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MINISTRO DA JUSTIÇA DECLARA MAIS DE 400 MIL HECTARES DE TERRA INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

21 de agosto - O Ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou portarias declaratórias de sete territórios indígenas - Cinco no do Amazonas, um Acre e um no Mato Grosso. As Terras Indígenas (TI’s) declaradas são: Cacique Fontoura/MT, Rio Gregório/AC, Mapari/AM, Lago do Correio/AM, Prosperidade/AM, Santa Cruz da Nova Aliança/AM e Barro Alto/AM.

Mais de 1,7 mil índios foram beneficiados com 401 mil hectares de terra. No dia 19 de abril deste ano, Tarso Genro, declarou outros 308 mil hectares de Terras Indígenas. De abril a agosto deste, mais 710 mil hectares foram declarados.

A demarcação de uma terra indígena é precedida por estudos de identificação e delimitação da área, realizadas por um grupo técnico composto por antropólogos, ambientalistas, engenheiros e agrônomos da Fundação Nacional do Índio (Funai), conforme estabelecido no decreto presidencial 1775/1996. Depois de cumpridos todos estes estudos antropológicos e procedimentos administrativos, analisados por sua consultoria jurídica, o Ministério da justiça declara a posse.

Povos indígenas beneficiados

Terra Indígena Rio Gregório - Portaria MJ nº 1388.
Localização: Município de Tarauacá, Estado do Acre.
Superfície: 187.400 hectares.
Perímetro: 239 km.
Sociedade Indígena: Katukina e Yawanawá.
População: 580 pessoas (2004)

Terra Indígena Cacique Fontoura - Portaria MJ nº 1389.
Localização: Município de Luciara e São Félix do Araguaia, Estado do Mato Grosso. Superfície: 32.069 ha.
Perímetro: 113 km.
Sociedade Indígena: Karajá.
População 489 pessoas (2001).

Terra Indígena Barro Alto - Portaria MJ nº 1390.
Localização: Município de Tonantins, Estado do Amazonas.
Superfície: 1.964 ha.
Perímetro: 33 km.
Sociedade Indígena: Cocama.
População: 90 habitantes(2004).

Terra Indígena Prosperidade - Portaria MJ nº 1391
Localização: Município de Tonantins, Estado do Amazonas.
Superfície: 4.806 ha.
Perímetro: 49km.
Sociedade Indígena: Cocama.
População: 120 habitantes. (2004).

Terra Indígena Santa Cruz da Nova Aliança - Portaria MJ nº 1392.
Localização: Município de Tonantins, Estado do Amazonas.
Superfície: 5.759 ha.
Perímetro: 53km.
Sociedade Indígena: Cocama.
População: 241 habitantes (2004).

Terra Indígena Mapari - Portaria MJ nº 1393.
Localização: Município de Japurá, Tonantins e Fonte Boa. Estado do Amazonas. Superfície: 157.416 ha.
Perímetro: 355 km.
Sociedade Indígena: Caixana.
População: 93 habitantes (1997)

Terra Indígena Lago do Correio - Portaria MJ nº 1394.
Localização: Município de Santo Antonio do Iça, Estado do Amazonas.
Superfície aproximada: 12.369 hectares.
Perímetro: 57 quilômetros.
Sociedades Indígenas: Tikuna e Kokama.
População: 45 habitantes (2003).

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Autoridades assumem compromissos com povos indígenas do Vale do Javari

24 de agosto - A 6ª Câmara do Ministério Público Federal promoveu, no dia 15 de agosto, no auditório da Câmara Municipal de Vereadores de Atalaia do Norte/AM, audiência pública para reavaliar o atendimento à saúde e o ensino fundamental das etnias que vivem na região do Vale do Javari. Devido à gravidade do quadro de saúde, a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Brasília e a Administração Executiva Regional (AER) de Atalaia do Norte enviaram representantes para pactuar um Termo de Ajuste de Conduta com as demais autoridades.

O acordo firmado estabelece responsabilidades da Funai, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da Prefeitura de Atalaia do Norte e do Ministério Público. “A Funai vem atuando nessa região com fiscalização, e descentralizou recursos financeiros para a AER de Atalaia e para a frente de proteção ambiental do Vale do Javari”, explica Elias dos Santos Bigio, Coordenador-Geral de Índios Isolados.

Diante de reivindicações de lideranças indígenas das etnias Matis, Mayuna, Marubo e Kanamari, as autoridades presentes firmaram um acordo para atender às demandas desses povos. A Funai assumiu o compromisso de fortalecer as medidas de fiscalização nos territórios localizados nos rios Médio Javari, Médio Curuçá e Alto Jaquirana. A Funasa atuará em parceria com a Funai na prestação de serviços de saúde indígena aos povos recém-contatados, discutindo futuras normas de atuação.

Uma das grandes preocupações dos povos indígenas locais é em relação à contaminação da comunidade pelo vírus da hepatite-B. Para controle da doença, além de ações estruturais, que incluem a construção de quatro pólos-bases até o final do ano, a Funasa fará avaliações periódicas dos portadores do vírus e adotará medidas necessárias ao combate da hepatite com recursos extra-orçamentários.

Como resultado da audiência, a Procuradoria da República em Tabatinga/AM irá investigar a demora na conclusão de inquérito sorológico pelo Instituto de Medicina Tropical e apurar a situação da educação escolar nas comunidades indígenas do Vale do Javari. A Prefeitura de Atalaia do Norte também deverá prestar contas à Procuradoria quanto à utilização de recursos do Programa da Saúde da Família Indígena.

O encontro foi coordenado pela Subprocuradora-Geral da República, Deborah Duprat, e contou com a presença do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) e do Conselho Indígena do Vale do Javari (Civaja). Também estiveram na reunião a Promotora de Justiça de Atalaia do Norte, Wandete de Oliveira Netto, o Subprocurador-Geral da República, Brasilino Pereira dos Santos, e o Procurador da República em Manaus, com competência prorrogada para Tabatinga, Edmilson da Costa Barreiros Júnior.

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Decisão judicial determina que Vale do Rio Doce mantenha repasse aos índios Xikrin

24 de agosto - Em decisão publicada nesta terça, 21 de agosto, o Juiz Federal Marcelo Albernaz negou o recurso movido pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), cuja intenção é interromper o repasse financeiro ao povo indígena Xikrin, da Terra Indígena Catete/PA. Os recursos pagos pela empresa aos Xikrin são utilizados na manutenção da comunidade, incluindo alimentação, remédios, educação e atividades produtivas, como piscicultura, apicultura, artesanato e agropecuária, e também como forma de compensação ambiental, por conta do Projeto Ferro Carajás, em território contíguo à Terra Indígena Cateté.

A mina de ferro, implantada em Carajás, no centro-sul do Pará, se consolidou com a aprovação de um empréstimo concedido pelo Banco Mundial. Antes de liberar o dinheiro, o banco exigiu que a CVRD aplicasse recursos na proteção das comunidades indígenas situadas na região da ferrovia que levaria o minério até o porto da Ponta da Madeira, na ilha de São Luís.

Em outubro do ano passado, os Xikrin ocuparam a empresa Vale do Rio Doce, em Carajás, reivindicando reajustes dos repasses de recursos feitos pela mineradora, o que levou a empresa a descontinuar o acordo. Por ordem judicial, a Vale foi obrigada a retomar o pagamento dos repasses em dezembro de 2006.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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