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IBAMA DEFLAGRA AÇÃO SIMULTÂNEA DE OPERAÇÃO LAGOSTA LEGAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2007

Ibama deflagra ação simultânea de fiscalização da pesca da lagosta no litoral brasileiro

João Pessoa (1º/10/07) - O Ibama deflagrou a operação Lagosta Legal, uma ação sincronizada de fiscalização da pesca da lagosta ao longo do litoral brasileiro, do Amapá ao Espírito Santo. A operação, realizada em conjunto com a Marinha do Brasil, conta também com a participação das Polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. A idéia é realizar uma ação de caráter preventivo ao impedir a captura e o desembarque ilegal de lagostas das espécies verde e vermelha. Também são alvos da fiscalização, pelo Ibama, outras fases da cadeia produtiva como a comercialização e a exportação do crustáceo.

Duzentos agentes de fiscalização, distribuídos em 50 equipes, fazem uma varredura em embarcações pesqueiras, portos, indústrias, frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares, hotéis, feiras e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá, Pará e Espírito Santo. No mar, a bordo de embarcações da Marinha do Brasil, os fiscais do Ibama averiguam a permissão e os equipamentos de pesca. Os agentes da Marinha verificam a documentação dos barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios.

Só podem exercer a atividade de pesca os barcos devidamente permissionados pela Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura (Seap/PR). O uso de manzuá ou covo, um tipo de armadilha de pesca, é o único petrecho permitido para captura das lagostas. Já as redes caçoeira, considerada por especialistas em meio ambiente como altamente predatória, e os compressores são apreendidos pelos fiscais do Ibama. Os agentes verificam também se o tamanho mínimo estabelecido para as espécies está sendo respeitado pelos pescadores e comerciantes.

A operação Lagosta Legal inaugura a segunda etapa do Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ibama, MMA e Seap/PR e desenvolvida a partir deste ano. Desde o começo de 2007, durante e após o período de defeso da espécie, foram vistoriadas mais de 6 mil unidades de produção e comercialização de lagosta e aplicadas 426 multas, que somadas ultrapassam R$ 1,7 milhão.

Como resultado da primeira etapa, os fiscais do Ibama apreenderam mais de 9 toneladas de lagosta, 88 barcos e 167 mil metros de rede caçoeira. Segundo o coordenador-geral de fiscalização no Ibama, Arty Fleck, “a apreensão dessa quantidade de redes caçoeiras evitará a captura ilegal de mais de 500 toneladas de lagosta até o final do ano”.

O Diretor de Proteção Ambiental no Ibama, senhor Flávio Montiel, informou que “o Governo Federal está empenhado em recuperar a sustentabilidade da pesca da lagosta, que se encontra numa situação crítica”. O cumprimento das medidas adotadas pelo Comitê de Gestão da Pesca Sustentável da Lagosta se dará pelas ações firmes e continuadas de fiscalização e também pelo processo de conscientização de todos os envolvidos na sua cadeia produtiva.

Na Paraíba, participaram desta operação 11 fiscais do Ibama-Pb, agentes da Polícia Federal e também a Polícia Rodoviária Federal, que ajudou a fazer barreiras nas principais rodovias utilizadas para escoamento do produto. Foram fiscalizados pontos de desembarque, bares, restaurantes e frigoríficos em João Pessoa e nos municípios de Bayeux, Cabedelo, Baía da Traição, Conde e Alhandra.

De acordo com Jaime Pereira da Costa, chefe de Operações de Fiscalização do Ibama/PB, foi apreendido, no último final de semana, 16,3 kg de lagosta e lavrado um auto de infração no mercado público de Cabedelo, no valor de R$2.400,00. Nesta etapa, todas as ações foram feitas em terra. A fiscalização não foi aos locais de pesca em alto-mar, mas o Ibama/PB está concluindo a reforma do barco Sabala para ampliar o raio de ação da fiscalização no mar.
Gutemberg de Pádua

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Ibama divulga resultado da Operação Lagosta Legal

Brasília (03/10/07) – O Ibama no Piauí, Paraíba, Espírito Santo e Amapá divulgaram hoje os resultados da Operação Lagosta Legal, realizada no período de 24 a 30 de setembro, em uma ação simultânea do Amapá até o Espírito Santo. A Operação foi realizada pelo Ibama, em conjunto com a Marinha do Brasil e participação das Polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. Uma iniciativa do Governo Federal coordenada pelo Ibama, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura (Seap/PR).

No total, duzentos agentes de fiscalização, distribuídos em 50 equipes fizeram uma varredura em embarcações pesqueiras, portos, indústrias, frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares, hotéis, feiras e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá, Pará e Espírito Santo. Os fiscais averiguam a permissão e os equipamentos de pesca, além do tamanho mínimo estabelecido para a pesca da espécie.

No estado do Espírito Santo, foram realizadas 55 vistorias e aplicado um total de R$ 4,7 mil em multas, Sendo R$ 2 mil das multas aplicados em embarcações pesqueiras, e R$ 2,2 mil aplicados em Peixarias e R$ 504 em Indústrias Pesqueiras.

Na Paraíba, durante a fiscalização no período de 24 a 29/09, foram apreendidos 16,3 kg de lagosta, além de um freezer com duas portas, onde foi lavrado um auto de infração no valor de R$ 2,4 mil em um Mercado Público no município de Cabedelo.

No município de Luis Correia, no Piauí, em 24 de setembro foram aplicados dois autos de infração no valor de R$ 1 mil cada um, para duas Embarcações Pesqueiras (Ponta Negra e Ponta Negra II). Além disso, todos os portos foram vistoriados, e no Porto Marina encontrados 160 kg de lagosta, com o tamanho permitido.

Segundo a Superintendência do Ibama no Amapá, não foi encontrado comercialização nem estoque de lagosta tanto em feiras como em barcos e frigoríficos vistoriados. Apesar disso, foram lavradas seis notificações por não possuir, no momento da fiscalização, a Licença de Pesca fornecida pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap/PR), mas não foi feita nenhuma autuação em virtude das embarcações não estarem exercendo a pesca, ou seja, estavam ancoradas no Porto de Santana.
Rodrigo Santori

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Operação Lagosta Legal têm sido essencial também para outras espécies ameaçadas pela pesca ilegal

São Luis (01/10) - Na quarta-feira (26/9), os fiscais apreenderam no Mercado do Peixe no Portinho, em São Luís, 29 quilos de pargo abaixo do tamanho permitido (41cm de comprimento) e 12,2 quilos de mero, grande peixe ósseo cuja captura é proibida em águas nacionais.

A Operação Lagosta Legal, fiscalização realizada nesta semana de maneira simultânea em 12 estados do litoral brasileiro (do Amapá ao Espírito Santo), teve um saldo positivo no Maranhão no que se refere a outras espécies ameaçadas pela pesca ilegal.

O dono do box que comercializava o mero na Praia Grande foi multado em R$ 700 e os 41,2kg de pescados apreendidos foram doados para a Sociedade Eunice Weaver, educandário que trabalha com crianças carentes no bairro do Anil.

Na reunião técnica promovida pela Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama nos dias 14 e 15 de agosto, foi decidida a extensão por mais cinco anos da aplicação da Portaria Nº 121, de 20 de setembro de 2002, que proíbe a captura do mero (Epinephelus itajara). A portaria foi prorrogada devido à aproximação do vencimento do prazo e por se tratar de um peixe com crescimento lento e de alta longevidade, podendo viver mais de 40 anos. A medida também proíbe o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização do mero proveniente da pesca proibida.

O mero é o maior peixe ósseo do Oceano Atlântico Sul, pode alcançar três metros de comprimento e mais de 400 quilos. É uma espécie criticamente ameaçada de extinção e pouco estudada. Por ser dócil e habitar áreas de manguezais e corais, é uma presa fácil para os infratores.

As equipes formadas por agentes da Superintendência Estadual do Ibama em São Luís, do Batalhão de Policiamento Ambiental e da Capitania dos Portos vistoriaram um total de 29 embarcações pesqueiras nos portos do Braga (município de Raposa), Vieira e Barbosa (São José de Ribamar), Portinho (São Luís) e da Vovó (na Barragem do Bacanga, também na capital maranhense), sendo que 15 delas foram notificadas a apresentar em 10 dias a licença emitida pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, caso contrário poderão ser autuadas.

Mas a operação não encontrou aportado nenhum dos três barcos lagosteiros licenciados pela SEAP no Maranhão, a informação é de que estes se encontram em alto-mar e devem desembarcar em Bragança, no Pará. Por isso a segunda etapa de execução do Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta deve continuar no mês de outubro, desta vez no mar com equipes de fiscais embarcadas com apoio da Marinha, cumprindo uma programação que deve ir até o fim do ano.

Embora a lagosta esteja fora do período de defeso (proteção da lei à reprodução da espécie), que vai anualmente de 1º de janeiro a 30 de abril (neste ano houve uma prorrogação da proibição até 15 de junho), a pesca só pode ser realizada por embarcações autorizadas pelo Governo Federal, desde que o façam além do limite de quatro milhas marítimas da costa. Devem ser respeitados os tamanhos mínimos e a proibição de petrechos de pesca considerados predatórios. A captura só é permitida com o emprego de armadilhas do tipo covo ou manzuá, cuja malha deve ser quadrada e ter no mínimo 5cm de espaço entre nós consecutivos.

De acordo com dados do Estatpesca (2005), a produção anual de lagostas desembarcada no Maranhão é de 10,8 toneladas, sendo 10,2t no município de São José de Ribamar e 600 quilos/ano em Tutóia. Mas a produção total do crustáceo na costa maranhense é estimada em 205,4 toneladas. Cerca de 95% do volume pescado aqui é levado para outros estados, principalmente o Ceará, maior produtor nacional (3.102,6 toneladas desembarcadas, segundo dados de 2004).
O vizinho Piauí, apesar de ter um litoral curto com apenas 66km de extensão, tem o desembarque de 23,9 toneladas/ano, mais do dobro do volume beneficiado no Maranhão com seus 640km de costa.

Considerando o alto valor agregado do produto que acaba não sendo revertido em benefícios econômicos para o estado, o combate à pesca predatória da lagosta no litoral maranhense começou a ganhar na mídia e entre os pescadores locais uma conotação de proteção dos recursos naturais do estado no estilo "a lagosta é nossa" (slogan usado em duas rádios da capital), embora as embarcações devidamente licenciadas pela SEAP e cadastradas no Ibama tenham autorização para atuar em todo o litoral Norte-Nordeste.

A Operação Lagosta Legal, realizada em conjunto com a Marinha do Brasil, contou também com a participação das Polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. A idéia é realizar uma ação de caráter preventivo ao impedir a captura e o desembarque ilegal de lagostas das espécies verde e vermelha. Também são alvos da fiscalização pelo Ibama outras fases da cadeia produtiva como a comercialização e a exportação do crustáceo. A operação inaugurou a segunda etapa do Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ibama, Ministério do Meio Ambiente e SEAP e desenvolvida a partir deste ano.
Paulo Roberto Araújo Filho

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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