Panorama
 
 
 

PROPRIETÁRIOS RURAIS PODEM REDUZIR SEUS IMPOSTOS
PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

João Pessoa (16/08/07) - O Ibama alerta aos proprietários rurais, que no dia 30 de setembro de 2007 se encerra o prazo para entrega do Ato Declaratório Ambiental - ADA, instrumento legal através do qual o proprietário rural pode obter uma redução significativa, ou até mesmo de até 100% no valor do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

Os proprietários rurais que tiverem dúvidas sobre a maneira mais adequada para declarar o ADA, podem se dirigir à unidade do Ibama mais próxima e obter os esclarecimentos necessários. O objetivo do ADA, além de reduzir o ITR, é estimular a preservação e a proteção das florestas, contribuindo para a conservação da natureza e melhor qualidade de vida.

De acordo com a Lei 9.393/96 e seus complementos, todo proprietário de terras que mantiver em sua propriedade, área de Reserva Legal ou de preservação permanente, Área Particular de Patrimônio Natural, área de manejo florestal ou de reflorestamento, tem direito ao benefício.

O Ato Declaratório Ambiental é feito através de um formulário padrão impresso, mais utilizado por pequenos proprietários ou por meio eletrônico, via Internet (ADAweb), para as pessoas jurídicas e pessoa física que possua imóvel rural com área igual ou superior a 500 hectares na região Norte e a partir de 100 hectares nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Gutemberg Pádua

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Iniciado VI Intercâmbio das Iniciativas Promissoras do ProVárzea/Ibama

Manaus (16/08/07) - As atividades do VI Intercâmbio das Iniciativas Promissoras do Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea – ProVárzea/Ibama começaram nessa terça-feira (14), em Mosqueiro, Belém-PA, com exposição dos resultados dos projetos comunitários apoiados nas seguintes linhas temáticas: manejo dos recursos pesqueiros, manejo dos recursos florestais, fortalecimento institucional e agropecuária. Paralelamente estão ocorrendo apresentações de programas e projetos de outras instituições governamentais, que apóiam o manejo dos recursos naturais, como a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas – ADS, a Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA e do Programa Pará Rural, previsto para ter início no mês de setembro. As atividades do Intercâmbio prosseguem até a sexta-feira, 17 de agosto.

Para a analista ambiental do Ibama/PA, Lisângela Cassiano, "este é um evento de importância ambiental e social". "Nesse último encontro, podemos concluir que as iniciativas que eram somente promissoras, já se tornaram políticas públicas, como o manejo do pirarucu, realizado no estado do Amazonas", complementa o superintendente do Ibama Amazonas, Henrique Pereira. Outra política pública influenciada pela atuação do ProVárzea/Ibama citada pelo superintendente é a proposta de regularização fundiária em áreas de várzea.

O ProVárzea/Ibama, um dos projetos do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais – PPG7, realizou estudos estratégicos e apóia iniciativas locais de desenvolvimento sustentável na várzea do Rio Solimões/Amazonas desde o ano de 2000 e tem previsão para finalização ainda este ano. Conforme destacou a especialista ambiental do Banco Mundial, Bernadete Lange, essa etapa foi bem executada e é preciso seguir em frente. Muitas das ações do Projeto devem ser internalizadas pelo Centro de Pesquisa e Gestão da Biodiversidade Aquática e dos Recursos Pesqueiros Continentais da Amazônia – Cepam, que está em fase de criação.

Manejo dos recursos pesqueiros
As atividades apoiadas pelo ProVárzea/Ibama, apesar de inseridas em uma linha temática predominante, acabam tendo uma abordagem transversal que atinge outras áreas. Assim, os projetos com foco em recursos pesqueiros, por exemplo, também realizam atividades de reflorestamento, de busca de alternativas de renda, etc.

Na região das ilhas em Gurupá/PA existem grandes desafios que as associações locais estão enfrentando e vencendo. A Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha de São Salvador – Ataiss, por exemplo, trabalha com a discussão de planos de uso que regem a utilização dos recursos naturais de forma sustentável. "Nossa área tem uma gestão integrada, que envolve manejo madeireiro, pesca dos bagres migradores, trabalho das mulheres com artesanato e comercialização de pau-mulato", cita José Ivanildo destacando que essas comunidades já possuem Acordo de Pesca, inclusive para
o camarão.

Na região de Manacapuru, o projeto executado pela Piscipesca/Ufam, por exemplo, está mostrando que é possível produzir com impacto reduzido ao ambiente. "Trabalhamos com alternativas agroecológicas, menor uso de agrotóxicos, redução de corte e queima de capoeira e produzimos alimentos frutíferos e derivados do pescado com valor agregado", afirma o coordenador de campo do projeto, Nailson Celso da Silva Nina, enfatizando que a idéia é fazer com que a escola seja um laboratório de práticas sustentáveis na várzea.

Já o Projeto Pé-de-Pincha, que viabiliza e capacita os comunitários para o manejo de quelônios em sete municípios da região de fronteira entre o Pará e Amazonas, tem na participação das comunidades o traço marcante. "Já apoiamos a capacitação de 101 Agentes Ambientais Voluntários – AAV, em 83 comunidades", conta o coordenador do Pé-de-Pincha, Paulo Andrade, que aponta um aumento de 37% das fêmeas de quelônios desovando na natureza.

A manhã foi encerrada com a mesa redonda "Desafios para a implementação do manejo dos recursos pesqueiros", que contou com a participação do coordenador geral de Incentivo à Geração de Novas Tecnologias da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – Seap, Alexandre Kirovsky, o diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Fonte Boa/AM, José Maria Damasceno, e do pesquisador Juarez Pezzuti do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – Naea/UFPA.

Experiências em Agropecuária
Nivelar o conhecimento dos atores em termos de educação ambiental de forma que eles tenham uma boa atuação é um dos objetivos do projeto executado pela Central das Associações Rurais do Município de Parintins – Cedarp, conforme destacou o assistente administrativo da Cedarp, Francisco Sales. Oficinas de sistemas agroflorestais, meliponicultura e educação ambiental são apenas alguns exemplos das capacitações realizadas.

Já o coordenador do projeto executado pela Cooperativa Agropecuária Mista de Careiro da Várzea – Coopvarzea, Sérgio Muniz, mostrou como a arborização das pastagens proporciona conforto térmico e eleva em 20% a produção de carne e leite. "Além de ser uma fonte de renda alternativa, as árvores ajudam a proteger as nascentes, os cursos d'água e promovem a ciclagem dos nutrientes das camadas mais profundas do solo para a superfície", descreve Sérgio destacando que a produção de queijos da cooperativa já está sendo vendida para a Secretaria Municipal de Educação da cidade de Manaus, para ser utilizada na merenda escolar.

A mesa redonda da tarde abordou o "Desenvolvendo a Agropecuária Sustentável – Programas e Projetos" com apresentações do gerente executivo da Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA, Ademir Carvalho, o coordenador de desenvolvimento local sustentável da Secretaria de Produção Rural – Sepror/Idam, Jandir Morais, o representante de projetos de investimentos produtivos do Programa Pará Rural, Rildo Medeiros e o representante da Agência de Desenvolvimento Sustentável – SDS/AM, Charles Hanry.

As atividades do dia foram encerradas com a entrega ao coordenador do ProVárzea/Ibama, Marcelo Raseira, e ao superintendente do Ibama Amazonas, Henrique Pereira, do Acordo Comunitário de Pesca do Rio Urubu e Canacari, que abrange 41 comunidades dos municípios de Silves, Itapiranga e Itacoatiara. O documento, que foi entregue pelo articulador local e representante do Programa de Turismo Comunitário da Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultural – Aspac, Vicente Neves, já foi encaminhado para análise do Ibama Brasília.
Jane Dantas
ProVárzea

 
 
 
 
 
 

 

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