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MINISTRO DO STF NEGA PEDIDO PARA SUSPENDER AMPLIAÇÃO
DA ÁREA DE RAPOSA SERRA DO SOL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

13 de Setembro de 2007 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em nota divulgada hoje (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) informa que o ministro Carlos Ayres Britto negou na terça-feira (11) o pedido do governo do estado de Roraima para suspender a ampliação e a demarcação da área indígena Raposa Serra do Sol. O ministro, segundo a nota, argumentou que a questão já havia suscitado ações judiciais semelhantes e que, em todas, o plenário havia referendado decisões que negavam as liminares.

A ação ajuizada contra a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai), protocolada no dia 6, pedia suspensão, em parte, da Portaria 534/2005 do Ministério da Justiça e do decreto presidencial de 18 de abril de 2005, que tratam da ampliação e da demarcação da área indígena.

Autor da ação, o procurador-geral de Roraima, Regis Gurgel do Amaral Jereissati, alegou que teriam ocorrido “supostas ilegalidades no curso do processo administrativo de demarcação da terra indígena”: a portaria não exclui da reserva imóveis rurais titulados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) antes da Constituição de 1934, o que configuraria posse indígena imemorial.

Ainda segundo a nota do STF, o procurador ressaltou na ação que os beneficiários desses títulos definitivos cumpriram todas as exigências do Incra e alguns possuem certidão da Funai atestando que não há índios na área. E argumentou que a suspensão parcial dos efeitos da portaria e do decreto evitaria qualquer medida de desocupação dos imóveis até o julgamento final da ação cível originária que o governo do estado pretende levar ao próprio Supremo.

Homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de maio de 2005, a área tem 1,74 milhão de hectares (o equivalente a dois terços do território do estado de Sergipe) e abriga cerca de 18 mil índios. O processo de reassentamento dos não-índios começou no ano passado. O Incra já destinou 31,3 mil hectares de terras públicas da União para atender aos remanescentes.

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Recursos para desenvolvimento indígena crescerão em 2008, prevê presidente da Funai

12 de Setembro de 2007 - Luciana Vasconcelos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, avisou que no ano que vem o orçamento para fundação será 60% maior. Ele fez o comentário respondendo a pedido de mais investimentos do governo federal na feito por lideranças da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

"Dentro desse orçamento, os recursos voltados a programas de etnodesenvolvimento terão também um aumento significativo. Esperamos aumentar o investimento", disse o presidente da Funai. O pedido dos índios foi feito hoje (12) durante assinatura de carta-compromisso, no Palácio do Planalto, em Brasília.

"Não adianta ter terra demarcada se não tem nada produzido", disse o representante da Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos do Norte de Roraima (Sodiur) Lauro Joaquim Barbosa.

O coordenador-geral do Conselho Indigenista de Roraima (CIR), Dionito José de Souza, contou que os índios estão estudando e buscando melhorias na região. "Queremos mais investimentos", afirmou. "A gente teve que buscar o pensamento de empresário porque a gente foi chamado de preguiçosos, incapazes. Então nós queremos mostrar isso. Hoje somos pequenos fazendeiros, estamos estudando na academia [universidade]. Então, tudo isso representa uma disposição dos povos indígenas, uma preparação", observou.

O presidente da Funai rebateu as críticas de que índio é só quem "anda pelado na mata, caçando e pescando". Segundo ele, essa é uma visão ultrapassada. "Não é porque ele faz universidade, vira advogado ou médico que ele deixa de ser índio. Pelo contrário, a sua afirmação étnica é algo que ganha um contorno mais importante quando ele pode se afirmar sempre na sua cidadania", ressaltou.

A lei determina que os 1,7 milhão de hectares da Raposa Serra do Sol são de direito dos 18 mil indígenas que vivem na região. O decreto de homologação da área foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2005.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o processo de reassentamento dos não-índios da reserva vem sendo realizado desde o ano passado. Para atendê-los, o Incra destinou 31,3 mil hectares de terras da União e 188 famílias estão em processo de reassentamento, segundo informou o instituto.

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Carta estabelece responsabilidades na retirada de não-índios de Raposa Serra do Sol

12 de Setembro de 2007 - Luciana Vasconcelos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Lideranças da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, de Roraima assinaram, em Brasília, com o governo federal carta-compromisso com o objetivo de firmar responsabilidades entre os índios e a União no processo de desocupação da terra pelos não-índios.

De acordo com o documento assinado, os índios se comprometem a evitar confrontos e manter um relacionamento de respeito mútuo. Ainda segundo o texto, o governo federal deve assumir, com a participação dos indígenas, ação coordenada e sistemática para proteger os direitos dos povos.

Os índios pediram ainda a construção de políticas públicas e projetos de desenvolvimento sustentável na região. "Essa carta-compromisso representa um grande respeito e união dos povos indígenas e o fortalecimento com o governo federal", afirmou Dionito José de Souza, coordenador-geral do Conselho Indigenista de Roraima (CIR).

A Raposa Serra do Sol foi homologada em 15 de maio de 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A terra, de 1,74 milhão de hectares (o equivalente a dois terços do território de Sergipe), abriga aproximadamente 18 mil índios. O processo de reassentamento dos não-índios começou no ano passado. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já destinou 31,3 mil hectares de terras públicas da União para atender aos remanescentes.

Segundo a assessoria de imprensa do Incra, já foram atendidas 102 famílias, sendo 37 de pequenos produtores. Todos terão que sair, mas alguns fazendeiros ainda mostram resistência. O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, disse que os produtores estão na terra ilegalmente. Segundo ele, as indenizações pelas benfeitorias estão sendo repassadas e para quem se recusou a receber o governo federal ajuizou o pagamento.

"Queremos desocupação tranqüila. Eles terão que sair e queremos que isso seja feito na maior tranqüilidade para que o estado de Roraima continue seu processo de desenvolvimento, de crescimento respeitando o direito dos índios e dos não-índios", observou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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