Porto Velho (16/08/07) -
O Ibama realizou entre os dias 6 e 10 de agosto
uma operação de fiscalização
e reconhecimento no Parque Nacional dos Campos
Amazônicos. Participaram da operação
fiscais do Ibama, o superintendente do Ibama/RO,
analistas ambientais do Parque
e da Reserva Biológica do Jaru e a
Polícia Federal.
Além de realizar
o reconhecimento de parte da Unidade e fazer
reuniões com as comunidades vizinhas,
durante as atividades de fiscalização
foram registrados desmatamentos ilegais no
interior do Parque. Em um deles, com cerca
de 300 hectares, foram encontrados 12 trabalhadores
em condição análoga a
de escravos. Os trabalhadores receberiam um
valor irrisório (R$ 20,00 por hectare
desmatado) e ainda deveriam pagar a dívida
da compra das motosserras e da alimentação.
Foram apreendidos no local
nove motosserras, material para topografia,
além de facões, foices, e dezenas
de correntes e lâminas para reposição
dos equipamentos. Também foi encontrado
junto aos documentos averiguados, uma cópia
de denúncia de trabalho escravo, feita
pelo Ministério Publico Federal, contra
o responsável pelo desmatamento dentro
do Parque. O mesmo será autuado em
cerca de R$ 550 mil, e denunciado novamente
por manter pessoas em condição
de trabalho escravo.
Além disso, três
caminhões foram apreendidos por transporte
ilegal de madeira (52,53 m3 em toras), e uma
madeireira foi embargada por não comprovar
a origem da madeira, provavelmente proveniente
do interior do Parque Nacional. Também
foi suspenso um Plano de Manejo Florestal
Sustentável por estar em desacordo
com a licença emitida e parcialmente
no interior da Unidade.
O Parque Nacional dos Campos
Amazônicos foi criado em 21 de junho
de 2006, com área de cerca de 873.570
hectares abrangendo os Estados de Rondônia,
Amazonas e Mato Grosso. O Parque também
faz parte do Programa Áreas Protegidas
da Amazônia (ARPA).
Parque Nacional dos Campos Amazônicos
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Incêndio criminoso
atinge parque Nacional dos Aparados da Serra
Porto Alegre (15/08/2007)
- Um incêndio criminoso, ocorrido na
semana passada consumiu cerca de 300 hectares
de campo nativo no Parque Nacional dos Aparados
da Serra e matou animais de pequeno porte.
Segundo o administrador do Parque, analista
ambiental Deonir Zimmermann, o incêndio
iniciou na madrugada de quinta (9) para sexta-feira
(10) entre duas e quatro da manhã,
no fim do turno de vigilância nas torres.
Ele percebeu o incêndio
às 5h30min de sexta (10), quando uma
grande área já havia queimado.
Foram chamados os brigadistas do Prevfogo
e voluntários, reunindo cerca de 40
pessoas que iniciaram o combate nos focos
mais próximos ao Banhado Grande para
evitar maiores danos ao Parque. O último
foco foi contido às 15h30 min de sexta-feira
depois do esforço incansável
de todos.
Segundo o analista ambiental,quando
eles entraram com os carros nas estradas internas
do parque, perceberam que os responsáveis
pelo incêndio haviam jogado miguelitos
para furar os pneus das caminhonetes, colocando
em risco à vida dos brigadistas e funcionários,
além de deixar o patrimônio público
sujeito ao incêndio.
Ele lembra que no final
da sexta-feira uma chuva leve acalmou todo
mundo, pois desde 23 de julho não chovia.
Além disso, o inverno com muitas geadas
fez com que a vegetação secasse
mais que em anos anteriores. Apesar da extensão
de área queimada Deonir afirma que
o campo nativo já está em estado
de regeneração avançado,
principalmente na beira dos capões
das matas de araucária.
Maria Helena Firmbach Annes