Panorama
 
 
 

ESPECIALISTA BRITÂNICO DESTACA AÇÃO DO PR COM MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2007

26/09/2007 - O representante do Comitê de Meio Ambiente do Reino Unido e coordenador da Associação Mundial dos Cientistas especializados em Plásticos Oxibiodegradáveis, Michael Stephen, disse nesta terça-feira (25), no plenário da Assembléia Legislativa, que o Paraná está fomentando o debate e exigindo soluções dos grandes geradores de resíduos, ao se referir à substituição do uso de sacolas plásticas no Estado.

“Os resíduos plásticos são, atualmente, um problema para todos nós, independente de onde vivemos. Mas enquanto as pessoas discutem os resíduos estão se acumulando e o que as pessoas estão fazendo? Nada”, declarou Stephen. Segundo ele, no Paraná a situação é diferente. “As autoridades estão fomentando o debate e exigindo soluções dos grandes geradores de resíduos.Viajando pelo mundo falarei a todos os legisladores sobre o trabalho que o governo do estado vem fazendo pelo meio ambiente do Paraná”, destacou o especialista.

A Secretaria do Meio Ambiente e a Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná trouxeram especialistas nacionais e internacionais para discutir no plenário da Assembléia Legislativa a substituição das sacolas convencionais por modelos ecológicos alternativos, entre eles, as sacolas oxi-biodegradáveis.

O secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, lembrou que o Paraná foi pioneiro nas discussões sobre as sacolas e acredita que a oportunidade de ouvir um especialista, internacionalmente referenciado, ajuda a responder várias dúvidas sobre o tema. “O plástico é uma das preocupações ambientais da atualidade pelo seu tempo de decomposição, em torno de 400 anos, sendo que de cada 100 sacolas produzidas 85 são descartadas no meio ambiente”, afirmou.

Segundo ele, por isso o Governo estará aberto a qualquer alternativa apresentada que cause menor impacto ao meio ambiente. Para a Assembléia Legislativa, contar com laudos técnicos científicos, realizados em laboratórios credenciados, é fundamental para a criação de uma legislação eficaz, capaz de exigir e punir os responsáveis pelo passivo ambiental que geram ao Estado.

O deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, disse que o objetivo do debate é subsidiar os deputados para legislarem sobre o tema. “Temos dois projetos de lei tramitando na casa e a Comissão de Ecologia e Meio Ambiente tem o dever de trazer mais informações e instrumentos para embasar a discussão”, ressaltou Cheida. Além do deputado Cheida, participaram da discussão a deputada estadual Rosane Ferreira (PV), Stephanes Junior (PMDB) e Artagão de Mattos Leão (PMDB).

O professor e pesquisador especialista no Centro de Pesquisas e Desenvolvimentos Petroquímicos da Universidade Luterana do Brasil, Telmo Ojeda, também presente à discussão afirmou que “o Paraná é uma espécie de centro ecológico do Brasil”. “É fundamental que alternativas às sacolas convencionais sejam debatidas e o Paraná está de parabéns por esta iniciativa”, elogiou Ojeda. Sobre as polêmicas em torno dos efeitos causados pelo produto oxi-biodegradavel ao meio ambiente, tanto Stephen como Ojeda, disseram que o produto está sendo utilizado em 53 países sem qualquer informação sobre danos a natureza.

O Ministério do Meio Ambiente enviou ao Paraná o analista ambiental Joaquim Antonio de Oliveira para acompanhar o assunto. “O Ministério tem acompanhado as discussões devido ao grande numero de propostas e projetos de lei estaduais. A discussão é estimulante e muda o panorama do plástico representando uma bifurcação de caminhos. Mais uma vez o Paraná sai a frente, pois é considerado berço da ecologia, tem atitudes e preocupações exemplares aos demais estados brasileiros”, comentou Joaquim.

Como funciona o plástico oxi-bio - Michael Stephen explicou que para produzir o plástico oxi-biodegradável não é necessário modificar sua estrutura industrial. Segundo ele, uma pequena quantidade de aditivos bio-degradáveis (D2W) é introduzida durante o processo de fabricação, mudando a estrutura do plástico e reduzindo o peso da molécula de modo que bactérias e fungos possam acessa-lo e consumi-lo. “O tempo de decomposição é controlado e pode variar de poucos meses a muitos anos. Já o custo de utilização desses aditivos são baixos ou perto de zero, pois o maquinário não é alterado”, detalhou Stephen.

O especialista lembrou ainda, que os plásticos oxibiodegradáveis não são somente fragmentados como uma solução ao acúmulo de material no ambiente. “Com os aditivos, ele pode ser consumido por bactérias e fungos, pois há redução da complexidade molecular, permitindo que microorganismos acessem o carbono e o hidrogênio. O processo só termina quando restar apenas monóxido de carbono, água e humus e não houver fragmentos de polímeros no solo”, destacou.

Para finalizar, Michael Stephen, chamou a atenção de que não existem recursos naturais no mundo suficientes para suprir a demanda da produção de plástico no mundo. “A concorrência para usar terra e água está crescendo a cada dia e prejudicando, inclusive, a alimentação de animais em alguns países”, finalizou.

Oxi-biodegradáveis em Teste - Desde que o assunto sobre as oxibiodegradáveis entrou em pauta, vários laudos científicos foram publicados. No Brasil, desde o início de 2004 a Universidade Luterana realiza testes com o plástico oxibiodegradável. Os testes consistem em uma fase inicial, quando o plástico é exposto a condições que reproduzem o meio ambiente (o objetivo é avaliar a degradação oxidativa) e uma segunda fase onde o material já biodegradado é testado em compostos e solos.

Os estudos da Universidade resultaram na emissão de um documento que comprova que o aditivo d2w torna o plástico oxibiodegradável. No exterior, entidades como a Gerald Scott (Reino Unido), Emo Chiellini (Itália) e Ana Cristina Albertsson (Suécia) também testaram e comprovaram a decomposição desse tipo de plástico. Outros testes ecológicos comprovaram que o plástico oxibiodegradável é inofensivo à geminação de sementes, crescimento vegetal e sobrevivência de organismos.

Uso no mundo - Produtos alimentícios podem passar por contato direto e de longa duração com os plásticos oxidegradáveis, em temperaturas até 40 graus centígrados. Empresas de varejo no Reino Unido e Portugal e grandes como o Walmart e Pizza Hut já utilizam a tecnologia e padronizaram o emprego do plástico ecologicamente correto para embalar alimentos. Em maio deste ano, a Associação dos Editores de Jornais do Reino Unido recomendou a todos os seus membros a utilização desse plástico em suas embalagens.

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Conscientização ambiental é tema de oficinas em Ponta Grossa

27/09/2007 - Além de promover a diversidade cultural entre os jovens, a quarta edição do Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera) - que acontece até o próximo sábado (29) em Ponta Grossa – também irá estimular a conscientização ambiental dos participantes. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio da Coordenadoria de Educação Ambiental, conta com três oficinas no festival.

Uma delas ensina o preparo de receitas que resgatam pratos típicos do Estado, em especial, da cultura indígena – que usa, de forma abundante, alimentos mandioca, milho, amendoim e batata. “Esta é uma oportunidade para que nossos educadores ambientais falem sobre produção orgânica e prejuízos ambientais do uso do agrotóxico, por exemplo”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “Todas as atividades programadas são assim: atrativas e com conteúdo”, acrescentou. As aulas que ensinam receitas com alto teor nutritivo e de baixo custo serão realizadas no Colégio Estadual Meneleu Torres.

A cultura indígena também é homenageada na definição dos nomes de cada etapa do projeto. A etapa realizada em Ponta Grossa leva o nome da etnia Xocleng; a de outubro, que terá como sede o município de Medianeira, será a Guarani; e, a última etapa do ano, que será realizada no mês de novembro em Cambé, será a Caigangue.

Outra oficina promovida pela Secretaria do Meio Ambiente irá abordar o reaproveitamento de materiais e coleta seletiva nos espaços ocupados pelo evento. Intitulada “Magia do Lixo”, “a atividade ensina passo a passo como fazer o material reciclável virar instrumento musical, transformando o lixo em objetos úteis para o dia-a-dia”, segundo a coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria, Rosa Riskalla.

Visitas em parques e unidades de conservação compõem a terceira oficina ambiental. No município de Ponta Grossa, monitores e docentes têm a possibilidade de fazer um passeio até o Parque Estadual de Vila Velha. “A Visita ao Patrimônio Natural, como é chamada a atividade, visa despertar uma postura de preservação e estimular, entre os participantes, o contato com a natureza”, concluiu a educadora ambiental da Secretaria, Fátima Jacob.

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Conferências Regionais do Meio Ambiente vão discutir Mudanças Climáticas

27/09/2007 - Nesta semana, a rede britânica de jornalismo BBC divulgou uma pesquisa feita com cerca de 22 mil pessoas de 21 países para avaliar a opinião da sociedade sobre o aquecimento global. No Brasil, a enquete concluiu que 76% dos entrevistados se preocupam com as mudanças climáticas e 63% concordam com a redução de emissões de gases pelos países desenvolvidos. A pesquisa ainda apontou que oito em cada dez pessoas acreditam que a atividade humana contribui para as causas do aumento da temperatura.

Em outubro será a vez dos paranaenses manifestarem sua opinião sobre o aquecimento global, durante as Conferências Regionais de Meio Ambiente. Neste ano os debates terão como tema as Mudanças Climáticas e serão realizados em 13 municípios paranaenses até o mês de novembro, envolvendo toda a sociedade civil, empresarial e governamental na busca por soluções para os problemas ambientais. O resultado dos debates será apresentado por delegados, eleitos nos encontros regionais, na 3a Conferência Estadual de Meio Ambiente.

“As conferências regionais são essenciais ao processo de elaboração de propostas para as conferências estadual e nacional, mas são ainda mais importantes quando discutem os problemas locais com quem os conhece, dando oportunidade à população de participar da construção de um futuro melhor”, destacou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. A Conferência Estadual do Meio Ambiente auxilia na formulação de políticas públicas para o Paraná e as propostas debatidas nela também são encaminhadas à Conferência Nacional do Meio Ambiente.

Para o secretário, os debates estimularão o desenvolvimento de ações para o combate ao aquecimento global. “O trabalho é grande e contaremos com a participação de todos. Vamos discutir a importância da preservação e os danos que as mudanças climáticas podem causar. E mostraremos que somente juntos é que poderemos mudar”, declarou.

Ele acrescentou que o trabalho para elaborar a política estadual sobre o tema teve início no Estado ainda em 2005, com a criação do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas. “Antes mesmo da conclusão do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Secretaria do Meio Ambiente instalou o Fórum para discutir com a sociedade paranaense formas de reduzir a poluição atmosférica”, explicou.

Em seguida veio a criação de uma coordenadoria específica para auxiliar na elaboração de políticas públicas sobre o tema. “A idéia é construir, até 2010, uma política estadual de mudanças climáticas”, disse o secretário.

CONSCIENTIZAÇÃO - Ações de educação ambiental, como a cartilha “Entendendo Mudanças Climáticas” e o workshop “Comunicando as Mudanças Climáticas”, também tiveram como objetivo popularizar a discussão sobre o assunto.

A publicação traz dicas práticas para reduzir o aquecimento global e informações sobre causas e conseqüências do efeito estufa. O material é disponibilizado para comunidade em geral, escolas da rede pública de ensino e pode ainda ser solicitado pela internet (www.pr.gov.br/meioambiente) .

“Já o workshop reuniu cerca de 200 profissionais que atuam na área de comunicação social e educação ambiental para discutir estratégias de divulgação sobre o tema e formar multiplicadores para auxiliar o trabalho do Estado no combate ao aquecimento global”, comentou a coordenadora de Mudanças Climáticas da Secretaria, Manyu Chang.

Além disso, o secretário lembrou que o Paraná é um dos Estados que mais tem contribuído com o seqüestro de carbono - por meio do Programa Mata Ciliar, que já promoveu o plantio de aproximadamente 65 milhões de mudas. “Que estão absorvendo da atmosfera mais de 370 mil toneladas de gás carbônico”, informou o secretário Rasca. Com este programa, o Paraná também é considerado o maior parceiro brasileiro da Organização das Nações Unidas (ONU) na campanha “Plantemos para o Planeta – Campanha do 1 Bilhão de Árvores”.

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Agricultor terá facilidades para aderir ao programa de Irrigação

26/09/2007 - O governador Requião anunciou nesta terça-feira (25), durante a Escola de Governo, no Museu Oscar Niemeyer, a criação de uma força-tarefa que visa facilitar os processos de autorização e vistoria do Programa Irrigação Noturna (PIN). Com a nova medida, os processos serão realizados pela Emater, não passando mais por outros órgãos do Estado. O governador declarou que vai eliminar a cobrança da outorga do uso de água do agricultor, efetuada pela Superintendência de Desenvolvimento e Recursos Hídricos (Sudersa).

Requião explicou que o Programa de Irrigação Noturna, além de beneficiar os agricultores do Paraná, é vantajoso para a Copel. “A turbina da Copel gira à noite, as empresas gastem ou não energia elétrica, e o uso de energia à noite pelas empresas é muito raro”, disse Requião. “Com a criação de uma força-tarefa, nós eliminamos a duplicidade de órgãos. Hoje a irrigação noturna é vistoriada e autorizada pela Emater, sem passar por mais nenhum órgão. Nós imaginamos que desta forma até o fim do ano teremos cerca de 30 mil propriedades irrigadas”, disse o governador.

De acordo com o representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Mario Plefka, a série de medidas tomadas pelo governador Requião demonstram sua posição a favor dos trabalhadores rurais. “A Fetaep agradece o governador do Estado pela criação de mais estes benefícios para os agricultores”, afirmou.

Os agricultores que participam do PIN são beneficiados com o desconto de 60% nas tarifas de energia elétrica consumida no período das 21h30 às 6h. Além do baixo custo na energia noturna, o programa também oferece o financiamento de equipamentos para pequenos agricultores, com juros de 1% ao ano.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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