São Luís (14/08/07)
- O Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses foi eleito a mais bela maravilha
natural do Brasil. Com a eleição,
o parque disputará o título
das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, concurso
que está sendo promovido pelo mesmo
grupo suíço
que organizou a eleição das
Sete Novas Maravilhas do Mundo. A votação
é feita pela internet no sítio
www.natural7wonders.com
A escolha da maravilha natural brasileira
foi feita numa enquete realizada pela Revista
Época, da Editora Globo. A votação
ocorreu entre os dias 28 de julho e 2 de agosto,
sendo que 4.040 internautas votaram entre
as sete opções indicadas. Os
Lençóis ficaram com a primeira
colocação, obtendo 30% dos votos.
Em segundo lugar ficou o arquipélago
de Fernando de Noronha, com 19%, e em terceiro
a Floresta Amazônica, com 17%.
Além desses três,
disputaram o título as Cataratas do
Iguaçu (14%), a Gruta do Lago Azul
em Bonito (9%), o Pantanal Matogrossense (6%)
e a Chapada Diamantina (5%). Agora os Lençóis
Maranhenses disputarão com outros 20
atrativos naturais selecionados em todo o
planeta a eleição das Sete Maravilhas
Naturais do Mundo. O concurso é promovido
pela Fundação New Seven Wonders,
da Suíça, que também
patrocinou a última eleição
na qual o Cristo Redentor foi incluído
entre as Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
A nova votação para selecionar
os sete monumentos naturais do planeta se
estenderá até o dia 8 de julho
de 2008.
Celebridades – Em uma das últimas edições
da Revista “Próxima Viagem”, o Parque
dos Lençóis Maranhenses foi
eleito como um dos melhores lugares para se
visitar em todo o país. A eleição
do Parna aconteceu em cima de opiniões
de mais de 100 celebridades nacionais, entre
elas a modelo Gisele Bündchen e o jogador
de futebol Ronaldo, o Fenômeno.
Histórico – O Parque
dos Lençóis Maranhenses foi
criado em 2 de junho de 1981 e atrai turistas
do mundo inteiro. Com seus 155 mil hectares,
o local ocupa uma área de 270 quilômetros
de dunas, formadas a partir da combinação
dos ventos, que chegam a atingir 70 km por
hora. No clima quente da região, com
temperaturas que variam entre 38ºC (máxima)
e 16ºC (mínima), as dunas atingem
até 40 metros de altura, proporcionando
aos turistas a impressão de um imenso
lençol.
Na qualidade de unidade
de conservação federal de proteção
integral, o Parque é administrado pelo
Ibama e sua visitação pública
é regulamentada pelo Plano de Manejo
através do zoneamento e das regras
de uso da área. Preocupado com um possível
aumento do fluxo de visitantes, com a indicação
promovida pela Revista Época e pela
fundação suíça
das Sete Maravilhas, o Núcleo de Unidades
de Conservação do Ibama/MA reforça
a divulgação das normas que
zelam pela preservação da beleza
e do equilíbrio ecológico deste
patrimônio natural do Maranhão
para as gerações futuras.
Não é permitido
o trânsito de qualquer tipo de veículo
motorizado nas dunas, os condutores são
orientados a parar nos limites indicados,
enquanto os turistas seguem caminhando. A
lotação máxima por veículo
é de 10 turistas, além do motorista
e do guia. É proibido o consumo de
bebidas alcoólicas dentro do Parque,
assim como não é permitido fazer
fogueira ou churrasco, nem utilizar equipamentos
de som ambiente.
Todo o lixo produzido deve
ser recolhido nos carros. Filmagens e fotografias
são permitidas apenas para uso pessoal,
para fins de divulgação. Para
filmagens e fotos comerciais é necessária
prévia autorização do
órgão ambiental, assim como
a realização de pesquisas científicas
ou projetos que envolvam as comunidades dentro
dos limites do Parque. O descumprimento dessas
normas está sujeito às penalidades
previstas na legislação ambiental
(Leis 9.605/1998 e 9.985/2000).
Os Parques Nacionais são
áreas de grande beleza cênica
e importância ecológica, especialmente
protegidas por lei, e têm como objetivo
principal a conservação dos
ecossistemas naturais, embora neles sejam
permitidas atividades de pesquisa científica,
educação ambiental e ecoturismo.
A imagem mais difundida dos Lençóis
Maranhenses é representada pelo maior
campo de dunas costeiras das Américas,
onde se formam centenas de lagoas de água
doce no período chuvoso.
Além deste cenário,
o Parque apresenta áreas de restinga
onde se concentram sua maior biodiversidade,
manguezais e uma faixa marinho-costeira com
cerca de 70km de extensão de praia
e 1 km entrando pelo mar. No local existem
muitas espécies de plantas e animais
que só ocorrem nesta região,
por isso são chamadas de espécies
endêmicas, como a tartaruga-pininga.
Ali há uma grande diversidade de répteis
e anfíbios, além de aves, destacando-se
as migratórias e pássaros como
tetéu, garça, marrecas-de-asa-azul,
paturi, gaivota, etc.
A vegetação
é também influenciada pela ação
de ventos e das correntes marinhas. Por isso,
dentre as espécies vegetais ali encontradas
estão os mangues que ainda são
bem preservados, o carrapicho de roseta, buritizeiros,
juçarais, entre outras. (Com informações
do jornal O Estado do Maranhão e Revista
Época).
+ Mais
Rede Manguezal lança
folder destacando parceria com o Ibama no
Maranhão
São Luís (14/08/07)
- Com o objetivo de consolidar uma rede de
marisqueiros(as) no Maranhão, o projeto
Rede Manguezal buscou algumas parcerias para
a realização de suas estratégias
de implantação e distribuiu
um folder para divulgar as ações
do grupo. O Ibama faz parte dessa rede juntamente
com a Delegacia Regional do Maranhão
(DRT-MA) e a Secretaria de Aqüicultura
e Pesca (SEAP).
O Projeto Rede Manguezal nasceu a partir da
luta em favor dos direitos humanos no mundo
do trabalho, contra a precarização
e o trabalho escravo. A idéia de formar
uma rede de marisqueiros visa fortalecer esses
trabalhadores que vivem do extrativismo no
manguezal, e a construção desta
articulação deve propiciar a
geração de trabalho e renda
às populações litorâneas,
valorizando o ser humano e a conservação
do meio ambiente.
O público-alvo do projeto são
330 marisqueiros, homens e mulheres que vivem
das atividades de extrativismo ou beneficiamento
de produtos do mangue. Três regiões
litorâneas no Maranhão, incluindo
11 municípios, serão alcançadas
pela rede: Baía de Tubarão (Icatu,
Humberto de Campos e Primeira Cruz), Delta
das Américas (Tutóia, Araioses
e Água Doce do Maranhão) e Reentrâncias
Maranhenses (Cururupu, Bacuri, Serrano do
Maranhão, Porto Rico e Cedral). Este
projeto está dividido em quatro eixos:
construção de três unidades
de beneficiamento, economia solidária,
consciência ambiental e selo sócio-ambiental
de produtos.
O Maranhão possui a maior extensão
de manguezais do Brasil. Mais de meio milhão
de hectares desse ecossistema está
localizado no estado. As áreas de manguezal
são consideradas Áreas de Preservação
Permanente (APP), embora tenham sofrido vários
processos de degradação, necessitando
de ações urgentes de preservação
e restauração. Os manguezais
têm importância fundamental tanto
como fonte de alimento e renda para comunidades
que vivem no litoral quanto como proteção
da linha da costa. No entanto, diversos projetos
de desenvolvimento não sustentável
têm gerado impactos ambientais, sociais
e econômicos prejudiciais às
populações litorâneas.