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BAHIA VAI ADOTAR PROGRAMA DESPERDÍCIO ZERO DO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Outubro de 2007

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, vai lançar em novembro o Programa Desperdício Zero na Bahia. A reprodução do programa no estado nordestino ficará sob a responsabilidade da Associação Comunitária SOS Mont Serrat da Península Itapagiana (Ascompita) - organização da sociedade civil sem fins lucrativos – conforme termo de cooperação assinado nesta terça-feira (9), em Curitiba, pelo secretário do Meio Ambiente e o presidente da associação, Domício Maia.

A primeira ação em território baiano será no dia 14 de novembro, durante o I Seminário de Gestão Administrativa de Resíduos Sólidos Urbano e Rural dos Municípios da Bahia, em Salvador.

Na ocasião, Rasca irá apresentar o material didático elaborado pelo programa Desperdício Zero, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que é composto por um manual com cerca de 400 páginas com dicas e orientações sobre coleta e destinação final de todos os tipos de resíduos – do orgânico a resíduos da construção, de pilhas e baterias a resíduos de saúde, por exemplo.

“A preocupação do Paraná é aliar o desenvolvimento econômico à melhor qualidade de vida; e, acima de tudo, respeitar e preservar o meio ambiente. É muito gratificante ver que o nosso trabalho é reconhecido e reproduzido por outros estados brasileiros”, comentou o secretário.

Segundo o presidente da Ascompita, serão distribuídos cerca de 100 mil manuais do Desperdício Zero em território baiano. Para ele, o material ajudará significativamente a política de resíduos sólidos da Bahia. “Queremos levar este exemplo do Paraná para os 418 municípios baianos e, quem sabe, futuramente para todo o Nordeste. Não tivemos dúvidas em procurar o apoio do Paraná, pois nós sabemos que este é um projeto interessante, simples e que deu certo”, afirmou.

PROGRAMA – O programa Desperdício Zero foi criado para reduzir em 30% o volume de resíduos encaminhado aos aterros sanitários – através da reutilização, reaproveitamento e reciclagem dos materiais.

Para alcançar esta meta, o Programa conta com inúmeras parcerias. “Com capacitações realizadas em todos os existem hoje no Paraná cerca de 108 agentes multiplicadores do Desperdício Zero. Tudo isso através de ações de conscientização envolvendo todos os agentes do processo”, disse o coordenador do Programa, Laerty Dudas

Segundo ele, depois de lançar o manual do Programa Desperdício Zero na Bahia, o próximo passo será a realização de oficinas direcionadas a professores, agentes de meio ambiente e técnicos, para que ser formem novos agentes multiplicadores.

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Governo garante reagrupamento dos remanescentes dos Xetás no Paraná

O Governo do Estado está participando das discussões para garantir a demarcação de terras para os últimos remanescentes da tribo Xetá. No inicio desta semana a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto de Terras, Cartografias e Geociências (ITCG) e a coordenadoria para Assuntos Indígenas da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, participaram, em Guarapuava de Encontro sobre a reunificação dos Xetás.

Os Xetás são a única etnia genuinamente paranaense e a última tribo a ser descoberta no Paraná, na década de 40, no Noroeste do Estado. Possuíam hábitos do período da Pedra Polida e em contato com os colonizadores foram praticamente extintos. Atualmente, existem seis remanescentes puros dos índios Xetás e cerca de 92 descendentes dispersos vivendo em cidades do noroeste do Estado, Curitiba, São Paulo e Santa Catarina.

O indigenista e coordenador de Assuntos Indígenas, da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Edívio Battistelli, contou que durante três dias de discussão foi possível promover o reencontro de diversas famílias que vivem distantes umas das outras. “Muitos ainda não se conheciam e o primeiro contato entre os membros descendentes e remanescentes da tribo ocorreu durante o evento, criado justamente para que governo e comunidade pudessem debater propostas para regularização fundiária que irá unir os remanescentes do grupo”, afirmou Battistelli.

De acordo com o indigenista, o governo é solidário na luta pela reunificação da tribo Xetá e as discussões giraram em torno da preocupação com o resgate da memória da tribo.

Segundo Battistelli, hoje existe o processo de estudo da demarcação das terras dos Xetás feito pela Fundação Nacional do Índio no ano de 2000. Mas nenhum relatório foi publicado ainda e de acordo com o Decreto de lei 1.775, de 1996, que regulamenta a demarcação de terras indígenas, é necessário que haja a publicação para a realização de trabalhos posteriores. “O Estado do Paraná participa deste encontro buscando em conjunto a consolidação dos índios Xetá”, explicou.

De acordo com Tikuen Xetá, um dos seis índios de origem remanescente, o encontro foi muito produtivo e acredita que os resultados não vão demorar. “É uma batalha antiga, mas que com este encontro e o apoio do Governo do Paraná, acredito que vamos resolver esta questão. O próximo passo, é formar uma comissão que se reunirá com a Funai para fundamentar algum documento que demarque as nossas terras”, antecipou Tikuen.

Para o presidente do ITCG, José Antônio Peres Gediel, é obrigação do Estado discutir os assuntos relacionados a terra e dar apoio as discussões em torno da regularização. Como exemplo, Gediel citou o lançamento dos mapas indígenas, no mês de agosto. “No momento em que se cartografa por meio de mapas uma área é possível traduzir uma realidade muitas vezes invisível. É possível explicar ao povo paranaense que determinada comunidade existe e faz parte da nossa história. Por isso, trabalhamos além da questão da demarcação das terras, pela preservação da memória da Tribo, que de certa maneira faz parte da nossa identidade cultural”, enfatizou Gediel.

A missionária que compõe a equipe do Conselho Indigenista Missionário da região Sul - e atua no Paraná, Marline Dassoler Buzatto, a discussão abre uma oportunidade única para os índios. “Durante o encontro ficou claro para nós que os 92 índios Xetá têm um grande interesse no seu reagrupamento, que deve ser feito em Umuarama, onde já corre um processo para uma demarcação de área destinada a eles” disse a missionária.

Marilene ainda comentou que a proposta do encontro está voltada à questão territorial e o reagrupamento da etnia é fundamental. “Com todos os descendentes juntos, há possibilidade de se fazer um grande resgate da cultura Xetá no estado”, ressaltou.

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Seminário debate tecnologia e metodologia na fiscalização ambiental

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, abriram nesta segunda-feira (08), em Curitiba, o “Seminário de Monitoramento Ambiental” voltado a técnicos dos governos estadual e federal na área ambiental, que unificará tecnologias e metodologia utilizada na fiscalização sobre uso do solo e cobertura florestal no Estado.

A proposta do Seminário - que reuniu técnicos do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Secretaria do Meio Ambiente, IAP, Suderhsa e ITCG - é permitir um trabalho integrado que possibilitará a contrução de um sistema compartilhado de informações.

O IAP lançou no dia 2 de outubro um sistema integrado para monitoramento utilizando imagens de satélites a partir de 900 metros quadrados. Com a nova tecnologia, será possivel diferenciar desmates a partir de 900 metros quadrados, assim como identificar a tipologia florestal de áreas desmatadas, quantidade de carbono emitida pelo desmatamento, cortes e intervenções feitas em áreas de reserva legal, promover o gerenciamento agroecologico e monitoramento das bacias hridrográficas.

“O Paraná reduziu em 88% os índices de desmatamentos da floresta atlântica nos últimos cinco anos, mas este resultado pode ser e será ainda melhor. As imagens de satélites que serão utilizadas pelo IAP mostram o adensamento das florestas paranaenses, nos últimos anos e não o seu empobrecimento. Isso significa que com as ferramentas necessárias, temos grandes chances de garantir a recomposição e manutenção de ecossistemas paranaenses”, declarou o secretário Rasca.

Entre os temas apresentados no Seminário estão a importancia da base cartográfica para o monitoramento, integração do meio ambiente e agricultura, plano nacional de Monitoramento da Mata Atlântica, experiência de monitoramento e fiscalização ambiental no Mato Grosso, entre outros.

Para o chefe do Centro de Monitoramento Ambiental do Ibama, Humberto Mesquita, presente no Seminário, a tranverssalidade entre o governo federal e estadual é fundamental para o andamento dos trabalhos de monitoramento e fiscalização. “Estamos apresentando aos técnicos paranaenses o modelo de monitoramento da Mata Atlântica, desenvolvido pelo Ibama para que a integração fortaleça os resultados na preservação dos remanescentes florestais”, declarou Humberto.

IMAGENS DE SATÉLITE – O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, explicou que o novo sistema - desenvolvido pelo Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - irá sobrepor imagens de satélites para identificar desmatamentos, alterações ou aumento da cobertura florestal em território paranaense.

“Estamos potencializando o trabalho dos fiscais em campo com a adoção de uma nova tecnologia. As imagens de satélite auxiliarão no direcionamento de ações fiscalizatórias em áreas onde houve desmate para verificar se o corte foi legal ou ilegal”, relatou Burko. Ele ainda disse, que o Programa permitirá o monitoramento e controle da expansão agricola no Paraná

“Além de monitorar a cobertura florestal nativa, o IAP irá oferecer o material reunido à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por exemplo, para que faça o gerenciamento da parte agrícola do Estado”, explicou.

FUNCIONAMENTO - Segundo o presidente do IAP, com este programa o Instituto poderá localizar, no espaço e no tempo, o desmate florestal com periodicidade bimestral. “A cada dois meses estaremos sobrepondo imagens de satélite atuais e identificaremos o lugar exato onde está ocorrendo o desmate, inclusive indicando as vias de acesso para chegar ao local”, informou Burko.

O presidente relatou ainda, que em um prazo de seis meses a definição das imagens de satélite aumentam, permitindo a identificação de desmates a partir de 16 metros quadrados. “Os escritórios regionais do IAP receberão bimestralmente uma relação com os desmates ocorridos dentro de sua área de abrangência, com informações como a tipologia florestal desmatada e o volume retirado. O primeiro conjunto de imagens já foi analisado e os desmates ocorridos entre março e junho deste ano também estão relacionados”, reforçou Burko.

De acordo com o coordenador de Biodiversidade e Florestas da SEMA, Francisco Lange Junior, a idéia é padronizar procedimentos, otimizando-os através de um eficaz sistema integrado de simples operação e baixo custo. “Estamos reunindo subsídios para a criação de um novo canal de comunicação com informações atualizadas sobre o uso da vegetação de florestas, bem como das outras áreas naturais, que irão tramitar entre as partes envolvidas na fiscalização e monitoramento ambiental de todo o Estado”, explicou.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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