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MECANISMO GLOBAL DA UNCCD PROPÕE PARCERIA COM BRASIL PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

20/09/2007 - Daniela Mendes - O Brasil pode firmar, nos próximos meses, parceria com o Mecanismo Global, órgão financeiro da Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês) para a implementação de um centro regional de capacitação de especialistas em captação de recursos financeiros.

A intenção foi manisfestada pelo secretário-executivo do Mecanismo Global da UNCCD, Christian Mersmann, ao secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, durante a 8ª Conferência das Partes da UNCCD, a COP-8, que encerrou no dia 14 de setembro, em Madri, na Espanha.

Segundo Krakhecke, Mersmann virá ao Brasil em novembro e em sua visita deve ser detalhada essa proposta. Além dessa novidade, Krakhecke adianta que foi feita uma consulta ao secretário interino da Convenção sobre a possibilidade de o Brasil sediar a próxima COP em 2009. "A Índia também fez uma consulta, mas se a posição deles não prosperar nós poderemos vir a sediar esse evento", disse o secretário.

Ele afirmou ainda que se a Índia for definida como sede da próxima COP foi colocada como alternativa a possibilidade de o Brasil sediar, em 2010, a reunião do Comitê de Revisão da Implementação da UNCCD - CRIC.

No encontro de Madri, Krakhecke disse que foi possível perceber a liderança do Brasil no tema combate à desertificação e os efeitos da seca. Ele falou, no entanto, que é preciso que os países desenvolvidos mudem sua postura em relação ao problema. "Os países desenvolvidos não estão aportando o que deveriam aportar para tratar dessa problemática que é uma decorrência das mudanças climáticas", acredita o secretário.

Segundo ele, apesar de o encontro ter sido bastante representativo com a participação de 191 países e uma forte presença dos movimentos sociais, a UNCCD ainda não adquiriu o status de outras convenções como a de Mudanças Climáticas. "Esse é um problema que afeta mais de 2 milhões de pessoas em todo o planeta. A Noruega, por exemplo, contribui com 1% do seu produto interno bruto. Já os Estados Unidos investem nessa temática apenas 0,15% do PIB".

No encontro também foram feitas tratativas paralelas entre o Brasil e países africanos, do Mercosul e de língua portuguesa no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com vistas à cooperação bilateral e multilateral.

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MMA promove mostra de produtos sustentáveis

20/09/2007 - Daniela Mendes - Angico, babaçu, cacau, palha de coqueiro, sementes de açaí. Esses são alguns dos produtos gerados pela natureza que nas mãos dos povos e comunidades tradicionais do Brasil se transformam em fonte de renda, em registro cultural. Com o objetivo de divulgar os produtos oriundos das mais diversas comunidades brasileiras e mostrar que é possível a convivência com a natureza de forma sustentável, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) está promovendo, durante o II Encontro dos Povos das Florestas, em Brasília, uma mostra de produtos sustentáveis.

No espaço, montado no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, é possível encontrar produtos como a farinha e o sabonete feitos de babaçu pela Associação em Área de Assentamento do Estado do Maranhão (Assema) ou o vinho de cacau produzido pela Cooperativa de Produtores Orgânicos do Sul da Bahia (Cabruca) onde são beneficiados 62 cooperados. Com a criação da cooperativa, há sete anos, conseguimos conquistar 30% de valor agregado em cima dos nossos produtos , afirma Alex Coutinho, membro da Cabruca.

Na feira, que fica até esta sexta-feira (21), há também o artesanato produzido pelos Fulni-ô, de Pernambuco, tribo que fica há seis horas (de ônibus) de Recife, a capital. Os índios dessa tribo trabalham com sementes de açaí, de coco e palha de coqueiro para produzir pulseiras, anéis, colares, arcos, entre outros produtos como uma espécie de cachimbo feito de angico - conhecido como chanduca para se fumar o fumo de corda.

E lá da região do Alto Rio Negro, no Amazonas, vieram mostrar seus produtos os Numiâ Kurá com cestos em palha de tucum, bolsas, pulseiras, artigos decorativos, todos feitos com sementes de açaí, jarina, buritirana, por um grupo de 70 mulheres da Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro.

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MMA e Câmara criam GT para agilizar projeto sobre ZEE

19/09/2007 - Marluza Mattos - O Ministério do Meio Ambiente e a Câmara dos Deputados estão criando um grupo de trabalho para recolocar na pauta do Legislativo o projeto de lei nº 2829/2003, que, entre outras disposições, transforma o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) num instrumento das políticas públicas em geral. Hoje, o ZEE é um instrumento exclusivo da Política Nacional do Meio Ambiente.

O ZEE é um programa gerenciado pelo ministério, cuja finalidade é subsidiar políticas de ordenação do território da União, dos estados e dos municípios, levando em conta as diversidades regionais, os biomas, as bacias hidrográficas e regiões geoeconômicas. Ele concilia as informações geradas com as diretrizes da Política Nacional de Meio Ambiente e outras áreas do governo. "O ZEE ganhou reconhecimento e, atualmente, extrapola as políticas ambientais. Existe a possibilidade de convertê-lo numa estratégia para as demais políticas públicas, especialmente àquelas que interferem no processo de ocupação e uso dos recursos naturais, como políticas de infraestrutura, energéticas, de reforma agrária, agrícolas e, inclusive, macroeconômicas", resume o diretor de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Roberto Vizentin.

A criação do GT foi um dos principais resultados da audiência pública realizada na última terça-feira (18), na Subcomissão Permanente destinada a analisar a eficácia do Sistema de Reserva Legal e avaliar os resultados dos trabalhos de ZEE, criada este ano no âmbito da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. No evento, discutiu-se a importância do ZEE no contexto do desenvolvimento sustentável do País. Vizentin foi um dos representantes do MMA na audiência.

Outro encaminhamento que merece destaque foi a proposta apresentada pelo Imazon, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), também presentes no evento, para que a composição da Comissão Coordenadora do ZEE seja alterada para receber representantes da sociedade e do próprio Congresso Nacional. Esse assunto já está em discussão na comissão, formada hoje por 11 ministérios e coordenada pelo MMA, e deve entrar na pauta da sua próxima reunião ordinária, no dia 8 de outubro.

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Secretários do MMA e do Turismo tratam sobre ações da primeira fase do Proecotur

19/09/2007 - O secretários de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, e de Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo, José Evaldo Gonçalo, reuniram-se nesta quarta-feira (19) para tratar das ações relacionadas à finalização da primeira fase do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal e da preparação da fase dois, de investimentos do Programa, a ser implementada a partir do próximo ano.

A primeira etapa do Proecotur deverá ser concluída com a realização da Estratégia para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável da Amazônia, prevista para dezembro de 2007, quando expira o contrato de empréstimo com o BID para financiamento do Proecotur. Essa estratégia deve estabelecer as bases, as orientações e as linhas de atuação para a implementação de uma política específica de turismo para a região, que direcione e dinamize o seu desenvolvimento turístico em bases sustentáveis. A iniciativa está sendo desenvolvida com a participação do Ministério do Turismo, com o apoio da Fundação Getúlio Vargas, contratada pela Secretaria do MMA para a elaboração do referido estudo.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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