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APRESENTAÇÃO DO PROJETO SERRA DO MAR MARCA ANIVERSÁRIO DE 30 ANOS DO PARQUE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2007

30/08/2007 Os 30 anos do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) foram comemorados nesta quinta-feira (30/08) com diversas demonstrações da necessidade de sua preservação. Da chuva fina que cobriu a paisagem do Pouso de Paranapiacaba, com uma densa neblina – demonstrando, na prática, a importância da mata para a produção de água e manutenção dos mananciais - , ao suco de fruto de juçara servido ao público presente e apresentado como uma alternativa sustentável para a preservação dessa espécie de palmeira produtora de palmito, mais conhecida pelo risco de extinção a que está sujeita.

Teve também banda de música e muitos depoimentos defendendo a conservação de suas áreas verdes, por parte dos técnicos e autoridades presentes e de alguma forma ligados à existência do mais extenso parque do Estado de São Paulo e que abriga a maior reserva de biodiversidade do país. Mesmo os mais anônimos, como os trabalhadores braçais, além dos guarda-parques e os homens da Polícia Ambiental, foram lembrados pelo diretor da Fundação Florestal, José Amaral Wagner Neto.

O ponto mais marcante das comemorações, no entanto, foi o compromisso de continuidade das ações que deram origem à sua criação, que visam não apenas preservar, mas recuperar diversas áreas do parque, que vem sofrendo com a perda de biodiversidade e ameaças à estabilidade do seu ecossistema. Este compromisso foi confirmado pelo secretário-adjunto da Secretaria do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan, que representou o secretário Xico Graziano e que aproveitou a data para apresentar o Projeto Serra do Mar, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos do governo estadual, cujos objetivos incluem a recuperação das áreas ocupadas nas encostas do PESM e alternativas de moradia para população local.

Conforme o assessor especial e representante do governador José Serra no evento comemorativo, coronel Eliseu Eclair Borges, o compromisso envolve ações concretas, com investimentos que priorizam os aspectos sócio-ambientais e somam mais de R$ 800 milhões, a serem aplicados em programas já definidos e em andamento. A informação foi reforçada por Pedro Ubiratan, que gerencia o projeto na Secretaria do Meio Ambiente, explicando que os recursos se destinam inicialmente à remoção e realocação de famílias instaladas nos bairros-cota, em Cubatão, e aos investimentos necessários em habitação, infra-estrutura e saneamento, envolvendo outras cinco secretarias estaduais – Casa Civil, Habitação, Saneamento e Energia, Segurança Pública e Economia e Planejamento.
“Com dotação orçamentária prevista até 2012, o programa consiste em uma ação de Estado e não apenas um projeto de governo, restrito a uma única administração”, ponderou o secretário-adjunto, para quem o projeto garante continuidade às iniciativas dos pioneiros, responsáveis pela criação do parque há 30 anos. Na época, as perspectivas eram sombrias, conforme apontava o estudo do Instituto Florestal, concluído três anos antes e que denunciava o risco iminente de seu desaparecimento.

O reconhecimento do trabalho desenvolvido nas últimas três décadas resultou também na homenagem a diversos técnicos que ainda hoje atuam no sistema ambiental, como José Pedro de Oliveira Costa, Paulo Nogueira-Neto, Hélio Ogawa, Adriana Mattoso e Adriane Tempest. As homenagens se estenderam também ao ex-governador Paulo Egydio Martins, ao jornalista Randau Marques e à organização não governamental SOS Mata Atlântica, representada pelo seu primeiro presidente, Rodrigo Mesquita, e por Mário Mantovani, um de seus diretores mais ativos. No evento, a Serra do Mar ganhou também um novo parceiro, com a adesão da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ao protocolo de intenções no qual estão previstos apoio às ações de recuperação, turismo ecológico e educação ambiental.

Manejo sustentável

O suco de juçara, servido no evento de comemoração dos 30 anos do Parque Estadual da Serra do Mar, é fruto do projeto para o manejo sustentável de sementes da palmeira que vem sendo dizimada pela exploração predatória do palmito. É também uma alternativa de manejo sustentável desenvolvida pela Fundação Florestal e pelo Ipema – Instituto de Permacultura da Mata Atlântica, junto a comunidades no interior e entorno do núcleo Picinguaba, no litoral norte.

A iniciativa para a produção da polpa de juçara, similar ao açaí da Amazônia, será realizada na unidade piloto de beneficiamento de frutos instalada na sede da Agência Paulista de Tecnologia e Agronegócios - APTA, graças à parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Ubatuba. O objetivo é propiciar a produção de polpa e sucos, assim como de sementes e mudas certificadas para a recuperação ambiental e oferta no mercado.

A experiência tornou-se viável a partir da aprovação do Plano de Manejo do Parque, em 2006. Sua implementação faz parte do projeto de Educação Agroflorestal para o Manejo Sustentável nas Comunidades Tradicionais da Mata Atlântica, financiado pelo programa do Ministério do Meio Ambiente. A elaboração do projeto contou com a participação da Rede de Sementes Florestais Rio-São Paulo, do IBAMA, do Instituto Florestal, além da Fundação Florestal, do Ipema e da Prefeitura de Ubatuba. Sua execução está a cargo do Ipema, o que inclui a capacitação de monitores das comunidades para a elaboração dos Planos de Manejo, coleta e beneficiamento dos frutos, assim como o monitoramento do seu impacto junto à flora e à fauna silvestre.

O Projeto Estratégico

O Projeto Serra do Mar envolve ações de conservação, preservação e regularização das áreas. Seu início já está em curso nos chamados bairros-cota, instalados em áreas com risco de deslizamento e que ameaçam a integridade das encostas, como é o caso das áreas ocupadas irregularmente no núcleo de Cubatão. O trabalho, neste caso, inclui o congelamento das ocupações, que vem sendo garantido pela fiscalização ostensiva da Polícia Ambiental e a remoção dos moradores, que serão transferidos para conjuntos habitacionais da CDHU, com infra-estrutura e saneamento adequados.

Segundo o secretário-adjunto do Meio Ambiente, nesse caso a proposta vai além da realocação, buscando instrumentos que evitem o adensamento populacional e ofereçam alternativas de emprego formal aos moradores. Para isso, a SMA passará a condicionar o licenciamento de ampliações ou renovação das licenças das indústrias da região ao aproveitamento da mão-de-obra local. A qualificação profissional desses moradores também está prevista, com cursos a serem implementados por instituições como a Escola Técnica Paula Souza, o Sesi e o Senai.

Nas outras regiões do parque, a implantação dos setores Norte, Centro e Sul incluem a regularização fundiária de áreas consideradas prioritárias para o manejo, a proteção e fiscalização do patrimônio territorial e ambiental, o reassentamento ou a desocupação e a incorporação de áreas adjacentes de interesse ambiental estratégico, como é o caso dos mangues. Para isso, estão destinados recursos para a implantação e operação de 20 bases de apoio e seis novos centros de visitantes.

Pelas propostas apresentadas, tudo indica que a declaração do prefeito de Cubatão, Clermont Silveira Castor, afirmando que “a mão de Deus e a mão do homem estão contribuindo para a recuperação da Serra do Mar”, não representa apenas uma figura de linguagem.
Texto: Eli Serenza
Foto: Zé Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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