Desenvolvimento Industrial
- 29/08/2007 - A Universidade de São
Paulo (USP), com o apoio da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep/MCT), investiga
o uso de diferentes fibras
e resíduos agro-industriais (fibras
de malva, banana, coco, sisal e eucalipto),
além de resíduos siderúrgicos
(escória de alto-forno) na fabricação
de fibrocimento vegetal, uma alternativa para
a substituição do amianto.
Coordenadas pelo professor
Holmer Savastano Júnior, as principais
frentes de pesquisa envolvem a seleção
das fibras e sua adequação ao
cimento, a determinação das
propriedades mecânicas, físicas,
químicas e microestruturais do novo
material, além de estudos de envelhecimento
para avaliação da durabilidade.
A USP já depositou
duas patentes junto ao Instituto Nacional
de Propriedade Intelectual (INPI). Um dos
pedidos de proteção foi depositado
em maio de 2006 e resguarda um método
para melhoria do comportamento mecânico
de componentes de fibrocimento - mistura de
cimento, fibras vegetais e sintéticas.
A outra patente, depositada em 2002, solicita
proteção intelectual do produto
e dos processos de produção
de uma telha de fibrocimento vegetal.
A solicitação
da patente para a telha de fibrocimento vegetal
mostra a consolidação de uma
linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida
desde 1996 pelo Grupo de Construções
Rurais e Ambiência, da Faculdade de
Zootecnia e Engenharia de Alimentos. O grupo
surgiu na Escola Politécnica da USP
e continua trabalhando em cooperação
com seus pesquisadores. A meta dos estudos
é a substituição do amianto,
fibra mineral usada na fabricação
de telhas e caixas d´água, entre
outros componentes.
Além da Finep, as
pesquisas contam com apoio financeiro de empresas
e outras instituições financiadoras
de pesquisa, como Fapesp, através do
Programa de Tecnologia de Habitação
(Habitare). Junto ao Habitare foram apoiados
os projetos ´Desenvolvimento de tecnologia
para fabricação de telhas de
fibrocimento`, ´Sistemas de cobertura
para construções de baixo custo:
uso de fibras vegetais e de outros resíduos
agroindustriais` e ´Tecnologia para
fabricação de fibras acrílicas
de baixo custo para produtos de fibrocimento`.
No caso da patente que resguarda
a metodologia para melhoria do comportamento
mecânico do fibrocimento, são
inovações e modificações
do processo Hatschek - o mais empregado na
produção de chapas planas e
telhas de fibrocimento para a construção
civil. Este processo consiste em produzir
chapas de fibrocimento compostas de diferentes
camadas e que, ainda no estado fresco, podem
ser modeladas para produzir telhas onduladas
e acessórios para a construção
civil. Essa patente está sob responsabilidade
do professor Vanderley M. John, do Departamento
de Engenharia de Construção
Civil da Escola Politécnica da USP.
De acordo com os professores
envolvidos, a metodologia tem grande potencial
de aplicação nas indústrias
de fibrocimento, pois proporciona melhor desempenho
mecânico sem aumentar o custo dos componentes.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Programa
Habitare)
Departamento de Comunicação
da Finep