Brasília (04/09/07)
– Cento e vinte pessoas, entre servidores
e brigadistas do Ibama, Bombeiros, Defesa
Civil/Sema-MT, Aeronáutica, ONG Aderco
e do Projeto Quadrante e voluntários,
estão empenhadas em conter o fogo que,
desde o último sábado, 1º,
avança sobre o Parque Nacional da Chapada
dos Guimarães. Elas combatem as chamas,
dia e a noite, em turno de revezamento.
Um helicóptero da Polícia Militar
está lançando água nos
locais mais críticos e inacessíveis.
O incêndio pode ter destruído
cerca de 3 mil hectares, cerca de um por cento
da área do parque e mais 6 mil hectares
no entorno do Parque.
O Centro Nacional de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo),
do Ibama, coordena a ação e
montou uma base operacional na região
da Comunidade São Jerônimo, além
da base do Parque na região Rio Mutuca.
A região do incêndio é
montanhosa, com vales e paredões dificultando
o acesso do pessoal envolvido no combate que
tem que fazer o trecho final a pé carregando
equipamentos. O incêndio atingiu o sul
do Parque, chegou ao Morro de São Jerônimo
e regiões próximas e ameaça
toda a região das cachoeiras e o Véu
de Noiva, principal ponto de visitação
do Parque Nacional.
Até o momento, toda
a região do morro de São Jerônimo,
do Caminho das Pedras, e uma extensa região
de cerrado, matas de encosta e outras matas,
que abriga grande variedade de animais e vegetais,
foram totalmente consumidas pelo fogo e poderão
levar anos para se recomporem. Na região
onde está ocorrendo o incêndio
há morrarias, paredões, vales,
matas de encosta e matas de galeria que são
muito usados para refúgio, construção
de ninhos e alimentação de animais.
O Superintendente do Ibama
no Mato Grosso, Paulo Maier procura firmar
acordo com o Governo do Estado para utilização
de mais duas aeronaves agrícolas com
capacidade entre 1500 a 1800 litros de água
a fim de auxiliarem no controle das chamas.
Além disso, segundo Maier, outros brigadistas
que estão atuando em unidades de conservação
vizinhas já foram requisitados para
reforçar a equipe. “Desde o início
do período da seca, os servidores vêm
combatendo focos no entorno. Mas, o calor
intenso aliado à baixa umidade relativa
do ar (em torno de 20%) contribuiu para que
as chamas se espalhassem rapidamente”, observa
Maier.
Elmo Monteiro, Chefe do
Centro Nacional de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo),
do Ibama, informa que foi enviado ao Parna
Chapada dos Guimarães um especialista
na área e que, o helicóptero
utilizado no controle dos focos no Parna Chapada
dos Veadeiros será deslocado para auxiliar
nas ações locais. “Enfrentamos
um ano atípico, com um período
muito prolongado de seca em toda a Região
Centro-Oeste. Apesar disso, o Ibama está
tomando todas as medidas para minimizar os
danos que advêm dessas situações
de emergência”, observa.
Parna Chapada dos Guimarães
- criado em 12 de abril de 1989, ocupa uma
área de 32.630 ha, na região
centro-sul do Mato Grosso, abrangendo áreas
dos municípios de Cuiabá e Chapada
dos Guimarães. O Parque faz parte da
Reserva da Biosfera do Pantanal e também
está inserido na Área de Proteção
Ambiental Chapada dos Guimarães, Unidade
de Conservação Estadual, maior
que 250.000 ha, decretada em 1995.
Os principais objetivos
do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
são: proteger amostras significativas
dos ecossistemas locais, assegurando a preservação
dos recursos naturais e dos sítios
arqueológicos existentes e proporcionando
uso adequado para visitação,
educação e pesquisa.
A vegetação
é caracterizada por formações
de mata semidecídua, cerradão,
cerrado, campo sujo, campo limpo e campo rupestre.
A fauna é bastante variada, com presença
de grandes predadores (ex.: onça-parda,
onça-pintada, gavião-real) e
de animais sensíveis, raros ou ameaçados
(ex.: urubu-rei, sanhaçu-de-coleira
e tatu-canastra). Há 46 sítios
arqueológicos registrados e ainda não
estudados dentro do Parque.
Ascom Sede
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
+ Mais
Continuam as operações
contra incêndios nos parques nacionais
Brasília (05/09/07)
– Segundo o coordenador do Centro Nacional
de Prevenção e Combate a Incêndios
Florestais (Prevfogo), do Ibama, Elmo Monteiro,
a situação no Parna Chapada
das Mesas, no estado do Maranhão, está
controlada. O helicóptero do Ibama
constatou pequenos focos de incêndio
no interior da unidade de conservação
que estão sendo combatidos pela equipe
de brigadistas. Eles trabalham com bombas
costeiras e abafadores para proteger o interior
e as vias que margeiam o parque contra novos
incêndios.
Elmo Monteiro alerta a população
do entorno do parque, a maioria moradores
de assentamentos rurais, para não realizar
nenhum tipo de queima para limpeza do pasto
ou da terra, como é o costume nessas
comunidades. “Numa área em que os fatores
climáticos contribuem para a proliferação
dos incêndios, deve-se ter muito cuidado
para não contribuir para o início
deles”, ressalta Monteiro.
A equipe que atua no Parna
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso,
foi reforçada e já conta com
300 pessoas estão empenhadas em controlar
os focos de incêndio. A Aeronáutica
dá apoio à operação
com homens e aeronaves. Segundo imagens de
satélite obtidas hoje, o fogo consumiu
cerca de 2.500 hectares da área do
parque.
No estado de Goiás,
cem brigadistas do Centro Nacional de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo),
do Ibama, e voluntários combatem há
uma semana focos de incêndio que já
atingiram mais de 20 mil hectares do Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros. Até
o domingo passado, as chamas haviam sido controladas,
porém, novos focos foram detectados
por satélite e confirmados em campo.
Uma aeronave dá apoio à operação.
O parque foi fechado para visitação
e só reabrirá quando não
houver riscos para os turistas.
+ Mais
Ibama combate fogo na Floresta
Nacional de Carajás
Brasília (06/09/07)
– Incêndios detectados na Floresta Nacional
(Flona) de Carajás, município
de Parauapebas, sudeste do estado do Pará,
deixaram a unidade de conservação
federal em alerta vermelho. Vinte e cinco
brigadistas capacitados pelo Ibama combatem
os focos com a ajuda de um helicóptero.
O fogo teve início há duas semanas
no entorno da flona e consumiu 700 hectares
da floresta nacional. O Ibama apura a origem
dos incêndios.
A equipe de brigadistas
conseguiu extinguir quatro incêndios,
mas no fim do mês de agosto, o monitoramento
por satélite identificou um novo foco
no Morro do Pium, no sul da floresta. Para
coordenar os trabalhos no local, que é
de difícil acesso, o Ibama montou uma
base logística na Serra Sul, no interior
da flona. De lá, brigadistas são
transportados pela aeronave até o local
do incêndio. O helicóptero também
é utilizado para despejar água
sobre as chamas. O clima quente e seco, aliado
aos fortes ventos, favorece a dispersão
dos focos.
O Chefe da Flona Carajás,
Frederico Drumond Martins, informa que dos
três focos de incêndio que atingem
o Morro do Pium, dois já estão
sob controle. Ele observa que “embora a situação
seja preocupante, com a mobilização
das brigadas, a previsão é que,
em quatro dias, o fogo seja apagado”. Drumond
avalia que, devido às constantes capacitações
realizadas pelo Centro Nacional de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo),
a eficiência no combate a incêndios
na unidade aumentou em relação
a anos anteriores.
A Floresta Nacional de Carajás
possui uma área de 411.948 hectares.
Foi criada por Decreto Federal em 1998, tendo
como objetivo o uso múltiplo sustentável
dos recursos florestais e a pesquisa científica,
com ênfase em método para exploração
sustentável de florestas nativas. Em
2004, foi instituído o Conselho consultivo
da Flona presidido pelo Ibama e constituído
por representantes dos órgãos
públicos, de organizações
da sociedade civil e das populações
tradicionais residentes. Também em
2004, foi firmado parceria com a Companhia
Vale do Rio Doce para a implementação
do Programa de Prevenção e Combate
a Incêndios na Flona de Carajás,
que treina brigadistas para atuarem em situações
de emergência.
+ Mais
O Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros está em chamas
Goiânia (06/09/07)
- O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
– PNCV começou a queimar na semana
passada, na madrugada de quinta-feira (30),
só no domingo conseguiram controlar
os focos de incêndio. Até nesta
segunda-feira (03/09) já haviam sido
queimados 23.050,84 hectares. Segundo a analista
ambiental Simone Nunes Fonseca o fogo destruía
uma média de cinco hectares por dia.Entretanto,
ontem novos focos foram detectados por satélite
e confirmados em campo.
No momento a situação
esta fora de controle, são três
novas frentes de fogo. Os homens estão
em combate e uma aeronave dando apoio. O Parque
foi fechado ontem (05/09) para visitação
e só reabrirá quando o incêndio
for controlado.
Mirza Nóbrega