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PESQUISADORES LANÇAM ALERTA PARA RISCO DE
REACELERAÇÃO DO DESMATAMENTO NO MT

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

22 de Setembro de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Estudos do Instituto Homem e Meio Ambiente na Amazônia (Imazon) indicam que, entre maio a julho deste ano, o desmatamento no Mato Grosso aumentou em 200% em relação ao mesmo período de 2006. Segundo o pesquisador sênior do Imazon, Adalberto Veríssimo, o resultado pode indicar a retomada do desmatamento no estado.

“Estamos monitorando o desmatamento no Mato Grosso, mês a mês, desde o ano passado. De maio a julho deste ano houve um aumento. Essa tendência vamos confirmar agora em outubro com o fechamento de novo estudo. Esperamos que isso não se concretize, mas houve esse repique e estamos em alerta em relação ao pulso desse desmatamento”, pontuou Veríssimo.

De acordo com ele, esse “pulso” coincide com um aumento dos preços das principais commodities (gado e soja) e com as perspectivas de expansão dos biocombustíveis. “Nesses três meses, houve uma subida dos preços da soja, da carne bovina etc. Isso mostra que os incentivos econômicos para o desmatamento voltaram. Lembrando que, nos últimos dois anos, esses preços estiveram em baixa, e foi quando tivemos uma redução no desmatamento da região”, pontuou.

O Imazon é uma instituição de pesquisa sem fins lucrativos, fundada em 11000. Tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional. Sua sede fica em Belém (PA).

Em agosto, o governo federal anunciou que a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25,3%, totalizando 14.039 quilômetros quadrados. O dado, correspondente ao período de agosto de 2005 a julho de 2006, foi anunciado por um grupo interministerial.

A área representa cerca de metade do estado de Alagoas e supera a estimativa divulgada em outubro pelo governo, que era de 13.100 quilômetros quadrados. No ano anterior, o desmatamento havia sido de 18.790 quilômetros quadrados.

Análise de imagens de satélite feita pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Ministério do Meio Ambiente também apontou aumento do índice de desmatamento em Mato Grosso entre os meses de junho e agosto: foram atingidos 1.014 quilômetros quadrados de floresta, 40% mais que em 2006.

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Produtores negam que pecuária seja responsável pelo aumento do desmatamento em Mato Gosso

20 de Setembro de 2007 - Gilberto Costa - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Imagens de satélite constataram que duplicou o desmatamento em Mato Grosso nos últimos meses. As organizações ambientalistas denunciam que a causa estaria relacionada principalmente ao crescimento das áreas utilizadas para pastos, estimulado pelo aumento do preço da carne no mercado internacional.

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil nega que a criação de gado esteja pressionando o desmatamento. Segundo o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, a região onde ocorre o desmatamento não pode exportar carne por causa da febre aftosa.

"Para ter incentivo de aumento de preço, é preciso ter a liberação de exportação. Se essa zona amazônica não exporta, não tem porque haver desmatamento", disse.

O presidente interino da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso, Normando Carral, lembrou que a pecuária ocorre no cerrado e não na floresta, em áreas propícias para a criação de gado e para a lavoura.

"Nenhum país do mundo deixaria esse estado sem produzir. Nós temos terras aqui com fertilidade, topografia e clima", afirmou.

Adma de Figueiredo, responsável no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela elaboração dos mapas da Amazônia, afirmou que é histórica a ligação entre o desmatamento e a produção de carne. Admitiu, no entanto, que a pecuária usa técnicas hoje em dia que evitam a degradação.

"O que se verifica mais contemporaneamente na Amazônia é um cuidado muito grande com o tipo de pastagem, com o tipo de semente e com o tipo de capim que se planta para não incorrer em risco que havia no passado de abandono por causa da degradação das condições", explicou.

A carne bovina representa 12,5% das exportações do Mato Grosso, e rendeu de janeiro a junho deste ano US$ 288 milhões. O rebanho bovino do estado é de 26 milhões de cabeças. De 11000 a 2005, esse rebanho aumentou em 195%.

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Satélites apontam aumento de 40% no desmatamento em Mato Grosso

18 de Setembro de 2007 - Gilberto Costa - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Análise de imagens de satélite feita pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Ministério do Meio Ambiente aponta que aumentou o índice de desmatamento em Mato Grosso entre os meses de junho e agosto: foram atingidos 1.014 quilômetros quadrados de floresta, 40% mais que em 2006.

Esse aumento já havia sido apontado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e pelo Instituto de Centro da Vida (ICV), organizações ambientalistas que utilizam imagens de um satélite diferente e fizeram a análise entre os meses de maio e julho. Segundo eles, o desmatamento foi duas vezes maior do que o ano passado.

De acordo com coordenador executivo do IVC, Sérgio Henrique Guimarães, o crescimento da área desmatada pode estar relacionado ao aumento de preços da soja e, especialmente, da carne no mercado internacional. "Os estudos mostram que a variação do preço na pecuária tem uma relação direta com o desmatamento no ano seguinte. A tendência de aumento nas comodities começa a movimentar toda a economia", afirmou.

André Lima, diretor de articulação de ações para a Amazônia do Ministério Meio Ambiente, explicou que a atividade pecuária pode causar desmatamento porque depois de três anos de uso "o pasto fica improdutivo e a tendência é buscar uma nova área, onde haja biodiversidade, floresta e compostos orgânicos".

Imagens analisadas pelo IVC e Imazon mostram que de cada dez quilômetros desmatados, mais de oito estão em fazendas particulares. E que nos projetos de assentamento rural ocorreram cerca de 15% das extrações irregulares de madeira e retiradas da mata. O desmatamento, apontam as imagens, registrou-se especialmente em áreas próximas às cidades de Juína, Colniza e Canabrava do Norte.

As áreas de maior risco de desmatamento futuro, segundo o Imazon e o IVC, estão no noroeste e norte de Mato Grosso, nas cabeceiras do Rio Xingu, na margem leste da rodovia BR-163 e na margem este da BR-158.

Apesar do aumento dos últimos meses, dados do 3º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, divulgado no final de agosto, apontam que o desmatamento caiu em 2006, depois de sete anos, para 13 mil quilômetros quadrados. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, entre agosto de 2006 e julho de 2007 o desmatamento no estado de Mato Grosso atingiu 2.512 quilômetros quadrados – menos da metade dos 6.086 quilômetros quadrados verificados no período imediatamente anterior.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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