Panorama
 
 
 

ESTADOS MOSTRAM COMO PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

22/08/2007 - Adriano Ceolin - Representantes de cinco governos estaduais participaram do seminário Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: Desafios Oportunidades, promovido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), em Cuiabá (MT), entre terça e quarta-feira (21 e 22). Em diferentes palestras, eles demonstraram como os estados podem impulsionar o desenvolvimento sustentável e proteger a biodiversidade.

Anfitrião do evento, o governo do Mato Grosso relacionou a queda do desmatamento com as estratégias de incentivo à recuperação de áreas degradadas. O secretário de Meio Ambiente mato-grossense, Luís Henrique Daldegan, explicou que os pecuaristas têm se conscientizado sobre os danos provocados pela produção extensiva de gado.

De acordo com o secretário, o governo do Mato Grosso estimulou a recuperação de áreas que foram desmatadas e usadas como pastagens nos últimos anos. "Muitos dos pecuaristas estão plantando milho e sorgo nessas áreas, e transferindo o gado para um regime de semiconfinamento", afirmou Daldegan.

O secretário explicou que essa medida tem impactado tanto na redução de áreas desmatadas quanto no aumento da produtividade dos pecuaristas. "Isso tem melhorado a rentabilidade, pois os grãos colhidos são utilizados para alimentar o próprio gado que ficava nas áreas de pastagens", explicou.

Em termos de legislação para impulsionar o desenvolvimento sustentável, mereceu destaque no seminário a iniciativa do governo do estado do Amazonas que conseguiu aprovar e sancionar a Lei Estadual de Mudanças Climáticas em junho deste ano.

Segundo o diretor de Negócios da Floresta da Agência de Desenvolvimento do Amazonas, João Tezza Neto, um dos objetivos dessa lei é fomentar e criar instrumentos de mercado que viabilizem a execução de projetos de redução de emissões do desmatamento, energia limpa e de emissões líquidas de gases de efeito estufa.

Representante de Roraima, Daniel Gianluppi, da Fundação Estadual do Meio Ambiente, defendeu a regularização dos produtores e a recuperação das áreas degradadas.

Já os representantes de Tocantins, Amapá e Pará falaram sobre a implementação do ICMS ecológico, como forma de envolver os governos municipais na gestão compartilhada da biodiversidade.
O primeiro estado a adotar o ICMS ecológio foi o Paraná, em 1991. Desde então, mais oito estados aderiram ao uso desse instrumento econômico.

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Capobianco debate em SP melhorias da governança ambiental no planeta

23/08/2007 - Rubens Júnior - O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, participou nesta quinta-feira (23), em São Paulo, do seminário Governança Ambiental, Rio+15 e Reforma da ONU. A reunião foi organizada pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, com apoio do Pnuma, do MMA e do Instituto Vitae Civilis. No encontro, que segue até esta sexta-feira, os participantes analisarão avanços e obstáculos na implementação das convenções ambientais multilaterais, assim como a governança ambiental internacional e o processo de reforma do Sistema Nações Unidas. As contribuições apresentadas no encontro serão levadas à Conferência Ministerial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Desafios para a Governança Internacional, prevista para os dias 3 e 4 de setembro, no Rio de Janeiro.

Desta conferência, que ocorrerá 15 anos após a Rio 92 (Conferência da ONU para o Meio Ambiente, no RJ), participarão ministros de Meio Ambiente e de Relações Exteriores de 22 países, além de representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e de outras instâncias das ONU. Durante o evento, os participantes discutirão formas de melhorar a gestão internacional das questões ambientais, que dizem respeito diretamente a todo o planeta, como aquecimento global, esgotamento das reservas de petróleo e de água potável, entre outras.

Os objetivos principais da conferência são reformular a estrutura gestora internacional, fortalecer os organismos atuais (como Pnuma e Comissão de Desenvolvimento Sustentável, ambos da ONU) e ampliar a abrangência diretiva da área ambiental, dando-lhe caráter de instância mundial, a exemplo da ONU, fórum onde as questões macro são resolvidas em bloco. Nessa direção, os participantes debaterão formas de azeitar a articulação das ações definidas em acordos multilaterais com a atuação das agências e programas que se dedicam, igualmente, a atividades na área ambiental - buscando melhores resultados para os acordos, como, por exemplo, aqueles ratificados em 1992, em relação à proteção da biodiversidade, às mudanças climáticas, à adoção da Agenda 21 e à desertificação. Os participantes tratarão também da adoção de um modelo sólido de financiamento - que seja estável, suficiente e previsível - para a proteção do meio ambiente combinada a estratégias de desenvolvimento sustentável.

A reformulação da chamada governança internacional é considerada essencial diante do agravamento dos problemas ambientais, que crescem em proporção maior do que as soluções formuladas para enfrentá-los. O sentido de urgência, que já era crescente, elevou-se depois da divulgação, no primeiro semestre deste ano, do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), com previsões sombrias para a vida na Terra a prosseguir o ritmo frenético do aquecimento global.

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Seminário sinaliza mudança em modelo de desenvolvimento

22/08/2007 - Adriano Ceolin - As palestras e debates do seminário Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: Desafios e Oportunidades têm resultado em propostas de mudança de paradigma sobre o desenvolvimento econômico com uso de recursos da biodiversidade. Realizado em Cuiabá (MT), o evento teve início terça-feira (21) e termina no fim da tarde desta quarta-feira (22).

Um dos palestrantes que participam do seminário, o professor do Instituto de Economia Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Eduardo Young, defendeu que é preciso encontrar formas alternativas às dotações orçamentárias existentes para garantir um fluxo estável de recursos para o meio ambiente.

De acordo com Young, uma delas seria a implementação dos sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSAs), que serviriam como uma fonte adicional de renda aos orçamentos. Funcionaria assim: o beneficiário do uso do bem natural teria de fazer uma contrapartida, em dinheiro ou em espécie, aos órgãos federais ou estaduais.

Alguns dos instrumentos econômicos citados pelo professor da UFRJ foram o ICMS ecológico; a cobrança pelo uso e descarte da água; isenção fiscal para RPPNs; e créditos por reduções certificadas de emissões de gases de efeito estufa. "Soluções técnicas existem. É preciso apenas com colocá-las em prática", disse.
Apesar das dificuldades, Young considerou que já estão ocorrendo mudanças. "As coisas têm avançado mais rápido do que eu esperava, porém ainda estamos longe do ideal", afirmou. "Esse seminário, por exemplo, significa um grande avanço. No passado, um evento desse tipo seria impensável", concluiu o professor da UFRJ.

Os bancos de fomento também têm formas de concessão de crédito para proteção da biodiversidade. Na terça-feira, o chefe do Departamento de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Eduardo de Mello, explicou como a instituição tem estimulado atividades que promovam o desenvolvimento sustentável.

Segundo ele, umas das diretrizes do banco é a criação de mecanismos de crédito que contribuam para a adequação dos empreendimentos à legislação ambiental. Como exemplo, Mello citou a participação do BNDES no Distrito Florestal Sustentável de Carajás (PA), por meio do financiamento do plantio de espécies florestais de rápido crescimento e de espécies florestais nativas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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