30 de Agosto de 2007 - Equipe
do Greenpeace avalia nível de radiotatividade
na região da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa,
no Japão. Matéria publicada
pela revista The Economist revela que a Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA)
não tem condições de
fiscalizar as usinas nucleares existentes
– muito menos as que virão. A situação
atual é a seguinte: 31 países
já operam com reatores nucleares e,
desde 2005, outros 15 demonstraram interesse
em produzir esse tipo de energia. O aumento
na demanda só
facilita a possibilidade de desvio de material
nuclear, durante seu transporte ou descarte,
e a AIEA não tem estrutura para fiscalizar
todo esse processo.
Um estudo realizado no Centro
de Políticas de Não-Proliferação
(NPEC) descobriu falhas de monitoramento nos
sistemas de segurança utilizados. Em
um novo relatório, o diretor do Centro,
Henry Sokolski, argumenta que os inspetores
nucleares das Nações Unidas
recebem muito pouco pelo trabalho que devem
executar. Além disso, os parâmetros
de avaliação estariam desatualizados
e alguns pontos seriam simplesmente impraticáveis.
A remuneração
desses inspetores é o menor dos problemas.
O estudo mostra que a quantidade de material
nuclear utilizável para fins bélicos
(seja urânio enriquecido ou plutônio
separadamente), cresceu muito mais rápido
do que os fundos disponíveis para a
sua proteção. Novos métodos
e tecnologias aumentaram a eficiência
das inspeções, mas o diretor
da AIEA, Mohamed EL Baradei, reclama que seus
fundos não cobrem nem os custos atuais,
chegando a pedir contribuições
voluntárias, principalmente aos Estados
Unidos. A única coisa que a Rússia
e os Estados unidos concordam agora, é
que a AIEA precisa de mais dinheiro.