Integração
Nacional propõe
estudos para melhorar a segurança alimentar
dos povos indígenas do Alto Xingu (MT)
23/08/2007 - Brasília
- A Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste
(SCO), do Ministério da Integração
Nacional, quer melhorar a segurança
alimentar dos índios do Alto Xingu
(MT) que estão enfrentando problemas
com a diminuição dos peixes
nos rios e lagos da região.
Em uma reunião, realizada
recentemente em Brasília, coordenada
pelo secretário José Antônio
Totó Parente, técnicos da SCO,
do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria
Especial de Aqüicultura e Pesca, Fundação
Nacional do Índio (Funai), Universidade
de Brasília (UnB) e representantes
indígenas, decidiram que nos próximos
30 dias será feito o mapeamento das
políticas públicas desenvolvidas
no Xingu pelos diversos órgãos
governamentais. O mapeamento prevê,
ainda, uma visita técnica para análise
das causas do desaparecimento dos peixes e
elaboração de propostas que
levem à solução dos problemas
de segurança alimentar no Alto Xingu.
Conforme relatos de lideranças
locais, a situação é
mais crítica entre as etnias Kamayurá
e Yawalapiti, que vivem nas aldeias próximas
à lagoa Ypawu, uma das maiores do Parque
Indígena do Xingu, com aproximadamente
10 km² de lâmina d’água
e de onde os índios sempre retiraram
os peixes que se constituem na base da sua
alimentação.
As crescentes dificuldades
para captura dos peixes na lagoa foram relatadas
pelos caciques Aritana Yawalapiti e Kotoky
Kamayurá ao secretário Totó
Parente, que esteve Alto Xingu para inaugurar
em três localidades da região
as unidades do programa de inclusão
digital Quiosque do Cidadão.
Segundo os caciques, que
reivindicam uma solução para
o problema, os peixes que os índios
conseguem retirar da lagoa não são
mais suficientes para alimentar o seu povo,
cerca de 600 indivíduos que habitam
as duas aldeias comandadas por eles.
No dia 10 de setembro, às
15h, na Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste,
será realizada uma nova reunião
quando deverá ser aprovado o cronograma
de ações para garantir segurança
alimentar às comunidades do Alto Xingu.
+ Mais
Dnocs promove ação
integrada para preservação do
Castanhão
24/08/2007 - Brasília
- O Departamento Nacional de Obras Contra
as Secas (Dnocs), vinculado ao Ministério
da Integração Nacional, está
fortalecendo as ações de supervisão
e fiscalização do espelho d'água
da barragem do Castanhão e de seu entorno,
na região cearense do médio
Jaguaribe. O objetivo é evitar o uso
irregular das áreas de preservação
ambiental e evitar acidentes no uso indevido
da água. Para isso, o Dnocs solicitou
da Capitania dos Portos e da Polícia
Federal ações conjuntas que
evitem conflitos entre os usuários
ilegais das terras e da água.
Nesta semana, uma equipe
composta pelas três instituições
executa uma operação integrada.
A Capitania dos Portos desenvolve ações
de educação e uso adequado dos
materiais de pesca e de transporte no lago
às populações da área.
Os piscicultores receberão orientações
sobre a maneira adequada de utilizar seus
utensílios de pesca e sobre o manejo
de embarcações e o transporte
seguro das pessoas. Segundo a diretora de
infra-estrutura hídrica do Dnocs, Cristina
Peleteiro, essa parceria em muito contribui
para um ordenamento na utilização
do lago formado pelas águas da barragem
do Castanhão.
A Polícia Federal
faz um trabalho de apoio às ações
dos técnicos do Dnocs na fiscalização
e desocupação das áreas
de entorno do lago, que são preservadas
por lei e supervisionadas pelo Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conoma). Com a presença
de policiais federais, a situação
ganhou uma nova dimensão. As pessoas
que receberam o comunicado de desocupação
da área e relutavam em cumprir o determinado
por lei agora estão compreendendo que
essa ação é determinante
em todos os reservatórios que existem
no Brasil e não somente no reservatório
cearense.
Servidores do Dnocs e funcionários
das duas instituições públicas
estão no local para supervisionar os
trabalhos e orientar a população
dos locais onde já foram efetuados
os trabalhos de entrega das citações.
Além disso, atuam para que novos contingentes
não reocupem as áreas já
desocupadas. É importante destacar
que esse trabalho visa a preservação
ambiental e a otimização do
uso do solo e da água na barragem do
Castanhão.