Lula
inaugura usina de biodiesel e diz que "quem
especulou em bolsa quebrou a cara"
21 de Agosto de 2007 - Carolina
Pimentel - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Ao inaugurar hoje
(21) usina de biodiesel em Lins, interior
paulista, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva disse que as oscilações
nas bolsas de valores de todo o mundo ocorreram
porque alguns investiram "em títulos
de terceira categoria" e quiseram ganhar
dinheiro com base na especulação.
"Quem especulou em bolsa quebrou a cara",
acrescentou.
"É como se estivessem
jogando em um cassino. Foram para ganhar fácil
e quebraram a cara. Não é justo
o povo brasileiro pagar pela irresponsabilidade
daqueles que querem ganhar dinheiro na agiotagem",
afirmou, em referência à turbulência
no mercado financeiro, que atingiu inclusive
a Bolsa de Valores de São Paulo, por
conta da crise no mercado imobiliário
norte-americano.
Lula garantiu, mais uma
vez, que não fará "loucuras
ou mágicas" na economia e nem
irá interferir na cotação
do dólar. "Não é
possível cria um dólar para
o boi, um para a soja", destacou.
O presidente participou
da inauguração da usina de biodiesel
do Grupo Bertin, que usará sebo bovino
como matéria-prima. De acordo com a
empresa, a usina terá capacidade de
produzir 110 milhões de litros por
ano, o suficiente para atender 14% da demanda
do mercado nacional. Foram investidos R$ 42
milhões no projeto, sendo R$ 14,9 bilhões
de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Em seu discurso, Lula ainda
voltou a rebater críticas de que os
biocombustíveis ameaçam a preservação
da Amazônia. "Os países
ricos tentam nos dar lição,
mas só têm 0,3% das suas florestas
preservadas", disse.
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Gestão ambiental
na Amazônia é tema de seminário
21 de Agosto de 2007 - Agência
Brasil - Brasília - O Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama) promove, de hoje
(21) a amanhã, das 9h às 18h30,
na Assembléia Legislativa de Mato Grosso,
em Cuiabá, o seminário Instrumentos
Econômicos para a Gestão Ambiental
Rural na Amazônia: Desafios e Oportunidades.
A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, e autoridades federais e estaduais,
além de especialistas que participarão
com painéis e palestras.
Segundo o Ministério
do Meio Ambiente, o objetivo do seminário
é analisar incentivos à gestão
ambiental rural na Amazônia - onde,
idealmente, toda atividade econômica
deveria ser sustentável e aliar o desenvolvimento
à melhoria das condições
de vida das populações locais
e à preservação dos recursos
naturais.
No seminário serão
discutidas algumas possibilidades de compensação
- como créditos diferenciados para
a produção sustentável;
desoneração fiscal para investimento
em projetos ambientais; certificados de processos
e produtos ambientalmente corretos; e o Protocolo
Verde, que tem a finalidade de incluir novos
critérios para o financiamento de atividades
produtivas em atendimento à legislação,
entre outros.
Serão apresentados
também no evento alguns instrumentos
regulatórios ainda em estudo - como
a concessão de estímulos nas
operações de financiamento a
atividades agrícolas ambientalmente
sustentáveis; e a incorporação
obrigatória de critérios ambientais
por instituições financeiras,
por exemplo.