Natal (03/09/07) - A Superintendência
do Ibama no Rio Grande do Norte assinou um
convênio com a Petrobras, com a Fundação
norte-rio-grandense (Funpec) e com a Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com
o objetivo de incentivar projetos de preservação
ambiental em áreas marítimas
e terrestres da bacia potiguar. O Instituto
vai coordenar um programa elaborado pela UFRN,
que irá contemplar
sete projetos que serão desenvolvidos
mediante recursos liberados pela Petrobras.
Cerca de R$ 2,1 milhões serão
liberados para abranger o convênio entre
2007 e 2009.
Os projetos que serão
coordenados pelo Ibama no convênio são
os seguintes: A avaliação do
Programa Agentes Ambientais Voluntários
(AVV) do Ibama, com atividades nas seguintes
Unidades de Conservação: Reserva
de Desenvolvimento Sustentável Estadual
Ponta do Tubarão, Estação
Ecológica do Seridó e nas Florestas
Nacionais de Nísia Floresta e de Açu,
projeto que vai avaliar a eficiência
do programa que incentiva a participação
comunitária nas ações
de monitoramento e fiscalização.
Inicialmente participarão do projeto
15 novos agentes.
A metodologia para coleta,
beneficiamento e armazenamento de sementes
florestais de essências nativas no Rio
Grande do Norte, para a recuperação
de áreas degradadas ao disponibilizar
sementes de espécies nativas da caatinga,
ajudando ainda na identificação
e marcação de espécies
florestais da região.
O monitoramento da atividade
pesqueira no litoral do RN, para a estimativa
da produção pesqueira e caracterização
da frota e dos aparelhos de pesca utilizados
em sete municípios. A partir destes
dados serão geradas informações
estatísticas sobre a pesca marítima
e estuarina (pesca em ambiente onde ocorre
o encontro da água doce com a salgada)
nesses municípios, para subsidiar a
administração dos recursos pesqueiros.
O diagnóstico de
ocorrência de tartarugas marinhas entre
os municípios de Galinhos e Porto do
Mangue, que identificará as espécies
encontradas ao longo de 90 km, entre estes
municípios, bem como quais áreas
serão prioritárias para a reprodução,
e sua sazonalidade, e executará ainda
atividades de educação ambiental
para as comunidades envolvidas.
O monitoramento e manejo
de áreas de reprodução
de tartarugas marinhas no litoral sul do estado
para identificar as tendências na dinâmica
da população de tartarugas marinhas
(declínio e estabilidade) com a finalidade
da difusão de conhecimento e práticas
que contribuirão para a preservação
da espécie.
A operacionalização
da base científica da Reserva Biológica
do Atol das Rocas. O projeto contribuirá
para a manutenção das equipes
de pesquisadores e de patrulheiros na Unidade
de Conservação federal, distante
267 km de Natal. Serão realizadas atividades
de educação ambiental e divulgação
das atividades de pesquisa realizadas na área.
O desenvolvimento de metodologia
para implantação de rede de
informações sobre a desertificação
no Estado do Rio Grande do Norte. Esse projeto
desenvolverá e avaliará uma
metodologia para implantação
de uma rede interinstitucional de informação
e documentação sobre o processo
de desertificação no Estado.
Será criado um espaço de referência
para o debate do tema Desertificação
no RN.
+ Mais
Expedição
às nascentes do Rio Parnaíba
Teresina (04/09/07) - A
Superintendência do Ibama no Piauí
está apoiando uma iniciativa inédita
no estado.Trata-se da Expedição
Nascentes que vai acontecer entre os dias
seis e nove, neste mês de setembro.
O objetivo é despertar e mobilizar
a população para a importância
das nascentes do Parnaíba, o segundo
maior rio do nordeste, com 1400 km de extensão.
Além de promover a implantação
efetiva do Parque Nacional das Nascentes que
visa garantir a sua preservação.
A proposta é da Ordem
dos Advogados do Brasil, secção
Piauí, com a participação
da Universidade Federal, Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, Departamento de Obras Contra
Seca, Associação dos Juizes
Federais, Fundação do Rio Parnaíba
– Furpa, Mais Vida, Desert, e outras organizações
da sociedade civil e governamentais.
A expedição
com o Tema “Nascentes Urgentes” é um
marco na luta da sociedade pela preservação
do Rio Parnaíba e também pretende
chamar a atenção para as questões
que ainda precisam ser solucionadas com relação
à implantação do Parque
Nacional das Nascentes. Criado em 2002, com
aproximadamente 749 mil hectares, o parque
está encravado no quadrilátero
dos estados do Piauí, Maranhão,
Bahia e Tocantins, mas apresenta problemas
fundiários, de demarcação,
e outras pendências judiciais.
A expedição
com mais de sessenta pessoas parte de Teresina
dia seis, quinta-feira, pela manhã,
e vai percorrer 900 km até as Nascentes
Parnaíba onde irão acampar.Também
serão realizados atos públicos
na cidade ribeirinha de Floriano, em Cristino
Castro, onde se localiza o maior lençol
freático, Gilbués que apresenta
áreas degradadas com desertificação
e Corrente, cidade pólo onde funciona
o Escritório do Ibama e o Instituto
Chico Mendes no Parque das Nascentes.