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MINISTRO DA JUSTIÇA DECLARA POSSE PERMANENTE DE TERRAS INDÍGENAS EM ARACRUZ/ES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

28 de agosto Nessa segunda-feira, 27 de agosto, o Ministro da Justiça, Tarso Genro, declarou a posse permanente dos índios sobre as terras indígenas Comboios e Tupiniquim, no município de Aracruz, localizado a 79 km ao norte de Vitória. A declaração põe fim à disputa por terras entre os povos indígenas Tupiniquin e Guarany Mbyá com a empresa Aracruz Celulose, que dura mais de 20 anos.

Com a publicação das portarias declaratórias, hoje, no Diário Oficial da União, caberá à Fundação Nacional do Índio (Funai) promover a demarcação administrativa das terras indígenas declaradas, para posterior homologação pelo Presidente da República. O Presidente da Funai, Márcio Meira, afirma que a declaração de posse dos Tupiniquin e dos Guarani é “o reconhecimento pelo Estado da afirmação de um direito histórico dos territórios ocupados por eles”.

As terras indígenas no município de Aracruz contam com sete aldeias, sendo quatro Tupiniquin e três Guarani. Atualmente, com a declaração de posse, o território pertencente a esses povos indígenas chega a 18.027 hectares.

Disputa antiga

Desde 1967, a Aracruz Florestal, empresa que daria origem à Aracruz Celulose, iniciou aquisição de terras na região, incluindo áreas tradicionalmente ocupadas por povos indígenas. Por meio de acordos alternativos com a Aracruz, em 1983, os índios tiveram 4,5 mil hectares de terra reconhecidos, incluindo basicamente a área das aldeias. Insatisfeitos com a demarcação, os Guarani e Tupiniquin começaram a lutar, em 1993, pela revisão dos limites das suas terras.

Em novos estudos, a Funai unificou os territórios de Caieiras Velhas e Pau Brasil em um único espaço de ocupação tradicionalmente Tupiniquin e Guarani. O novo território demarcado permitiu a retomada de aldeamentos extintos e de antigas relações e aspectos da cultura tradicional dos índios. A Aracruz Celulose contestou os estudos, criando uma disputa que durou até os dias de hoje.

Povos indígenas beneficiados

Terra Indígena Tupiniquim- Portaria MJ nº 1.463, de 27 de agosto de 2007.
Localização: Município de Aracruz, Estado do Espírito Santo.
Superfície: 14.227 hectares.
Perímetro: 54 km.
Sociedade Indígena: Tupiniquim e Guarani Mbyá.

Terra Indígena Comboios- Portaria MJ nº 1.464, de 27 de agosto de 2007.
Localização: Município de Aracruz, Estado do Espírito Santo.
Superfície: 3.800 hectares.
Perímetro: 51 km.
Sociedade Indígena: Tupiniquim e Guarani Mbyá.

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UFPE oferece curso de Licenciatura Intercultural para professores indígenas

27 de agosto A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai implementar, a partir de 2008, o Programa de Formação para Professores Indígenas do Estado de Pernambuco, destinado a formar professores indígenas com o curso de Licenciatura em Educação Intercultural. Neste programa, serão atendidos 180 profissionais que já lecionam nas comunidades indígenas em turmas dos Ensinos Fundamental e Médio. Ainda no segundo semestre deste ano, será lançado edital de seleção para os professores, indicando como será feito o processo seletivo, que incluirá a apresentação de um memorial dos últimos dois anos de atividades docentes, uma prova de avaliação escrita e uma carta de apresentação do chefe da comunidade indígena em que o professor já ensina.

A implementação do programa foi decidida pelo Conselho Coordenador de Ensino Pesquisa e Extensão (CCPE) da UFPE, no mês de julho. O curso de Licenciatura Intercultural será ministrado no Campus do Agreste, sediado em Caruaru, o que vai facilitar a participação dos professores, por conta de maior proximidade com os demais municípios do interior. Serão oferecidas três áreas de concentração: Linguagem e Artes, Ciências da Terra e da Natureza e Ciências Humanas e Sociais.

A iniciativa é uma parceria interinstitucional, pois contará com professores da UFPE – inclusive do Campus do Recife -, da Universidade do Estado do Pernambuco (UPE), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e de profissionais do Centro de Cultura Luiz Freire. Conta-se ainda com a parceria da Funai e da Secretaria Estadual de Educação.

Segundo os professores Allene Lage e Nélio Melo, membros da comissão de elaboração do projeto, a realização do curso abre uma nova perspectiva na relação da Universidade com os povos indígenas, assim como justifica o programa de interiorização da própria UFPE. "Criamos uma relação mais democrática com estes povos historicamente excluídos", afirma ele. O programa de formação vai levar em consideração o envolvimento do professor indígena e de sua realidade econômica, política social buscando a efetiva participação de sua realidade escolar e uma interdisciplinaridade no processo de planejamento e execução do programa de formação de professores indígenas, explica, ainda, Nélio Melo, vice-diretor do Campus do Agreste.

O curso deverá terá o mesmo rigor dos demais cursos de Licenciatura da UFPE, mas será desenvolvido em módulos, com atividades presenciais, práticas de estudos cooperados e estágios supervisionados. A implementação do programa é fruto de trabalho conjunto da Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad), Núcleo de Formação de Docentes do Campus do Agreste, Núcleo de Estudos sobre Etnicidade (Nepe) e Núcleo de Estudos Indigenistas (NEI) do Campus de Recife, além da Comissão de Professores Indígenas (Copipe).

Em Pernambuco, segundo a Secretaria de Educação, existem 120 escolas indígenas, 639 professores e, aproximadamente dez mil alunos distribuídos entre os 11 povos: Atikum, Truká, Kambiwá, Kapinawá, Fulni-ô, Tuxá, Pankararu, Xukuru, Pipipã, Pankararu e Pankaiuká, que vivem no Agreste e no Sertão. Todas as escolas indígenas são estaduais. Destas escolas, apenas três oferecem o ensino de 5a a 8a séries e duas têm o Ensino Médio.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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