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FAMÍLIAS SERÃO REMOVIDAS DE LOCAL CONTAMINADO COM RECURSOS DO PAC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

Famílias serão removidas de local contaminado na Baixada Fluminense com recursos do PAC

25 de Setembro de 2007 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Cerca de 150 famílias que moram na Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, serão removidas num prazo de um ano e transferidas para um conjunto habitacional que será construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O contrato que garante a realização das obras foi assinado hoje (25) pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes, e pelo prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis.

De acordo com o ministro, a intervenção é fundamental porque o local ocupado está contaminado há décadas por pó de broca, uma substância tóxica que pode causar câncer e má formação congênita. "Esse projeto tem uma relevância particular para retirar as famílias de um local contaminado. Assim que tivemos o PAC. incluímos a Cidade dos Meninos como uma de nossas prioridades aqui em Duque de Caxias", afirmou Fortes.

O ministro explicou que o solo da localidade recebeu os resíduos tóxicos por ter abrigado uma fábrica de inseticida contra a malária, instalada no local pelo governo federal antes que os riscos dessas substâncias fossem conhecidos. A companhia foi desativada na década de 60. Fortes disse que medidas para descontaminar a região foram tomadas, como plantio de eucaliptos e utilização de cal virgem, mas os efeitos produzidos não foram os esperados, e a poluição não foi combatida.

Vivem no local aproximadamente 350 famílias. Márcio Fortes disse que em uma próxima fase devem ser contemplados os demais moradores.

De acordo com informações do Ministério das Cidades, no conjunto habitacional de Sarapuí, que vai abrigar os primeiros habitantes, as casas serão construídas com acesso à rede de água, tratamento de esgoto e energia elétrica. As ruas da comunidade serão pavimentadas e o projeto prevê, ainda, a construção de uma creche, um campo de futebol e uma praça.

A previsão é de que as obras comecem no mês que vem e sejam concluídas em um ano. O investimento total é de R$ 11,3 milhões em recursos do PAC, sendo R$ 8,9 milhões em verbas federais e o restante em contrapartida da prefeitura.

Há três meses, depois de sobrevoar a área, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou que, após a remoção das famílias, o local receberia um novo processo de descontaminação. Ele informou, na ocasião, que o acompanhamento da saúde dos moradores da Cidade dos Meninos está sendo feito pela Fundação Osvaldo Cruz e pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que realizam periodicamente atendimento ambulatorial e exames nos moradores.

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Indígenas e quilombolas terão tratamento específico no PAC

19 de Setembro de 2007 - Alessandra Bastos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os povos indígenas e remanescentes de quilombos terão tratamento específico no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A Fundação Nacional do Índio (Funai) também prepara uma PAC para os povos indígenas, que também será lançado nesta semana, na sexta-feira (21). O PAC Funasa vai atender os povos indígenas e quilombolas especificamente nas ações de tratamento de água e de esgoto.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), a idéia é atender, principalmente, índios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, e de São Gabriel, que representam mais de 90% da população do município amazonense. A Terra Raposa Serra do Sol foi homologada em 15 de maio de 2005. Com 1,74 milhão de hectares (o equivalente a dois terços do território de Sergipe), a terra abriga aproximadamente 18 mil índios.

Em Maturica, uma das aldeias da Raposa Serra do Sol, o vazamento das fossas está derrubando casas. “Tem caixas d'água que estouraram, que estão vazando e caindo. Aí as paredes estão caindo e as próprias casas”, conta o índio Jonito José de Souza, do povo Matuxi.

Segundo Jonito, as fossas foram instaladas há cerca de dois anos , mas “tá mal feito, tem mal cheiro”. Mas o vazamento não chega a comprometer a saúde dos moradores e a malária, um dos problemas da aldeia no passado, está controlada.

José afirma que não ouviu falar do PAC. “Por enquanto, eu não tô sabendo ainda”. Ele reclama que “nunca vem" o saneamento básico. "A propaganda do governo federal foi muito boa, mas até agora não está sendo cumprida, né”?

Se o programa chegar à comunidade, Jonito já sabe o que pedir. “Que arrumem as fossas, que façam um trabalho mais completo para ter um melhoramento. No posto de saúde foi bem feito, nunca vazou. Mas das casas está vazando, caindo. Acredito que tem que trabalhar mais organizado, melhorar a engenharia”.

De acordo com o índio, a minoria das aldeias da Raposa do Sol dispõem de tratamento de esgoto. As metas do PAC Funasa são dobrar cobertura e soluções adequadas para esgoto nas aldeias, de 30% para 60%, e elevar a de abastecimento de água nas aldeias, de 62% para 90%. “Queremos chegar a 90% universalizando o atendimento às comunidades indígenas do eixo Sul e Sudeste do país e do Mato Grosso do Sul”, afirma o o presidente da Funasa, Danilo Forte.

Na Amazônia, “apenas 7% dos índios (um quarto dos índios brasileiros) tem acesso a água tratada de qualidade. Queremos que esse número chegue a 60% em três anos”, diz o presidente.

O investido do PAC Funasa será de R$ 220 milhões em 1,3 mil aldeias, beneficiando 122 mil indígenas. Desse percentual, R$ 93,5 milhões serão investidos na região Norte onde está localizada a maior parte da população indígena brasileira, beneficiando 73,3 mil indígenas.

As comunidades remanescentes de quilombos também serão priorizadas pelo PAC Funasa. A meta é oferecer água de boa qualidade e destinação adequada de esgoto para 40 mil quilombolas, em 400 comunidades, totalizando R$ 170 milhões de investimentos. Foram priorizadas comunidades tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou em processo de titulação.

Além do tratamento de água e esgoto pela Funasa, a Funai prepara outras ações para o desenvolvimento de infra-estrutura nas aldeias indígenas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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