Conferência - 31/08/2007
- A 14ª International Conference on Atmospheric
Electricity (Icae), maior conferência
do mundo na área de descargas e fenômenos
elétricos na atmosfera,
será realizada entre junho e agosto
de 2011, no Rio de Janeiro. Será a
primeira edição no hemisfério
Sul e o Brasil foi escolhido como sede durante
a 13ª Icae, realizada na China na semana
passada.
O coordenador do Grupo de
Eletricidade Atmosférica (Elat) do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCT), Osmar Pinto Junior, será
o presidente do comitê organizador do
evento.
A conferência acontece
a cada quatro anos desde 1954 e, nesta última
edição, a participação
brasileira ficou em quarto lugar entre os
25 países presentes, ficando atrás
somente da China, Estados Unidos e Rússia.
Dos 20 trabalhos brasileiros, 16 foram do
Elat/Inpe. Ainda durante o evento na China,
Osmar presidiu a seção sobre
"Raios e o Clima".
"Os cientistas que
estiveram na 13ª Icae acreditam que o
aquecimento global deva produzir mais raios
em todo o planeta, com largas variações
em diferentes regiões, o que requer
o desenvolvimento de modelos regionais mais
precisos que possam quantificá-las",
diz Osmar.
Estas variações
são de particular importância
para o Brasil devido ao seu extenso território.
O Elat/Inpe está organizando para o
final de setembro um workshop para discussão
do efeito do aquecimento global sobre a incidência
de descargas atmosféricas no Brasil
e os impactos esperados para a sociedade.
O workshop também
vai inaugurar a nova versão do Portal
do Elat/Inpe, que deverá contar com
mais informações e serviços
para a sociedade.
Assessoria de Imprensa do INPE
+ Mais
Exposição
apresenta projetos em MDL para mercado de
crédito de carbono
Aquecimento Global - 30/08/2007
- O mercado de crédito de carbono,
por meio de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento
Limpo (MDL), estimula a parceria entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento num esforço
conjunto no combate ao aquecimento global
do clima.
Esses projetos permitem
que países industrializados, e que
– segundo o Protocolo de Quioto, países
do Anexo I – têm limites de emissão
de gases de efeito estufa na atmosfera, possam
investir em projetos em países em desenvolvimento
e que não cumprem metas de redução
(países não Anexo I).
Os países industrializados
ganham pelo volume que os países hospedeiros
do projeto deixam de emitir. Dessa forma,
as partes incluídas no Anexo I cumprem
seus compromissos de redução
ou de limitações de emissões,
e os países não incluídos
contribuem para o desenvolvimento sustentável
e para o objetivo final da Convenção,
que é que é establilizar as
concentrações de gases de efeito
estufa na atmosfera num nível que impeça
a interferência antrôpica perigosa
no sistema climático.
Cada tonelada de carbono
que deixa de ir para a atmosfera equivale
a uma Redução Certificada de
Emissões (RCE), que tem um preço
fixado no mercado internacional.
Na primeira quinzena do
mês, um total de 2.343 projetos encontrava-se
em alguma fase do ciclo de projetos do MDL,
sendo 732 já registrados pelo Conselho
Executivo do MDL, sediado na Alemanha, e 1.611
em outras fases do ciclo. O Brasil ocupa o
3º lugar em número de atividades
de projeto, com 233 projetos (10%), dos quais
105 já foram registrados. Em primeiro
lugar está a China, com 725 e, em segundo,
a Índia, com 694 projetos.
Nesta posição,
os projetos brasileiros contribuirão
com 6% da redução dos gases
projetados na atmosfera até dezembro
de 2012.
"O fato de o Brasil
ter uma base energética limpa deixa-o
em desvantagem com relação aos
projetos em MDL, pois precisa ter muitos projetos
para ter uma pequena redução.
E apesar de o escopo do Protocolo de Quioto
prever parcerias internacionais, 58% dos projetos
brasileiros são de investimentos internos,
unilaterais", explicou a assessora técnica
Branca Americano, da Comissão Interministerial
de Mudanças Globais do Clima, secretariada
pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia.
Branca explicou, ainda,
que 61 projetos já contam efetivamente
com RCEs, ou seja, já comprovaram suas
reduções e tiveram seus créditos
de carbono emitidos pelo Conselho Executivo.
Atualmente, os projetos
brasileiros concentram-se nas áreas
de suinocultura, aterro sanitário,
geração elétrica, indústria
manufatureira, eficiência energética,
manejo e tratamento de resíduos, indústria
química e produção de
metal.
A assessora participou ontem
(29) da mesa-tema O mercado de carbono no
Brasil e no mundo: perspectivas de continuidade
do MDL e as mudanças regulatórias
pós 2012, que faz parte do seminário
internacional 'Aquecimento Global: a responsabilidade
do Poder Legislativo no estabelecimento de
práticas ambientais inovadoras', que
começou na terça-feira e termina
hoje (30), no auditório Nereu Ramos,
na Câmara dos Deputados.
O seminário é
promovido pelas comissões de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável; da Amazônia,
Integração Nacional e de Desenvolvimento
Regional; Relações Exteriores
e Defesa Nacional; de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática,
da Câmara dos Deputados; pelas comissões
de Ciência e Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática;
de Relações Exteriores e Defesa
Nacional, do Senado, e pela Comissão
Mista de Mudanças Climáticas,
do Congresso Nacional.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT
+ Mais
Câmara debate inventário
brasileiro de emissão de gases de efeito
estufa
Mudanças Climáticas
- 30/08/2007 - Baseado nas diretrizes atualizadas
do IPCC - Painel Intergovernamental em Mudança
do Clima, o segundo inventário nacional
de emissão de gases de efeito estufa
está em fase de elaboração.
O documento terá como referência
o período de 1995 a 2000 e deve ser
concluído em dezembro de 2008.
A exemplo do primeiro inventário,
divulgado em 2004 para o período 11000/94,
será feito um amplo estudo em todos
os setores e com diversos parceiros. A informação
é do diretor do inventário brasileiro,
Newton Parcionik, assessor técnico
da Coordenação Geral de Mudanças
Globais do Clima do Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT).
Segundo Parcionik, a área
de maior complexidade é justamente
a que diz respeito ao uso da terra e floresta,
que foi responsável por 75% das emissões
brasileiras registradas na primeira contagem.
"Estamos utilizando
a metodologia mais refinada do IPCC para a
área de florestas, uma vez que pretendemos
concluir os estudos por município",
informou. Ele explica que serão utilizadas
imagens de satélite - cerca de 492
imagens interpretadas de observação
- não só da Amazônia,
mas de todos os biomas brasileiros.
Quanto às reduções
de desmatamento anunciadas nos dois últimos
anos do Governo, essas não devem ser
contabilizadas ainda neste inventário,
de forma que esse setor deve ainda continuar
como um grande emissor.
Parcionik alerta, no entanto,
que todo inventário tem sua margem
de erro, e que a tendência das emissões
brasileiras é crescer na medida em
que crescem também a população,
o PIB e outras atividades econômicas,
mas, ainda assim, vão estar entre as
menores do mundo.
O assessor técnico
participou nesta quarta-feira (29) da mesa-tema
O inventário brasileiro de emissão
de gases de efeito estufa e as perspectivas
para a 2º comunicação nacional
- tendências e mudanças no perfil
das emissões brsileiras e seu impacto
na sociedade e economia brasileiras.
O coordenador geral do Fórum
Brasileiro de Mundanças Climáticas,
Luiz Pinguelli Rosa, participou também
da mesa, que faz parte do seminário
internacional Aquecimento Global: a responsabilidade
do Poder Legislativo no estabelecimento de
práticas ambientais inovadoras, que
começou na terça-feira e termina
hoje (30), no auditório Nereu Ramos,
na Câmara dos Deputados.
O seminário é
promovido pelas comissões de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável; da Amazônia,
Integração Nacional e de Desenvolvimento
Regional; Relações Exteriores
e Defesa Nacional; de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática,
da Câmara dos Deputados; pelas comissões
de Ciência e Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática;
de Relações Exteriores e Defesa
Nacional, do Senado, e pela Comissão
Mista de Mudanças Climáticas,
do Congresso Nacional.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT