de distância”, informou.

Sobre as minas de carvão que foram utilizadas pela Klabin e atualmente estão abandonadas, Burko comentou que vistoriou pessoalmente a área e determinou que a recuperação deste passivo ambiental fosse inserida ao licenciamento como a 71ª exigência aos empreendedores. “Existe um problema químico com os rejeitos de carvão que deve ser resolvido. Já comunicamos a Klabin sobre a necessidade de resolver esta questão, incluindo um estudo de impacto ambiental especifico para o local que indicará a melhor forma de sanear a área”, disse o presidente do IAP.

A presença destas minas na área a ser utilizada pela usina não foi citada no Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) apresentado na pela empresa CNEC Engenharia – que, no início do processo de licenciamento ambiental, estava definida como empreendedora da obra. A existência das minas foi denunciada ao órgão ambiental apenas no final de julho.

Com o leilão da energia gerada futuramente pela usina, promovido em outubro do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o atual empreendedor - Consórcio Cruzeiro do Sul - assumiu o processo de licenciamento.

Segundo o Departamento de Licenciamento Estratégico do IAP, o licenciamento prévio era válido até a última terça-feira (07). “Mas antes do prazo ser encerrado, em junho deste ano, o consórcio entrou com pedido de licenciamento de instalação junto ao órgão ambiental”, explicou a chefe do departamento, Noeme de Oliveira. “E, como disse o presidente do IAP durante a audiência pública, a licença de instalação não será concedida caso o empreendedor não tenha cumprido as condicionantes”, completou Noeme.

Para o presidente do IAP, o que mais tem dificultado a solução de conflitos como este é a falta de políticas ambientais claras. “E isso não é fruto de um governo ou outro, é fruto da reivindicação da sociedade. A Assembléia Legislativa é o palco para essa discussão”, disse Burko. Neste contexto, segundo ele, os órgãos ambientais se encontram ‘no meio do tiroteio’. “O IAP não pode ficar a mercê destes conflitos sem posições claras e objetivas”, concluiu.

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"Produzindo Florestas com Mãos Especiais" recebe prêmio nacional de meio ambiente

10/08/2007 - O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, recebeu nesta quinta-feira (09), em Brasília, o prêmio de melhor projeto nacional, na categoria meio ambiente, pelo programa “Produzindo Florestas com Mãos Especiais” - parceria entre o Programa Mata Ciliar, Cooperativa Cocamar e Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae). O projeto prevê a produção de mudas como forma de inserção social.

A premiação é oferecida anualmente pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e revista Globo Rural, para cooperativas que desenvolvam projetos modelo e de vanguarda em 13 áreas distintas de ação, sendo que em seis delas o Paraná foi premiado.

“Este projeto é um exemplo de parceria, humanidade e preservação ambiental, do qual temos muito orgulho porque reforça o sucesso do Programa Mata Ciliar também. O reconhecimento a esta iniciativa da Cocamar deve estimular outras empresas públicas e privadas, pois permite o desenvolvimento de atividades produtivas remuneradas por pessoas muitas vezes excluídas do mercado de trabalho”, declarou o secretário.

Parceria - A parceria no projeto teve inicio em 2005, quando o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Cocamar Ambiental recuperaram uma estrutura de viveiro já existente na Apae, e forneceram todos os insumos necessários para a produção de mudas. Com o projeto, a Cocamar busca, além de atender a demanda ambiental e social, se enquadrar à lei federal que determina que empresas com mais de mil colaboradores tenham pelo menos 5% de postos de trabalho ocupados por pessoas portadoras de deficiência.

Em contrapartida, o IAP forneceu assistência técnica, capacitação e tecnologia de plantio, já utilizadas em viveiros do Estado, além de oferecer sementes e substratos necessários para o plantio. A Apae estipulou um grupo de 26 alunos e um instrutor responsável para o cultivo e manejo das mudas e sementes.

Segundo o engenheiro agrônomo da Cocamar e coordenador do projeto, Osvaldo Danhoni, a idéia era produzir mudas nativas seguindo o modelo do Programa Mata Ciliar, do governo do Estado. Em 2006, primeiro ano de execução do projeto, os 26 alunos especiais produziram, aproximadamente, 80 mil mudas. Para este ano, a expectativa é atingir 100 mil mudas, a serem distribuídas para os 6,8 mil associados da cooperativa.

“Os alunos da Apae são funcionários da Cocamar, com registro profissional, fundo de garantia e todos os direitos trabalhistas que os demais funcionários têm. Estamos surpresos com o envolvimento dos alunos e com a qualidade das mudas encaminhadas aos cooperados”, destacou Danhoni.

Já a coordenadora de desenvolvimento humano e social do Projeto, Adriana Pierini, disse que o contato com as plantas e a valorização do trabalho individual mostrou habilidades interessantes dos alunos. “Na semana passada, nós recebemos uma visita de cooperados da região Norte e Noroeste do Paraná, e ao explicar aos visitantes como funcionava o processo de produção, os alunos ressaltaram a importância do cuidado e delicadeza necessários com as mudas”, contou Adriana.

“Além disso, é interessante ver como um cuida do outro no dia-a-dia. Eles falam dos planos pessoais, o que pretendem comprar com o salário, o que querem fazer para ajudar a família e como conseguem utilizar a linha convencional de ônibus, uma coisa que não faziam até então”, explica Adriana.

Além do “Produzindo Florestas com Mãos Especiais”, existe um viveiro de mudas, em parceria com o IAP, na Penitenciária Estadual de Maringá, onde 23 internos produzem mudas nativas e a cada três dias trabalhado reduzem um dia da pena.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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