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IBAMA AJUDA ELIMINAR GASES DESTRUIDORES DA CAMADA DE OZÔNIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

Brasília(23/09/07) -Nesta semana o Brasil recebeu a boa notícia de que ocupa o quinto lugar na eliminação de CFCs, entre 172 países analisados. O Ibama contribuiu muito para se atingir essa posição.

No Brasil, desde a internalização do Protocolo de Montreal com a assinatura do Decreto 99.280/11000, várias iniciativas foram assumidas pelo governo para que o país cumprisse as metas do tratado, tais como a criação do Comitê Executivo Interministerial para a Proteção da Camada de Ozônio (PROZON), o Plano Nacional de Eliminação de CFCs (PNC), o Programa Brasileiro de Eliminação das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (PBCO), entre outros 157 projetos apoiados pelo PNUD.

O Ibama é o órgão executor das ações do governo com respeito ao Protocolo de Montreal no Brasil, por meio da Diretoria de Qualidade Ambiental. O Instituto define desde o controle das cotas do país, a anuência de licenças de importação, o cadastramento de todas as pessoas físicas ou jurídicas manipuladoras de SDOs no país no Cadastro Técnico Federal - Ibama, o monitoramento do comércio e utilização dessas substâncias até a fiscalização do setor, garantindo que o Brasil atenda aos limites estabelecidos pelo Protocolo e pela legislação brasileira, por vezes mais restritiva.

Além dessas atribuições, o Ibama é parceiro do Ministério do Meio Ambiente na formulação de novas políticas, revisão de normas técnicas e compilação de dados para envio anual ao Secretariado do Protocolo de Montreal; do Ministério da Saúde/ANVISA, no acompanhamento da fabricação de medicamentos que utilizam CFCs; e também de outros Ministérios, quando se trata de controlar uma SDO cuja aplicação envolva outras áreas de gerenciamento, tal como o Brometo de Metila, que tem usos agrícola e quarentenário regulados pelo Ibama e Ministério da Agricultura.

Mediante o controle feito pelo Ibama em ação conjunta com outras instâncias do governo brasileiro, o país alcançou o quinto posto no ranking das nações que mais diminuíram o uso dos CFCs na última década. Entre 1995 e 2005, o país cortou suas emissões em 9.928 toneladas de Potencial Destruidor de Ozônio (ODP), unidade usada para mensurar os possíveis danos à camada que protege a Terra contra radiações solares. O volume só é inferior ao da China (62.167), dos Estados Unidos (34.033), do Japão (23.063) e da Rússia (20.641), numa lista de 172 países compilada pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas.

As SDOs possuem alto potencial de aquecimento global - GWP (por exemplo, o CFC-12 possui GWP de 10.600, segundo o Third Assessment Report - IPCC, 2001), o que traz a consciência de que, além de ser o Protocolo de Montreal um tratado bem-sucedido na proteção da camada de ozônio, também este - e o Brasil - já contribuíram e muito na redução do efeito estufa.

Histórico

Nos anos 70, os cientistas descobriram que alguns compostos fabricados pelo homem contribuíam para a destruição da camada de ozônio, a camada protetora do planeta. À época, esses componentes químicos eram amplamente utilizados no setor de refrigeração e ar-condicionado, na produção de espumas, nos processos de limpeza industrial, segurança contra incêndio e fumigação agrícola, e eram comumente encontrados nos itens domésticos diários, como copos descartáveis de isopor, refrigeradores, desodorantes spray e almofadas.

As Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs) danificam-na fazendo com que ela fique mais fina ou mesmo desapareça em alguns trechos. Este dano representa um perigo significativo para o meio ambiente e a saúde humana, já que permite que níveis mais altos de radiação ultravioleta (UV) atinjam a superfície terrestre. A maior incidência de radiação UV, por sua vez, leva à elevação dos registros de câncer de pele e catarata nos olhos, e pode comprometer o sistema imunológico e ameaçar o equilíbrio ecológico dos corpos d’água, das terras agrícolas e das florestas.

Nos anos 80 a atenção internacional se dirigiu à urgente necessidade de adotar medidas apropriadas, quando foi confirmado que a camada de ozônio sobre a Antártica estava desaparecendo, resultando em uma aparição de um “Buraco na Camada de Ozônio”. A crescente preocupação sobre o tema culminou na assinatura do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio em 1987, visando proteger a camada de ozônio por meio da eliminação da produção e do consumo de substâncias responsáveis por sua destruição. Atualmente possui 191 países signatários.

As SDOs relacionadas no Protocolo de Montreal são: Clorofluorcarbonos (CFCs),
Tetracloreto de Carbono (CTC), Bromoclorofluorcarbonos (Halon), Metil Clorofórmio, Brometo de Metila, Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), e as misturas químicas contendo quaisquer destas substâncias.

Com o apoio financeiro do Fundo Multilateral (FML) para Implementação do Protocolo de Montreal, do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), de diversos doadores bi-laterais e com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os países em desenvolvimento e países com economias em transição passaram a adotar e implementar estratégias que visem à preservação da camada de ozônio.
Flávia Mota
Analista Ambiental
Protocolo de Montreal
COREM/CGQUA/DIQUA/IBAMA

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Ibama faz parceria com o Japão para utilização de imagens de satélite-morcego

Imagens têm o diferencial de “enxergar”desmatamento através das nuvens e no escuro

Brasília (18/09/07) – Nuvens sempre foram um problema para satélites que monitoram as florestas brasileiras. Não são mais. O Brasil acaba de firmar parceria com as agências de exploração aeroespacial Jaxa e de cooperação internacional JICA, do Japão, para obtenção de imagens do satélite Advanced Land Observing Satellite "Daichi" (ALOS).

O satélite japonês emprega tecnologia avançada de observação baseada num sistema de radar semelhante ao sonar do morcego, mas que emite ondas de rádio. Diferente dos satélites sino-brasileiro (CBERS) e americano (Terra-MODIS), o japonês não sofre interferência das nuvens e produz imagens de desmatamento durante o dia e à noite, pois possui energia própria.

Imagens com resolução de 100 metros serão disponibilizadas mensalmente sem custos para o Ibama, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Polícia Federal, visando o monitoramento e controle do desmatamento das florestas tropicais úmidas. O objetivo é tapar as brechas na captação de imagens especialmente no período de chuvas, entre os meses de outubro a abril. Regiões como os estados de Roraima e Amapá, o Vale do Amazonas e a Cabeça do Cachorro, no Amazonas, que ficam quase o ano todo encobertas por nuvens podem ser melhor monitoradas com a ajuda das imagens produzidas pelo satélite japonês.

Segundo o Diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel da Rocha, somadas aos sistemas Prodes e Deter, do Inpe, as imagens do satélite japonês são “um aprimoramento dos sistemas de monitoramento”. O novo satélite permite a identificação do desmatamento ainda no começo. As equipes de fiscalização são enviadas para interromper o desmatamento em curso”, comemora o Diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel.

Além das imagens mensais, a Jaxa vai fornecer quatro mosaicos da Amazônia e um da Mata Atlântica por ano, com resolução de 50 metros, capazes de identificar pequenas derrubadas. Nos próximos três anos, cerca de 14 mil imagens da região vão ser disponibilizadas gratuitamente às instituições brasileiras, uma economia de mais de R$ 6 milhões.

A parceria ainda prevê capacitação de técnicos e o reaparelhamento de setores do Ibama ligados ao monitoramento ambiental. A expectativa é que a utilização das imagens contribua para a continuidade da queda nas taxas de desmatamento conseguida por dois anos consecutivos.
Kézia Macedo
Assessoria de Comunicação do Ibama

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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