Aquecimento Global - 19/09/2007
- Um balanço dos 15 anos da Rio-92,
a Conferência Rio+15 está sendo
realizada no Rio de Janeiro entre hoje (19)
e amanhã, reunindo
lideranças, empresários e executivos
da área de meio ambiente do mundo inteiro
para debater a experiência adquirida
nesse período. O evento é promovido
pela empresa Eco Securities, que presta consultoria
para o desenvolvimento de projetos no âmbito
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Na abertura do evento, o
coordenador geral de Mudança Global
do Clima do Ministério da Ciência
e Tecnologia, José Domingos Miguez,
fez um histórico do papel do Brasil
no processo. "O Brasil é um país
limpo, a base de nossa energia são
as usinas hidrelétricas e, embora não
tenhamos metas do Protocolo de Quioto a cumprir,
nossa participação tem sido
efetiva para evitar o aquecimento global do
Planeta".
Miguez cita que o País
sediou o maior evento sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento da Organizações
das Nações Unidas (ONU), em
1992, a própria Rio-92. Em 1997 apresentou
a proposta que basearia o Protocolo de Quioto,
os projetos em MDL, que prevêem a redução
de 3,8 bilhões de toneladas de emissão
de gases de efeito estufa em sete anos. Hoje,
o País ocupa o 3º lugar em projetos
desse tipo registrados no mundo, além
das conquistas na redução do
desmatamento da Amazônia. "Nosso
balanço é positivo", afirmou.
Também participou
da abertura o canadense Maurice Strong, que
foi secretário da Rio-92 e atualmente
mora na China. Por meio de videoconferência,
ele fez uma análise do processo e ressaltou
a necessidade, sem precedentes, da colaboração
internacional em prol do Planeta.
Segundo Strong, não
há como restringir o desenvolvimento
econômico dos países em desenvolvimento
com a imposição de metas. Ele
defende o princípio da responsabilidade
comum, mas diferenciada, que norteia o Protocolo
de Quioto, ou seja, que os países que
tenham maior responsabilidade com o aquecimento
global que assumam maiores compromissos com
a redução dos gases de efeito
estufa.
A reunião elaborará
um documento que será apresentado na
13º Conferência da Partes da Conferência
do Clima da ONU (COP 13) , que acontecerá
em Bali, na Indonésia, em dezembro.
Rio-92
Há mais de 30 anos, o Brasil assumiu
seu compromisso com o meio ambiente, quando
participou da Conferência da ONU sobre
o Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia,
em 1975, a primeira reunião internacional
com o objetivo de discutir o tema. Mas, foi
a Conferência de 1992, que ficou conhecida
como Rio-92 ou ECO-92 e que reuniu 175 países,
que abriu o caminho para o diálogo
e criou compromissos específicos.
Entre esses compromissos,
a Convenção sobre Mudança
do Clima, sobre Biodiversidade e também
uma Declaração sobre Florestas,
além de dois documentos, como a Declaração
do Rio e a Agenda 21.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT
+ Mais
Fiocruz reúne cientistas
e jornalistas para debater mudanças
climáticas
Divulgação
Científica - 19/09/2007 - Encontro
terá convidados do Brasil e do exterior,
e será transmitido via internet, pelo
endereço: www.museudavida.fiocruz.br/clima.htm
Elevação do nível do
mar, desertificação de diferentes
áreas nos cinco continentes, furacões
mais intensos, derretimento de geleiras, enchentes
e secas cada vez mais violentas, aumento da
temperatura média do Planeta, risco
de extinção de diferentes espécies
animais e vegetais, perspectiva de falta de
alimentos e escassez de água – eis
alguns dos efeitos das mudanças climáticas
que cada vez mais têm mobilizado cientistas,
ambientalistas, governos e organizações
não-governamentais e atraído
a atenção da imprensa.
Contudo, há realmente
um fundo de verdade nas projeções
sobre os efeitos da mudança no clima
ou em determinados casos a imprensa atua com
sensacionalismo na cobertura do tema? Em que
medida a imprensa pode melhorar a abordagem
que faz do tema?
Para discutir essas e outras
questões – como o perfil da cobertura
da mídia sobre o tema e como tornar
a linguagem e os conceitos científicos
mais atraentes e acessíveis ao público
geral – é que a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove nesta sexta-feira
(21) o workshop Mudanças climáticas:
como cobrir e divulgar o assunto?
O encontro contará
com a participação de cientistas
e jornalistas com grande destaque no cenário
nacional e internacional na área de
mudanças climáticas.
"O objetivo do workshop
é oferecer informações
confiáveis e dicas práticas
a jornalistas, comunicadores e profissionais
de diferentes segmentos que trabalham com
divulgação científica
sobre como cobrir temas relacionados à
mudança climática e como estabelecer
um diálogo com a sociedade neste assunto",
diz a organizadora do encontro, Luisa Massarani,
jornalista e pesquisadora da Fiocruz, especializada
em divulgação científica.
Um dos convidados, o pesquisador
Jose Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas
Especiais (Inpe/MCT), dará dicas de
questões que podem ser mais bem exploradas
por jornalistas e divulgadores de ciência
e fará uma avaliação
da cobertura da imprensa no Brasil e no mundo.
Ulisses Confalonieri, da
Fiocruz, que integra o Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC)
estabelecido pela Organização
Meteorológica Mundial e outras agências
das Nações Unidas, destacará
informações essenciais relacionadas
a mudanças climáticas e saúde
que devem ser consideradas no diálogo
com o público.
Outro brasileiro que participará
do debate, o jornalista Carlos Fioravanti,
apresentará um estudo no qual compara
as coberturas do jornal inglês The Independent
e da Folha de S. Paulo.
Com mais de dez anos de
experiência na área de divulgação
científica, tendo escrito livros, artigos
de jornais, revistas e sites, para adultos
e crianças, o australiano Simon Torok
irá discutir formas de preparar textos
mais interessantes sobre mudanças climáticas.
Já o inglês
Mike Shanahan, assessor de imprensa do Instituto
Internacional para Ambiente e Desenvolvimento
do Reino Unido, discutirá a mídia
e a agenda internacional, destacando a necessidade
da imprensa oferecer maior inserção
às vulnerabilidades sócio-econômicas
dos países em desenvolvimento.
O evento, gratuito, terá
tradução simultânea. Não
há necessidade de inscrição.
O workshop será transmitido pela internet
no endereço www.museudavida.fiocruz.br/clima.htm
Internautas poderão
interagir com os palestrantes, através
do envio em tempo real de perguntas e comentários.
O workshop é organizado pelo Museu
da Vida/Casa de Oswaldo Cruz da Fiocruz, com
o apoio do Programa de Comunicação
em Mudanças Climáticas da Embaixada
do Reino Unido no Brasil.
(As informações são da
Assessoria de Imprensa da Fiocruz)
Assessoria de Imprensa do MCT