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GOVERNO DISCIPLINA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2007

21/08/2007 - Desde o início deste mês, a produção de carvão de origem vegetal (feito à base de lenha) no Paraná conta com normas e procedimentos estabelecidos por meio da resolução conjunta número 034 - elaborada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ibama. Com a resolução, a produção de carvão vegetal passou a ser mais uma das atividades licenciadas pelo IAP.

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a regulamentação da atividade é fundamental para evitar o uso de árvores nativas como matéria-prima nos fornos de carvão. “A normatização tem como objetivo conter, de forma definitiva, a derrubada de florestas nativas por produtores rurais que, por falta de outras alternativas econômicas, fizeram desta produção um meio de sua sobrevivência”, explicou o secretário.

Os fornos utilizados para queima de lenha são considerados empreendimentos potencialmente impactantes - por isso a necessidade de licenciamento ambiental. O material queimado para produzir carvão também será controlado pelo IAP, conforme determina a resolução conjunta.

No Paraná, a produção de carvão está concentrada na região Centro-Sul – onde também estão localizados os mais significativos remanescentes florestais. De acordo com o Sistema Estadual de Reposição Florestal Obrigatória (Serflor), na produção ou consumo de carvão vegetal ou derivados atualmente existem no Paraná 1137 produtores e 39 fábricas, além de 349 consumidores registrados. “Em paralelo ao processo de regulamentação da atividade, iremos orientar produtores quanto às espécies mais indicadas para a produção de carvão”, afirmou o secretário.

Pinus e eucalipto são as espécies exóticas recomendadas para a fabricação do produto. A única espécie nativa liberada para servir de matéria-prima para a atividade foi a bracatinga, desde que sua produção seja manejada de forma ambientalmente correta e que seu corte tenha autorização do órgão ambiental. “Para quem for produzir carvão a partir de plantios florestais de eucalipto, pinus ou outra espécie exótica não precisa de autorização para o corte destas espécies”, acrescentou o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.

Para regularização de todos os fornos existentes no Estado, os proprietários ou empresas terão até o início de novembro deste ano para protocolar pedidos de regularização de seus empreendimentos junto ao órgão ambiental.

FIM DA CLANDESTINIDADE - Além de conter a exploração de florestas nativas, a regulamentação da atividade irá tirar os produtores do mercado informal. “A clandestinidade da produção do carvão sempre gerou um processo de exploração econômica desleal, em que o intermediário era o grande beneficiado”, disse Burko. “Eles compravam o material por baixos preços, alegando que os produtores estavam ilegais, que faltava licenciamento do forno ou autorização para o corte da vegetação”, complementou.

“Com a regularização da atividade, os produtores que seguirem as normas terão a chance de ver o seu negócio legalizado, obtendo lucros sem ter que derrubar nossas florestas nativas”, destacou o presidente do IAP.

NORMAS – Para concessão do licenciamento ambiental serão considerados critérios como a localização dos fornos, que deverá obedecer a uma distância mínima de 500 metros de áreas urbanas e estradas de grande movimentação. Na área rural, não poderão estar localizados em altitude superior às casas residenciais e distancia mínima de 100 metros.

Todo transporte de lenha nativa, bracatinga manejada e plantios com espécies nativas deverão ser realizados com Documento de Origem Florestal (DOF) – que se refere ao trajeto entre a floresta (corte) e o local de transformação em carvão (produto final). O DOF é o documento utilizado pelo Ibama desde 2005 para controlar o transporte de lenhas, toras e carvão obtidos de árvores nativas em todo o território nacional.

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Policiais militares e alunos aprendem a montar aquecedor solar ecológico

20/08/2007 - O Programa Desperdício Zero, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente, promoveu na última semana uma oficina no Quartel Geral da Polícia Militar, em Curitiba, para ensinar como montar aquecedor solar com materiais recicláveis. Mais de 100 pessoas, entre policiais militares e estudantes do Colégio da Polícia Militar, participaram da atividade.

“Eles são responsáveis por divulgar a alternativa sustentável que retira do meio ambiente resíduos que podem e devem ser reaproveitados. Assim formamos agentes multiplicadores e aumentamos o alcance da idéia”, explicou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

A estratégia está dando certo. Segundo o secretário, em algumas localidades já está sendo formada a “quinta geração” de agentes multiplicadores. A primeira geração é composta pelos profissionais de escritórios regionais da Secretaria e suas autarquias – Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) - que foram capacitados pelo inventor do aquecedor solar, José Alano.

“Nossos profissionais levaram o conhecimento às suas regiões, promovendo oficinas com a segunda geração de agentes: técnicos de prefeituras, associações comunitárias e universidades, por exemplo”, explicou o secretário.

REDE – Estas pessoas ficaram responsáveis por divulgar a iniciativa em suas cidades ou entidades e capacitaram, entre outros interessados, professores da rede pública de ensino e do Senac, que, por sua vez, estão treinando seus alunos – a quinta geração de agentes multiplicadores. Desde o início do ano passado, quando o aquecedor solar começou a ser divulgado, estima-se que já tenham sido confeccionados cerca de 5 mil aquecedores em mais de 254 municípios paranaenses.

Um dos participantes da oficina realizada nesta semana, o soldado Jober Jorge Scheibe, já se comprometeu a repassar o que aprendeu a seus colegas do curso técnico de Meio Ambiente, que ele freqüenta à noite. “Entrei em contato com meus professores e, nas próximas semanas, montaremos o aquecedor solar para apresentá-lo em outras turmas e períodos. E isso ainda contará como horas de estágio, tamanha foi a aceitação da idéia pelos professores”, destacou.

VANTAGENS - Para montar um sistema com capacidade de aquecer o banho de quatro pessoas, são reaproveitadas 200 garrafas PET e 200 embalagens de leite longa-vida. Além de utilizar materiais que iriam para o aterro, o aquecedor solar também representa alternativa de trabalho e geração de renda para associações de coletores. Outra vantagem da utilização do sistema é a economia de energia elétrica. Para aquecer a água de dois banheiros, podem ser poupados até 120 quilowatts por mês.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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