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GOVERNO APRESENTA O PRIMEIRO MAPA SOBRE A PRESENÇA INDÍGENA NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2007

29/08/2007 - A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto de Terras Cartografias e Geociências (ITCG), apresentou nesta terça-feira (28) o primeiro mapa oficial sobre a atual ocupação indígena no Paraná - elaborado em parceria com a coordenadoria de Assuntos Indígenas da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

O documento mostra a localização das 22 áreas indígenas demarcadas e incluindo as oito áreas indígenas não-demarcadas, além de seis territórios ocupados por famílias dispersas. Ao todo, as áreas indígenas demarcadas no Paraná totalizam quase 90 mil hectares, o que representa apenas 0,5% do território paranaense, sendo. Segundo dados do último censo do IBGE, no Paraná são 32 mil indivíduos que se identificaram como índios, das etnias Caingangue, Guarani e Xetás, sendo que aproximadamente 14,5 mil vivem em aldeias.

O mapa estará disponível, inicialmente, no endereço do ITCG na internet (www.pr.gov.br/itcg) que em arquivo PDF permite a impressão em todos os tamanhos. A atualização do mapa será feita anualmente ou no momento em que se justificar, como, por exemplo, em caso de evoluções no processo de demarcação de terras, mudanças ou migrações de ordem histórico cultural comuns entre os povos indígenas que habitam o Paraná.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o mapa indígena é importante para orientar as políticas de inclusão das comunidades em ações sócio-ambientais. “Além disso, com o mapa indicativo é possível detectar as famílias dispersas e problemas por elas enfrentados. O princípio da inclusão indígena se baseia em informações fiéis da sua presença no Estado. Nesse sentido, temos acompanhado, por meio do ITCG, as demarcações de terra mesmo sendo de responsabilidade da União, mas que nos auxiliaram no levantamento de dados para o desenvolvimento dos mapas e de políticas de inclusão”, declarou o secretário.

O presidente do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), José Antonio Peres Gediel, lembrou que desde a “recriação” do Instituto os técnicos têm priorizado trabalhos voltados às comunidades mais carentes e regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano.

“É um trabalho fundamental para a sociedade indígena e também para a sociedade não-índia, pois reabre as discussões sobre o processo de ocupação territorial no Paraná, mostrando que os mais antigos habitantes do Estado -antes da chegada dos europeus, hoje estão limitados a pequenas áreas de terra”, destacou Gediel.

EDUCAÇÃO – Para o indigenista e coordenador de Assuntos Indígenas da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Edívio Battistelli, a elaboração de mapas trará benefícios culturais e educacionais também para a sociedade não-índia.

“O trabalho com os mapas nas escolas, por exemplo, permite que a sociedade em geral conheça e compreenda as tradições indígenas e onde vivem estas comunidades atualmente. A falta de informação, muitas vezes, gera a indiferença entre povos culturalmente distintos e, infelizmente, ainda existem paranaenses que desconhecem a presença indígena no Estado. Por isso, este trabalho da Secretaria do Meio Ambiente é tão necessário”, ressaltou Battistelli

Segundo o indigenista, o governo tem trabalhado no sentido de garantir a inserção social dos povos indígenas com respeito à sua diversidade cultural. “Por este motivo temos nos concentrado em criar as políticas públicas voltadas à integração e a inserção dos índios na sociedade, respeitando sempre às diferenças culturais de cada etnia”, destacou Battistelli. Como exemplo, ele cita o fim do déficit habitacional indígena com a construção de casas, que seguem a cultura e as tradições das famílias Kaingag e Guarani

“Além disso, garantimos o vestibular diferenciado nas Universidades Públicas Estaduais, a inclusão dos índios no Programa Luz Fraterna e Tarifa Social da Sanepár e Leite das Crainças, ICMS Ecológico - repassado aos municípios que tem áreas indígenas, incentivo agrícola com fornecimento de sementes e corretivos agrícolas, apoio ao artesanato e doação de mudas para recuperação da mata ciliar”, enumerou Battistelli.

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Paraná promove encontro estadual de Agendas 21 Locais

30/08/2007 - A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano, promoveu nesta terça-feira (28) e quarta-feira (29) o I Encontro Paranaense da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais. O evento, que reuniu representantes de cerca de 60 municípios paranaenses, teve como objetivo promover a troca de experiências sobre as agendas locais já implantadas e a apresentação de metodologias que possibilitem a implantação de novas agendas.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, atualmente existem no Paraná cerca de 80 processos de formação de Agendas 21 Locais em andamento. “Além destas novas agendas, existem diversas experiências em desenvolvimento que estão em consonância com as propostas da Agenda 21”, comentou Rasca.

O encontro promovido pelo Governo do Estado foi o primeiro evento destinado à formação de agendas locais. “Era um compromisso nosso, assumido quando a Rede Nacional foi constituída em agosto do ano passado”, acrescentou o secretário.

Durante o encontro, os participantes ouviram a experiência do Vale do Ribeira e da Bacia hidrográfica do Paraná 3, na região Oeste do Estado. Estas agendas funcionam como consórcios - ou seja, uma série de pequenas comunidades desenvolvem agendas locais, trabalhando com problemas e soluções locais, e depois unificam as propostas em um plano regional, mais amplo. No Vale do Ribeira são três municípios consorciados, já na Bacia do Paraná 3 são 29 municípios.

Segundo a articuladora da Agenda 21 na região Sul, Iracema Cerruti, além de apresentar a metodologia de elaboração da Agenda 21, para quem ainda não conhecia a proposta, o encontro foi extremamente importante pela troca de experiências. “Em eventos como este percebemos que todos têm dificuldades, mas que os processos podem se ajudar”, disse a articuladora. “A experiência de processos já implantados colabora para sanar dúvidas. Sempre há um caminho a ser percorrido e que fica mais fácil com a ajuda do grupo”, completou Iracema.

“Além disso, os interessados em montar agendas 21 locais podem consultar o Fórum Permanente da Agenda 21, que se reúne mensalmente e tem dado todo o apoio, incentivado e estimulando a criação, o desenvolvimento de agendas 21em todo o Estado\", destacou a coordenadora do Fórum, Schirle Margareth dos Reis Branco. Para saber mais sobre o Fórum permanente e a Agenda 21 do Paraná, acesse www.agenda21.pr.gov.br.

EXPERIÊNCIAS- Luiziane Zaguso, educadora ambiental de Medianeira que vem atuando na construção da segunda Agenda 21 local, destacou o caráter participativo da Agenda 21. “A metodologia de aplicação da Agenda 21 articula pessoas para que cada uma faça sua parte. É a própria comunidade que levanta os problemas e as conseqüências daquilo que precisam. Eles que propõe as mudanças”, disse Luiziane. Medianeira já faz parte do consórcio da Agenda 21 do Paraná III.

A educadora ambiental contou que, para formação da Agenda 21 consorciada, o trabalho foi realizado em três etapas. “O primeiro ficou conhecido como \'Oficinas do Futuro\' e atuava na sensibilização dos moradores ribeirinhos do rio Alegria. Nesse sentido, com o trabalho de sensibilização, a comunidade levantou uma série de problemas sócio-ambientais da comunidade”, explicou Luiziane.

Com a primeira parte completa, os problemas eram encaminhados a um mural, que ficou conhecido como \'Muro das Lamentações\'. Posteriormente esse muro se transforma na Árvore da Esperança, onde a comunidade poderia pensar nos problemas locais e agir para sanar tais necessidades.

O terceiro e último passo ficou conhecido como \'Caminho Adiante\'. “Depois de resolvidos os problemas, discutíamos junto com a comunidade questões para o futuro, saber como continuar o trabalho realizado”, ressaltou.

Outra experiência apresentada durante o I Encontro Paranaense da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais foi a de Dinah Almeida de Oliveira, uma das idealizadoras dos trabalhos de Agenda 21 implantados no Vale do Ribeira. Hoje, quase 15 anos depois das primeiras movimentações na divisa de São Paulo com Paraná, ela está em Curitiba, trabalhando os parâmetros da Agenda 21com uma organização de mulheres.

Segundo Dinah, os padrões da Agenda 21 ajudaram diversas famílias a sair da situação de exclusão social. “Por meio de capacitação na produção de agricultura orgânica, melhoramos o produto, a qualidade e aumentamos a competitividade da comunidade”, disse.

“Se você tentar resolver esses problemas sozinhos vai ser mais difícil chegar a algum lugar. Mas através da metodologia da Agenda 21 adotando seus princípios a comunidade passa a pensar coletivamente, fica mais forte”, concluiu Dinah.

AGENDA 21 – Agenda 21 é uma proposta de política, humanismo e ambientalismo praticado por comunidade locais. A idéia básica é instigar na comunidade o movimento para que os membros desse micronúcleo organize-se observando sua realidade e atuando no meio em que está presente pensando em crescimento econômico com eqüidade social e proteção ambiental. Os princípios da Agenda 21 foram firmados na ECO 92 como modelo proposto para o desenvolvimento para o novo século.

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Incêndio na base do morro do Anhangava é controlado

28/08/2007 - Equipes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Corpo de Bombeiros e montanhistas voluntários controlaram na manhã desta segunda-feira (27) o incêndio que atingiu a base do morro do Anhangava, Quatro Barras, e a base do morro do Corvo, próximo à estação de captação de água da Sanepar. O fogo iniciado na tarde de domingo (26) atingiu, aproximadamente, cinco hectares de vegetação. Os moradores da região informaram ao IAP e os Bombeiros logo no início do incêndio, e realizaram voluntariamente os primeiros trabalhos de contenção e controle do fogo.

Segundo o secretário do Meio Ambiente e recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, com o fogo controlado, as equipes permanecerão no local para concluir o trabalho de rescaldo – eliminar o fogo que fica abaixo da superfície – para evitar o surgimento de novos focos de incêndio.

“O próximo passo é identificar a causa do incêndio e delimitar a área afetada. Enquanto isso, as equipes se concentram para evitar o surgimento de novos focos”, acrescentou.

A região do incêndio é protegida por lei por meio do decreto 5765/02, que criou o Parque Estadual Serra da Baitaca. Dentro das Unidades de Conservação, qualquer tipo de incêndio - a não ser em caso de treinamentos devidamente autorizados - são proibidos e considerados criminosos.

PREVENÇÃO - Durante períodos de estiagem, e com o clima quente, os casos de incêndio em áreas de vegetação aumentam. Para evitar a perda de remanescentes florestais, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), promove um conjunto de ações de conscientização, educação ambiental e prevenção de incêndios.

Segundo o secretário Rasca Rodrigues, estas capacitações visam atingir não apenas técnicos e funcionários, mas toda a população que transita nestas áreas. “Jogar pontas de cigarro, iniciar fogueiras em ambientes secos e com vento ou soltar balões de São João são atitudes que devem ser evitadas e também denunciadas por toda a população. Em caso de incêndio, recomendamos comunicar imediatamente ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou escritório do IAP mais próximo”, destacou.

O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, explicou que o Parque Estadual da Serra da Baitaca possui um posto avançado para o combate à incêndio, com ferramentas básicas como foices,enxadas,pás e abafadores para controlar o fogo. “O Paraná conta ainda com outros 60 parques estaduais, todos eles equipados com planos de prevenção, controle e combate a incêndios florestais”, mencionou Burko.

Para complementar o trabalho de orientação o IAP instalou em 2006 um centro móvel de atendimento aos visitantes - que funciona dentro de um trailer de quinta-feira a domingo, das 8 às 18 horas, instalado na localidade de Borda do Campo. “No local os técnicos repassam informações quanto ao risco de incêndios, principalmente em períodos de estiagem, informam sobre a proibição de fazer fogueiras e distribuem material de apoio, como folders e sacolas oxibiodegradáveis para recolhimento do lixo produzido durante a caminhada”, destacou o presidente do IAP.

MATA VIVA – Com o mesmo intuito de desenvolver ações para reduzir focos de incêndios em períodos críticos, a Defesa Civil realiza o programa Mata Viva. O programa conta com a parceria de 25 órgãos, entre eles o IAP e Polícia Ambiental.

Em 2006, o programa decidiu abrir conselhos regionais que ficaram responsáveis pela discussão da melhor forma de prevenção de incêndios em cada região. Atualmente existem oito conselhos que atendem todos os municípios do Estado.

Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros deve ser chamado pelo telefone 193. Para denúncia de queimadas, a Força Verde atende pelo 0800-643-0304.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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