João
Pessoa (13/09/07) - Em reunião realizada
hoje, na sede da Superintendência do
Ibama na Paraíba, que contou com a
presença de representantes das instituições
de saúde, educação, agricultura
e meio ambiente do município, foi feita
uma avaliação das ações
realizadas com o objetivo de erradicar o molusco
Achatina fullica, mais conhecido como caracol-gigante
africano, que nos anos anteriores apareceu
em grandes quantidades em vários pontos
da cidade.
Graças às
campanhas de esclarecimento realizadas, e
à limpeza e conservação
dos terrenos baldios, a população
aprendeu a se defender da presença
do animal, principalmente mantendo limpo seus
quintais e áreas próximas de
suas residências. No entanto, devido
ao período das chuvas, ovos voltaram
a eclodir e algumas ocorrências, - embora
em menor número - voltaram a ser registradas,
o que motivou o Ibama a convocar a força-tarefa
composta pela Secretaria Municipal de Saúde
e Vigilância Ambiental, Secretaria Municipal
do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de
Educação, EMLUR, Secretaria
Municipal de Agricultura, EMEPA, Centro de
Zoonoses, e outras instituições
que compareceram para fazer uma avaliação
do problema e dos resultados alcançados,
tendo sido marcada uma outra reunião
para o dia 26 de setembro, ás 15:00
horas, no auditório do Ibama.
A origem do problema
O caracol-gigante-africano
foi introduzido há pelo menos 20 anos
no Brasil por particulares com fins de exploração
comercial, mas o projeto acabou não
dando certo, devido ao fato de que a nossa
cultura alimentar não estar habituada
ao consumo de escargots. Os criadores iniciais,
ao abandonarem seus projetos, não tiveram
o devido cuidado de eliminar seus criadouros,
de modo que os moluscos que tem espantosa
capacidade de reprodução, vem
se espalhando por várias regiões,
trazendo prejuízos ao meio ambiente,
atualmente constituindo-se uma praga agrícola,
podendo eliminar os caramujos nativos e trazer,
em alguns casos, problemas de saúde
à população, conforme
tem se verificado em outros países
onde ocorreu o mesmo problema
Como combater o caracol-gigante
africano
O pesquisador da EMEPA-PB,
Rêmulo Carvalho, desenvolveu um método
simples, porém eficaz para eliminar
o caracol: primeiro deve-se saber identificar
o caracol-gigante-africano dos caracóis
nativos, em seguida deve-se proteger a mão
com um saco plástico, coletar o caracol
e colocá-lo em um balde ou lata com
água e um pouco de sabão em
pó ou cal, em alguns minutos o animal
estará morto por afogamento (ao contrário
do caramujo nativo, o caracol africano não
respira embaixo da água). Deve-se então
queimar, enterrá-los ou então
pô-los em um saco plástico e
colocar no lixo. A Secretaria Municipal do
Meio Ambiente elaborou um folheto para ser
distribuído á população,
com todos os esclarecimentos necessários
para eliminação do caracol-gigante
africano. Informações podem
ser obtidas através dos telefones:
0800 2819208 e 3218 9208 (SEMAM), Centro de
Zoonoses: 3218 9357, EMLUR: 0800-832425, Secretaria
de Vigilância Ambiental: 3214 7969 e
Ibama: 3244 3464
Plano de Ação:
Controlar a Proliferação do
Caracol Gigante Africano em João Pessoa
Definição
de Competências de cada instituição:
Empresa de Limpeza Urbana
EMLUR: Promover a limpeza nas áreas
públicas; notificar proprietários
de áreas para mantê-las limpas;
participar de campanhas educativas;
Secretaria Municipal de
Meio Ambiente SEMAM: Orientar a população
como controlar a proliferação
do Caracol; bem como a forma de eliminá-los;
notificar os proprietários de áreas;
capacitação de multiplicadores
para o controle do referido animal; promover
campanhas educativas;
Secretaria Municipal de
Saúde Orientar a população
como controlar a proliferação
dos Caracóis, bem como a forma de eliminá-los;
captar denúncias de terrenos baldios
com condições propícias
para criadores de caracol, mosquito Aedes
e roedores e encaminhar os endereços
a SEMAM; promover campanhas educativas;
Ibama Identificar o organismo
por meio de vistorias; capacitar multiplicadores;
orientar a população sobre a
maneira de controlá-los e eliminá-los;
promover campanhas educativas;
Secretaria de Educação
e Cultura Capacitar professores sobre como
controlar o mencionado organismo. Acompanhar
as escolas municipais com relação
às medidas de controle do Caracol adotadas
por estas escolas; participar de campanhas
educativas;
Centro de Controle de Zoonoses
Orientação à população
sobre o controle do caracol; participar de
campanhas educativas.