21/08/2007 - Adriano Ceolin
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
afirmou nesta terça-feira (21), em
Cuiabá, Mato Grosso, que um modelo
de desenvolvimento baseado na sustentabilidade
dos recursos naturais ajudará o Brasil
a reduzir seus índices de pobreza,
na medida em que possibilitará
a distribuição de riqueza. "A
idéia do desenvolvimento sustentável
é fundamental. Já tivemos cerca
de 50 milhões de pobres no País,
até pouco tempo. Graças a Deus,
conseguimos baixar esse número para
19,4 milhões, nos últimos quatro
anos e sete meses", disse.
A afirmação
da ministra foi feita durante abertura do
seminário Instrumentos Econômicos
para Gestão Ambiental Rural na Amazônia:
Desafios e Oportunidades, organizado pelo
Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Marina Silva ressaltou a importância
do encontro, que reúne representantes
de instituições dos governos
federal, estaduais e municipais, da comunidade
acadêmica, de organismos internacionais
e da sociedade civil. "A participação
social no seminário é importante
para que a sociedade contribua na formulação,
implementação e correção
das políticas", disse.
Segundo a ministra, a preservação
ambiental e o desenvolvimento econômico
devem se dar em bases justas e sustentáveis,
com uma visão integrada de todos os
setores de governo. "Novos tempos exigem
novas mentalidades e atitudes que gerarão
novos produtos. E uma das questões
que está sendo debatida em todo o mundo
é a necessidade de se preservar os
ecossistemas para que eles possam assegurar
os serviços ambientais, tão
importantes para a vida", disse.
O seminário, que
segue até quarta-feira (22) na Assembléia
Legislativa, contará com painéis
que abordarão desde a questão
dos instrumentos econômicos já
existentes, passando por experiências
nacionais e internacionais, até a viabilidade
de mudanças na legislação
que incentivem o desenvolvimento sustentável.
O governador do Mato Grosso,
Blairo Maggi, participou da abertura do seminário.
O objetivo do evento é discutir iniciativas
de financiamento e crédito para estimular
o desenvolvimento sustentável na região.
Conferência - Na abertura
do seminário, Marina Silva também
participou do lançamento da III Conferência
Nacional do Meio Ambiente no Mato Grosso.
Na solenidade, o governador mato-grossense,
Blairo Maggi, assinou decreto em que convoca
a edição estadual da conferência,
cujo tema será A Legislação
Ambiental e as Mudanças Climáticas.
O ato do governador faz
parte da primeira fase da conferência,
que prevê a participação
dos estados e municípios na elaboração
de propostas de políticas de meio ambiente.
No final dos debates, serão indicados
delegados que representarão seus respectivos
estados na plenária nacional da III
Conferência, prevista para o primeiro
semestre de 2008. Para edição
da conferência no Mato Grosso, estão
previstos dez encontros regionais até
novembro deste ano.
A participação
dos estados e municípios se dará
por meio das Comissões Organizadoras
Estaduais (COEs) da Conferência, que
funcionarão como secretaria-executiva.
Até a II Conferência, as secretarias-executivas
cabiam ao Ibama. Agora, o objetivo é
fazer com que todas elas sejam transferidas
aos órgãos estaduais de meio
ambiente. "Os governos estaduais têm
maior capilaridade, principalmente junto aos
municípios", afirmou o coordenador-geral
da Conferência, Geraldo Vitor de Abreu.
Segundo Abreu, dez estados
já assumiram o comando das suas respectivas
secretarias-executivas. Entre eles, o coordenador-geral
citou Ceará, Paraná, Rio Grande
do Sul e Minas Gerais. Cada COE conta com
cinco representantes: três de cada governo
(federal, estadual e municipal), um dos movimentos
sociais e um do setor empresarial.
A III Conferência
Nacional foi lançada oficialmente pela
ministra Marina Silva em junho deste ano,
em cerimônia no Palácio do Planalto.
O tema nacional do evento será mudança
climática.
+ Mais
Ministra recebe parlamentares
e representante da Globe International
20/08/2007 - Marluza Mattos
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
recebeu no final da tarde desta segunda-feira
(20) um grupo de deputados e senadores, acompanhados
do secretário-geral da Globe International,
Adam Matthews, que vieram pedir o apoio do
ministério para o Encontro de Parlamentares
do G8+5 para Mudanças Climáticas,
previsto para ocorrer no Brasil, em fevereiro
de 2008.
"Eu saúdo essa iniciativa",
disse Marina Silva. Ela destacou que o País
tem especial interesse no tema e acredita
que, no encontro, o Brasil terá oportunidade
de apresentar seu esforço na construção
de uma agenda pró-ativa, principalmente
no que se refere ao combate ao desmatamento,
à produção de biocombustíveis
e à construção de um
plano nacional de mudanças climáticas.
O Ministério do Meio Ambiente deve
estudar a possibilidade de organizar visitas
para que os parlamentares estrangeiros conheçam
a experiência brasileira nessas áreas.
A Globe International -
uma associação de parlamentares
de todo o mundo - pretende reunir no Brasil
entre 80 e 100 legisladores e 150 especialistas
em mudanças do clima. Serão
multipartidárias as delegações
que representarão Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Rússia,
Reino Unido e Estados Unidos (G8) e África
do Sul, Brasil, China, Índia e México
(+5). O objetivo do evento será buscar
um consenso político entre os parlamentares
sobre o tema. As recomendações
aprovadas no encontro serão apresentadas
pelas delegações aos governos
de seus países.